Os textos e fotografias produzidos pela equipe da PASCOM da Paróquia São José – C. dos Dantas podem ser livremente utilizados, mencionando-se o blog http://www.montedogalo2009.blogspot.com/ como fonte

30 de jun. de 2010

OS QUE SÃO POSSUÍDOS PELO MAL

Os evangelhos nos mostram Jesus enfrentando o mal e o demônio que parecia possuir pessoas em tantos lugares. Os que são possuídos pelo mal precisam ser libertados. Transcrevemos algumas linhas de Romano Guardini:

“Jesus sabe-se enviado contra Satanás. Com a verdade de Deus, deve iluminar as trevas semeadas por aquele: dissolver no amor de Deus o endurecimento do amor próprio e a rigidez do ódio: reerguer com a força construtiva de Deus as ruínas acumuladas pelo mal; penetrar com a sua santa pureza a impureza que Satanás produz no homem sensível. É assim que Jesus está em luta contra o Maligno, procurando introduzir-se na alma humana seduzida, esclarecer a consciência, acordar o coração e impelir as forças boas ao movimento. Mas Satanás resiste. E ataca até. Já a tentação no deserto é uma ofensiva deste tipo, visando a aceitação por Jesus de uma queda na sua missão e a transformação em egoísmo de sua vontade de ser Redentor (Mt 4,1-11). Satanás provoca o escândalo nos corações humanos. Torna-os irritáveis e irritados. Endurece-os, para que a mensagem não seja recebida. Produz nas almas a ilusão interior que os faz combater o Filho de Deus a pretexto da glória de Deus a realizar e da ordem a manter.

E consegue-o, porque na hora das possibilidades infinitas o inacreditável ocorre: o povo da Aliança recusa-se a crer, lança-se mesmo contra a mensagem divina e espezinha-a.”

E ainda o Missal Cotidiano da Paulus: “É dramático que os demônios sintam que o Cristo lhes desbarata as forças e os homens libertados por ele não o reconheçam como salvador. A voz dos profetas, que prenunciavam o Messias, é sintetizada pelo Batista: Eis o Cordeiro (o Servo) de Deus que tira os pecados do mundo”. E apesar disso Jesus é expulso como indesejável! Abrira o caminho para Deus, que os demônios não mais podiam obstruir, mas os homens se recusam a percorrê-lo, antes procuram persegui-lo e levá-lo até à morte. Ainda hoje muitíssimos ignoram a existência do demônio e seu influxo no mundo, o mal moral que se difunde terrivelmente não pode deixar de impressionar. O cristão sabe que a vitória de Cristo será completa no fim dos tempos, quando todos os homens tiverem combatido e triunfado juntamente com ele. Somos chamados a lutar, serena, mas constantemente contra o mal, antes de tudo contra o que sentimos dentro de nós. Cristo Jesus não nos deixará faltar sua força” ( p.973-974).

EVANGELHO DO DIA - Mateus 8,28-34

Quando Jesus chegou à outra margem, à terra dos gadarenos, foram ao encontro dele dois homens possuídos pelo demônio. Saíam do meio dos túmulos e eram muito selvagens, de modo que ninguém podia passar por esse caminho. Então eles gritaram: «Que é que há entre nós, Filho de Deus? Vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?»
Havia, ao longe, uma grande manada de porcos que estavam pastando. Os demônios suplicavam: «Se nos expulsas, manda-nos para a manada de porcos.» Jesus disse: «Podem ir.» Os demônios saíram, e foram para os porcos; e eis que toda a manada se atirou monte abaixo para dentro do mar e morreu afogada. Os homens que guardavam os porcos saíram correndo, foram à cidade e contaram tudo, inclusive o caso dos possuídos pelo demônio. Então toda a cidade saiu ao encontro de Jesus. Vendo-o, começaram a suplicar que Jesus se retirasse da região deles.
PALAVRAS DA SALVAÇÃO - Glória a vós, Senhor

29 de jun. de 2010

Dia do Papa


No dia 29 de junho, a Igreja celebra a festa de São Pedro, o apóstolo que Jesus escolheu para ser o chefe dos apóstolos, como se lê não só no Evangelho de São Mateus (16, 18), mas também em São João (21, 16-18). Através da imagem das chaves Cristo prometeu-lhe a chefia da cidade e entregou-lhe o rebanho todo. Por ser a festa de São Pedro, é o dia do papa, que é seu sucessor.
O atual é Bento XVI. Neste dia todos os católicos do mundo rezamos por ele, pedindo ao Senhor que as luzes do Espírito Santo o iluminem e o fortifiquem para o bem da Igreja.
O poder do Papa na Igreja não é de um soberano absoluto, cujo querer é lei. Mas sua missão é por-se a serviço da palavra de Deus e fazer que esta palavra de Deus esteja no coração de todos. É pois Ele que ilumina os passos da humanidade e aponta os caminhos do Evangelho em nome de Jesus Cristo.
Por ser criatura humana, carrega em si, não obstante a excelsitude de seu cargo e de sua missão, as qualidades e limitações da natureza humana. Daí as diferenças pessoais dos Papas. Para os que temos fé, sabemos ver nos Papas, que a história nos retrata, tanto a autoridade suprema em nome de Jesus, como as diferenças pessoais de cultura, de psicologia, de origem e de formação.
No Papa atual Bento XVI, temos de reconhecer sua invejável cultura teológica, doutor que é em teologia. Sua tese de doutorado foi sobre a teologia de Santo Agostinho.
Além do preparo inrtelectual no campo da teologia, Bento XVI é “expert” na arte musical. Pianista, levou para seus aposentos o piano, que possuia quando cardeal. Isto se deve ao ambiente musical de seu lar e da sua família. Hoje, nas poucas horas vagas do seu dia, consegue deslisar os dedos ageis na sonora brancura do teclado. E sua preferência é por Mozart. Ele mesmo recorda que, “na sua paróquia de origem, quando nos dias de festa, tocavam uma Missa de Mozart, para mim era como se estivessem abertos os céus”.
Homem muito discreto, vive no silêncio de seu palácio, de modo que pouco ou quase nada se sabe de sua vida pessoal. Apenas, por indiscrição de um cardeal, com quem almoçava às vezes, antes de ser papa, sabe-se que aprecia doce e chocolate. Sem dúvida um bom gosto...
Sabe-se por confidência dele mesmo, que no seminário, quando jovem, sua “verdadeira tortura” era a hora do esporte, por não se sentir dotado para o exercício físico.
Estas pinceladas, que tentam mostrar a personalidade do nosso atual Pontífice, têm a pretensão de fazê-lo mais conhecido, admirado e amado. E no seu dia, que é a festa de São Pedro, o Senhor O conserve, O faça feliz e iluminado para o bem de nossa Igreja. E sempre abençoado, como diz seu próprio nome.

Dom Benedicto de Ulhoa Vieira

QUEM É ESTE QUE ACALMA A VENTANIA?

Jesus vive com seus discípulos. Raras vezes anda sozinho. Os evangelistas fazem questão de observar que os que seguiam gostavam e precisavam de sua companhia. Tal acontecia muitas vezes, na travessia do lago, do lago que foi palco de tantas cenas tocantes dos evangelhos...
Tempestade, barca em perigo, aflição e medo dos apóstolos! Ondas violentas pareciam cobrir de água a pobre embarcação e ele dormia, o Mestre dormia na hora da tribulação.
O medo e pavor dos discípulos levam-nos a acordar o Mestre ausente nos domínios do sono. O grito é forte e as palavras bem o dizem: “Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo”.
Companheiros de Jesus na travessia do Lago de Tiberíades e os discípulos do Ressuscitado nos tempos de hoje, uns e outros temos medo. Há lares despedaçados, há viúvas chorando a morte de seus filhos na guerra do tráfico, há soldados que vão para a guerra por causa do desejo dos poderosos, há templos cristãos que se esvaziaram, há essa indiferença de tantos pelas exigências do Evangelho, há migrações de nossas fileiras para grupos que nem sempre levam à plenitude.
Temos a nítida impressão que Jesus dorme e nos deixa entregues a nós mesmos! Será que precisamos acordar o Mestre? Ou ele também nos recriminará pela falta de fé?
Ora, temos que fazer como se tudo dependesse de nós, como diz um ditado de sabedoria, e ao mesmo tempo saber que tudo depende daquele que está na barca de nosso destino, de nossa vida, da Igreja, levando adiante um projeto que não é nosso, mas dele, pedindo-nos apenas e tão somente fé. Insisto, não se trata de deixar que ele opere tudo. Faremos que o seu projeto seja nosso projeto.
Nossos medos são justificados: nossos meninos estão crescendo sem acolherem o Evangelho, há um esquecimento mais ou menos grave do gesto de Jesus, de sua paixão e de sua ressurreição, o tecido da fraternidade anda esgarçado. Jesus parece dormir.
Por que tendes tanto medo, homens fracos na fé? Até que ponto essa reprimenda de ontem nos atinge? Será que estamos da inércia?
Então, levantando-se, ameaçou os ventos e o mar, e fez-se uma grande calmaria.

EVANGELHO DO DIA - Mateus 8,23-27

Então Jesus entrou na barca, e seus discípulos o acompanharam. E eis que houve grande agitação no mar, de modo que a barca estava sendo coberta pelas ondas. Jesus, porém, estava dormindo. Os discípulos se aproximaram e o acordaram, dizendo: «Senhor, salva-nos, porque estamos afundando!» Jesus respondeu: «Por que vocês têm medo, homens de pouca fé?» E, levantando-se, ameaçou os ventos e o mar, e tudo ficou calmo. Os homens ficaram admirados e disseram: «Quem é esse homem, a quem até o vento e o mar obedecem?»
PALAVRAS DA SALVAÇÃO - Glória a vós, Senhor

27 de jun. de 2010

Vem ai o I Mutirão Estadual de Comunicação


Irmãos e irmãs, a mensagem do Papa Bento XVI para o 44º Dia Mundial das Comunicações Sociais celebrado no dia 16 de maio de 2010, dia da Ascensão do Senhor, trata da evangelização no mundo digital, mensagem que a Folha publicou e incentivou às Paróquias a fazerem uma reflexão sobre o tema. O tema deste ano, no contexto do Ano Sacerdotal, que teve seu encerramento no último dia 11 de junho, foi: “O sacerdote e a pastoral no mundo digital: os novos media a serviço da Palavra”. Esta mensagem mostra intensamente a solicitude papal de pastor empenhado em prol da difusão da mensagem do Evangelho. O apelo que faz aos sacerdotes de toda a Igreja revela como o seu coração arde de amor pela causa da difusão da Boa Nova de Jesus Cristo. Ele tem profunda consciência de que o encontro do homem de hoje com Jesus é, como sempre foi, um evento de primeira importância.
Bento XVI pede aos sacerdotes que lancem mão dos meios modernos de comunicação. Principalmente daqueles que nos últimos anos conheceram uma larga difusão, como a internet, a fim de que a mensagem de Jesus Cristo possa difundir-se de modo eficaz no mundo contemporâneo.
Somos convidados à reflexão diante desta mensagem, e principalmente a colocá-la em prática em nossas paróquias. Constatamos que a Pastoral da Comunicação é de suma importância em nossas comunidades, para que formando uma pastoral de conjunto, seus membros possam com entusiasmo, compromisso e perseverança, difundir o Evangelho.
Muitas pessoas de nossa diocese já participaram do Mutirão Regional, que acontece de dois em dois anos, como também, a diocese de Caicó, já realizou o seu I Mutirão Diocesano de Comunicação e o I Workshop sobre Mídia, já no primeiro semestre deste ano. Mas, mesmo assim, com tanta formação, ainda temos paróquias que não tem sua equipe da Pascom formada.
Por outro lado, muitas paróquias tem endereço eletrônico, blog, site, Orkut, Msn, e isso tem facilitado a comunicação ente essas paróquias e o Setor de Comunicação da Diocese. Com isso as notícias das paróquias estão chegando e sendo publicadas na FOLHA semanalmente.
Sabemos que a Pastoral da Comunicação, não se resume no site, no blog, no Jornal, não. É necessário uma maior organização, pois a missão da Pascom é formar uma Pastoral de Conjunto, pois ela é a pastoral do ser/estar em comunhão/comunidade, por isso necessitamos, efetivamente, de uma Pastoral da Comunicação em todas as nossas comunidades. Para que isso aconteça, é preciso perseverança, compromisso e muito amor pelo Reino de Deus. E é necessário, também, o incentivo dos párocos em suas comunidades para que seja organizada a Pastoral da Comunicação. Para isso eles precisam enviar para os encontros pessoas que se identifiquem com esse trabalho de evangelização.
Pois bem, em agosto, nos dias 21 e 22, teremos o II Workshop de Comunicação, com o tema Documentário, e no final de semana seguinte, 28 e 29 de agosto, as coordenações da Pastoral da Comunicação na Arquidiocese de Natal e nas Dioceses de Caicó e de Mossoró promovem o primeiro Mutirão Estadual de Comunicação, a ser realizado no Colégio Nossa Senhora das Neves, em Natal/RN.
O tema em debate será: "A comunicação a serviço da Palavra", fazendo alusão ao tema escolhido pelo Papa Bento XVI para o Dia Mundial das Comunicações Sociais deste ano: "O sacerdote e a pastoral no mundo digital: os novos meios de comunicação a serviço da Palavra". O tema do Mutirão será debatido através de palestra, oficinas, painel e outras atividades.
Para o 1º Mutirão Estadual de Comunicação são convidados agentes da Pastoral da Comunicação e de outras pastorais, sacerdotes, diáconos, seminaristas, religiosos/as, profissionais e estudantes e profissionais de Comunicação Social.
Se sua paróquia não tem uma Equipe da Pascom, esse é mais um motivo para que ela esteja representada nesses encontros.
Em breve, a Pascom Diocesana irá realizar uma reunião com representantes de todas as paróquias, que tenha ou não pascom, com o objetivo de formar e animar essas comunidades a formarem suas equipes, nos preparando para participarmos desses eventos que serão de muita importância para nossa caminhada.

Espiritualidade conciliadora

Apaziguar é um dom que vem do céu. Do Concílio Ecumênico Vaticano II a maioria já ouviu falar. Nem todos, porém, entendem que se trata do ato de pessoas sentarem juntas para decidirem juntas. Isto quer dizer conciliar. Há, pois, uma atitude e até mesmo uma espiritualidade conciliar que vive as propostas de algum concílio. E há também a espiritualidade conciliadora que é virtude dos que, ou se aproximam dos outros, ou vivem de aproximar as pessoas, para que resolvam seus problemas e façam as pazes.
Os pacificadores, os que vivem a serviço do diálogo, os que fazem de tudo para achar valores nos outros e descobrir as razões de cada pessoa, os que tentam relevar, perdoar, usar de misericórdia e, no ato de aplicar a justiça esmeram-se na moderação, todos eles vivem uma espiritualidade conciliadora. São mediadores, aproximadores, suavizadores, apaziguadores. Nem por isso deixam de tomar suas posições firmes, se o caso exigir tal atitude.

Uma senhora serena e forte, mãe de seis filhos fez exatamente isso. Tentadas todas as outras possibilidades para levar um filho rebelde e cruel que se alegrava em ferir os irmãos, recorreu ao silêncio. Calou-se diante dele. Não tinha mais palavras. Quando ele chegava, limitava-se a olhá-lo, tocar-lhe no rosto e depois ia cuidar de seus afazeres. Era diferente o tom com que falava a este filho. Tinha deixado claro que um dia tomaria aquela atitude, caso ele prosseguisse na sua brutalidade diante dos irmãos. Foram meses até que ele, um dia, veio sozinho até ela e pediu uma chance. Ele tinha melhorado. Ela o fez prometer que nunca mais feriria os seus irmãos com aquelas palavras e atitudes cruéis. Assim aconteceu.

Às vezes a espiritualidade conciliadora propõe atitudes de justiça e de severidade, sem ódio e sem crueldade. Mas a pessoa que abusa do espírito conciliador acaba sabendo por que a outra silenciou. Não é permissividade, nem fraqueza, nem um "tudo bem, tudo legal". É um aproximar-se de quem educa. Trato bem, mas não cedo. Nisso, não! Daqui você não passa!
Que os pais a busquem. Façam como os semáforos que permitem, alertam e proíbem! Agora, passa este, agora o outro e agora você! Administrar conflitos é dom de Deus. Caso não consiga, corra para um mosteiro, um santuário, um lugar de preces e ore ou peça orações e entregue a Deus a pessoa ou as pessoas em conflito. Há casos que só Deus consegue suavizar.

www.padrezezinhoscj.com

UM MESTRE QUE FORMA DISCÍPULOS

“Estava chegando o tempo de Jesus ser levado para o céu. Então, ele tomou a firme decisão de partir para Jerusalém e enviou mensageiros à sua frente”
Diante dos olhos de Jesus está a cidade de Jerusalém e tudo aquilo que lá aconteceria com ele: a cidade dourada, a capital da fé, o lugar do templo, a cidade que mata os profetas, o espaço onde ele, Jesus, colocaria o mais nobre de todos os gestos, ou seja de dar a vida pelos seus.
A caminho, Jesus vai dando aulas de formação aos seus discípulos. Nem sempre estes foram capazes de acompanhar as conversas do Mestre.
Um impetuoso se joga diante de Jesus e diz vai segui-lo por onde fosse que Jesus andasse... Jesus faz questão de dizer que ele é um Mestre sem nada, sem prestígio, diferente dos outros que solenemente passeavam pelas praças e eram respeitados... As raposas têm tocas... mas ele nem mesmo uma pedra para reclinar a cabeça. A porta está aberta.
O homem cheio de vivacidade pode segui-lo, mas será preciso saber o que está fazendo...
A um outro Jesus dirige o convite: Segue-me. E este foi pego de surpresa. Manifestou uma necessidade urgente antes de andar atrás de Jesus. Ele precisava enterrar o pai.... Secamente Jesus exige generosidade imediata dele. “Deixe que os mortos enterrem seus mortos; mas tu, vai anunciar o Reino de Deus”.
Um último personagem tinha vontade de segui-lo, mas queria primeiro despedir de seus pais. E Jesus: “Quem põe a mão no arado e olha para trás não é está apto para o reino de Deus”. Ou seja, quando irrompe o convite para seguir Jesus tudo, absolutamente tudo, fica em segundo plano. Não seria este o sentido da vida religiosa consagrada na Igreja? São Francisco de Assis, na Regra bulada dos frades, diz que os que fazem profissão não podem olhar para trás... A vida está diante de seus olhos...
Assim, caminhando na direção de Jerusalém, Jesus vai formando os seus discípulos.

XIII DOMINGO DO TEMPO COMUM

EVANGELHO - Lucas 9,51-62


Estava chegando o tempo de Jesus ser levado para o céu. Então ele tomou a firme decisão de partir para Jerusalém, e enviou mensageiros à sua frente. Estes puseram-se a caminho, e entraram num povoado de samaritanos, para conseguir alojamento para Jesus. Mas, os samaritanos não o receberam, porque Jesus dava a impressão de quem se dirigia para Jerusalém. Vendo isso, os discípulos Tiago e João disseram: «Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para acabar com eles?» Jesus porém, voltou-se e os repreendeu. E partiram para outro povoado.
Enquanto iam andando, alguém no caminho disse a Jesus: «Eu te seguirei para onde quer que fores.» Mas Jesus lhe respondeu: «As raposas têm tocas e os pássaros têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça.» Jesus disse a outro: «Siga-me.» Esse respondeu: «Deixa primeiro que eu vá sepultar meu pai.» Jesus respondeu: «Deixe que os mortos sepultem seus próprios mortos; mas você, vá anunciar o Reino de Deus.» Outro ainda lhe disse: «Eu te seguirei, Senhor, mas deixa primeiro que eu vá me despedir do pessoal de minha casa.» Mas Jesus lhe respondeu: «Quem põe a mão no arado e olha para trás, não serve para o Reino de Deus.»
PALAVRAS DA SALVAÇÃO - Glória a vós, Senhor

26 de jun. de 2010

UM HOMEM DE MUITA FÉ

Um pagão é apresentado por Mateus como um exemplo de fé. Nos textos polêmicos contra os judeus, os evangelistas gostam de mostrar que, não poucas vezes, os que não tinham a tradição religiosa de Israel aceitavam mais facilmente a Jesus de Nazaré. Estamos diante de um pagão que manifesta uma grande fé. Este é um dos aspectos ressaltados pelo evangelho deste dia. O outro se situa na linha do entusiasmo manifestado pelo pagão contra a mesmice de fé dos judeus. Um autor afirma: “Visto estarmos habituados com o cristianismo, temos necessidade das sacudidelas de quem, movido pela graça, o descobre a partir de outras posições. A generosidade destes é um estímulo que suscita incômoda comparação com nossa “costumeirice”. A fé é sempre novidade. Com Deus ninguém se pode habituar. Se não experimentarmos necessidade de salvação diante do Senhor, é de temer que nossa religiosidade seja uma formalidade vazia de fé”.
O texto de Mateus é cheio de frescor. Parece quase o estilo de Marcos. O oficial romano humildemente expõe seu problema. “Senhor, o meu empregado está de cama, lá em casa, sofrendo terrivelmente com uma paralisia.” Observemos que não se trata de um familiar do centurião, mas de um empregado.
Segundo Mateus, Jesus não titubeia. Prontifica-se a ir. O oficial romano não esperava tanta prontidão e tanta generosidade. Ele não pede que Jesus se desloque. Dali mesmo o Mestre poderia agir.
Vem então esta formulação tão cheia de humildade: “Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e meu empregado ficará curado”. Um homem reto... Conhecendo um pouco a grandeza humana de Jesus não quer ser incômodo. Talvez até mesmo reconheça suas faltas. Nesse momento Jesus elogia um homem que não tem a tradição religiosa de seus discípulos. Reage contra a dureza do coração de alguns. Os herdeiros do reino se fechavam e os povos de fora estavam prometendo sem abrir ao mundo novo de Jesus.
Então Jesus, voltando-se para o oficial, disse :”Vai! E seja feito como tu creste”. O oficial ficou sabendo que naquela mesma hora seu empregado tinha ficado curado...O Senhor opera sua salvação mais profunda no coração dos que crêem generosamente.
O texto ainda nos diz que Jesus teve compaixão da sogra de Pedro e tocou-lhe. Esse tocar evoca os sacramentos que mais tarde nasceriam na Igreja...
À guisa de conclusão interpretativa, o primeiro evangelista, assim escreve: “Quando caiu a tarde, levaram a Jesus muitas pessoas possuídas pelo demônio. Ele expulsou os espíritos, com sua palavra, e curou todos os doentes para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías: Ele tomou nossas dores e carregou as nossas enfermidades”.

Fonte: www.franciscanos.org.br

EVANGELHO DO DIA - Mateus 8,5-17

Jesus estava entrando em Cafarnaum, quando um oficial romano se aproximou dele, suplicando: «Senhor, meu empregado está em casa, de cama, sofrendo muito com uma paralisia.» Jesus respondeu: «Eu vou curá-lo.» O oficial disse: «Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e meu empregado ficará curado. Pois eu também obedeço a ordens e tenho soldados sob minhas ordens. E digo a um: vá, e ele vai; e a outro: venha, e ele vem; e digo ao meu empregado: faça isso, e ele faz.» Quando ouviu isso, Jesus ficou admirado, e disse aos que o seguiam: «Eu garanto a vocês: nunca encontrei uma fé igual a essa em ninguém de Israel! Eu digo a vocês: muitos virão do Oriente e do Ocidente, e se sentarão à mesa no Reino do Céu junto com Abraão, Isaac e Jacó. Enquanto os herdeiros do Reino serão jogados nas trevas exteriores onde haverá choro e ranger de dentes.» Então Jesus disse ao oficial: «Vá, e seja feito conforme você acreditou.» E nessa mesma hora o empregado do oficial ficou curado.
Jesus foi para a casa de Pedro, e viu a sogra de Pedro deitada, com febre. Então Jesus tocou a mão dela, e a febre a deixou. Ela se levantou, e começou a servi-los.
À tarde, levaram a Jesus muitas pessoas que estavam possuídas pelo demônio. Jesus, com a sua palavra, expulsou os espíritos e curou todos os doentes, para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías: «Ele tomou as nossas enfermidades e carregou as nossas doenças.»
PALAVRAS DA SALVAÇÃO - Glória a vós, Senhor

25 de jun. de 2010

Cáritas e CNBB saem em ajuda das vítimas das chuvas no nordeste

80 municípios de Alagoas e Pernambuco foram fortemente atingidos

BRASÍLIA, quinta-feira, 24 de junho de 2010 (ZENIT.org) – A Cáritas Brasileira e a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) lançaram ontem (23/06) uma campanha de auxílio às vítimas das chuvas nos Estados de Alagoas e Pernambuco (nordeste do país).
Já ultrapassa 40 o número de mortes em decorrência das fortes chuvas e enchentes dos últimos dias nos dois Estados do nordeste. 80 cidades foram fortemente atingidas.
De acordo com a Secretaria Nacional de Defesa Civil, em Alagoas, 26 municípios foram atingidos, sendo que três deles decretaram situação de emergência e 15, estado de calamidade pública.
No Estado de Pernambuco, 54 cidades foram atingidas. Desses municípios, 30 decretaram situação de emergência e nove decretaram estado de calamidade pública.
De acordo com balanço feito na noite de ontem pelas defesas civis estaduais, em Alagoas já foram contabilizados 26.141 desabrigados, 47.687 desalojados e 29 óbitos. O número de desaparecidos chega a 607 pessoas. Em Pernambuco, são 17.809 desabrigados, 24.552 desalojados e 13 mortes.
O município com o maior número de afetados no Estado de Alagoas foi o de União dos Palmares, com 55 mil pessoas atingidas, também apresentando o maior número de desabrigados, com nove mil pessoas. Murici (AL) é o município com mais desalojados, somando dez mil pessoas.
A Campanha da CNBB e da Cáritas, intitulada “SOS Pernambuco e Alagoas”, pretende arrecadar fundos que serão convertidos em ajuda concreta às vítimas, como, por exemplo, o fornecimento de alimentos e medicamentos. As doações podem ser depositadas no Banco do Brasil, Agência 3505-X, Conta Corrente 5821-1.
Na internet: http://www.caritas.org.br/

SERES EM PEDAÇOS

O livro da Boa Nova segundo Mateus transcreve minuciosamente as orientações de Jesus no alto do monte. No seu Sermão da Montanha estão os princípios norteadores para os discípulos do mundo novo. Descendo para a planície, Jesus vai se encontrar com a miséria, a dor, o sofrimento. O primeiro milagre operado por Jesus, segundo a versão da Boa Nova de Mateus, é o da cura de um leproso. Assim, o texto de Mateus vai alternar conversas mais íntimas de Jesus com os seus, colóquios que visavam formar convicções e o encontro com a vida: os lírios dos campos, a postura alegre e bonita de pessoas simples diante da vida e também o contacto com a miséria, a fome, a dor, a viuvez, as perdas e alguns ganhos. Enorme é a lista de pessoas agraciadas com atenções particulares de Jesus: multidão faminta, cegos e coxos, mães e pais de filhos doentes, pessoas possuídas pelo mal. O Jesus pregador no alto da montanha é um mestre sublime. Quando desce, será o salvador.

A vida cristã é complexa. Não se trata apenas de conseguir uma amizade pessoal e íntima com Jesus. Embora isso seja de suma importância. Não consiste apenas na participação dos fiéis nos sacramentos e de modo particular na missa, embora fazendo isso os discípulos se unam mais intensamente ao seu mistério adorável de Cristo. Há momentos em que precisamos estar entre nós, como comunidade de irmãos. Necessitamos do conforto da fraternidade, precisamos ouvir juntos a Palavra....

Mas saímos, deixamos a fraternidade e vamos pelo mundo afora. Ali, nós, os cristãos, seremos uma presença atenciosa e carinhosa para com todos os que precisam de “salvação”. Fácil escrever esta frase. Meus dedos foram deslizando nas fileiras de linhas do computador. Uma coisa é escrever e outra concretizar.

Há uma presença junto de todos os que sofrem dores, fome, solidão. Na medida do possível seremos bons. Cuidaremos das feridas, saciaremos a fome e quebraremos a solidão. Há uma presença discreta mas firme junto dos que vão se degradando com as drogas, com uma sexualidade sem sentido, uma falta de atenção ao seu mistério pessoal. Como fazer isso? Será preciso gastar tempo, ter criatividade. Há ainda uma postura coletiva de reação política contra todo sofrimento que as pessoas padecem porque a escola não é boa, os salários são minguados, os hospitais vivem sem verbas.... enquanto dinheiros públicos locupletam o bolso daqueles que foram escolhidos para organizar o bem na sociedade.

Descemos da montanha do sermão das bem-aventuranças para sermos salvadores de tantos que sofrem e morrem... Esta é a nossa missão...

EVANGELHO DO DIA - Mateus 8,1-4

Quando Jesus desceu da montanha, grandes multidões começaram a segui-lo. Eis que um leproso aproximou-se e ajoelhou-se diante de Jesus, dizendo: «Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar.» Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: «Eu quero, fique purificado.» No mesmo instante o homem ficou purificado da lepra. Então Jesus lhe disse: «Não conte isso a ninguém! Vá pedir ao sacerdote para examinar você, e depois faça a oferta que Moisés mandou, a fim de que seja um testemunho para eles.»
PALAVRAS DA SALVAÇÃO - Glória a vós, Senhor

24 de jun. de 2010

As fogueiras que ainda queimam

Por motivos vários, entre eles a segurança e a conservação da natureza, hoje desapareceram as fogueiras. O folclore típico retratando a vida simples do campo e do assim chamado caipira, com as comidas típicas, se limita apenas em festa nos clubes, escolas, até como forma de arrecadação e ajuda ao apertado orçamento anual. Saudosismo ou não, mas eram tempos diferentes. Tudo era simples, tudo em família. Nos arraiais do caboclo, com danças e comidas típicas, passava-se o tempo contemplando as chamas da fogueira a transformar os troncos em brasa ardente, para depois passar com os pés descalços. E o povo a gritar de alegria.

Tudo isso faz parte do passado, dos tempos em que não havia a complicação do ativismo da vida moderna e dos aglomerados urbanos, cobertos pelo anonimato e a indiferença. Como seria diferente se as fogueiras voltassem a queimar não a lenha, mas os corações distantes, frios e egoístas do homem e da mulher deste tempo, para redescobrir a beleza de ser gente com coração capaz de amar e ser amados.

Quero recordar entre as fogueiras históricas aquela que Zacarias fez para anunciar aos parentes e vizinhos o nascimento de João. Fogo, fumaça, luz comunicando vida, anunciando um novo tempo brotado do ventre daquela que chamavam estéril. A fogueira de São João desapareceu e com ela a vida, principalmente dos que foram gerados e não puderam nascer.

Existem fogueiras que permanecem e que jamais se apagarão. Elas foram acesas há mais de dois mil anos e continuam incandescentes como se fossem acesas hoje. São duas relatadas nos evangelhos e ambas relacionadas a Pedro. A primeira queimava no pátio de Anás, sogro do sumo sacerdote Caifás, lugar onde levaram Jesus depois de ser entregue por Judas no jardim do Getsêmani (Lc 22,55).

Ao redor daquele fogo estava Pedro, aquecia-se e fingia ser um qualquer no meio de tantos que por curiosidade se aglomeravam a fim ver o resultado final da condenação daquele que ensinava nas sinagogas e praças e se fazia chamar de Mestre, o homem galileu. Em meio a esta expectativa, Pedro perde o anonimato diante de uma empregada, e por três vezes nega ter conhecido o Homem de Nazaré.

A fogueira passa a queimar naquele momento não a lenha, mas a traição, a vergonha, a falta de coragem, a amizade traída, as promessas de seguimento á todo custo. Tudo foi ao fogo pelo medo covarde ligado à fraqueza humana de quem é interpelado ao testemunho na hora em que menos espera. O que ficou no coração daquele homem a queimar como nunca foi a dor da traição e do fracasso. Depois chorou amargamente, ficando ausente em todos os passos da condenação e da morte do melhor amigo.

A segunda fogueira foi acesa por Jesus, que por graça do Criador não tem nenhuma curiosidade ou falsos interesses, mas simplesmente o amor através de alguns peixinhos assados a esperar os desiludidos discípulos depois de uma noite fracassada de pesca. Foi na praia do Mar da Galiléia (Jo 21,9), onde acontecera o primeiro encontro com Pedro, André e Tiago. Apesar de experientes pescadores, trabalhando a noite toda, arriscam de madrugada, mas nenhum resultado.

Foi então que ouviram uma voz, mandando jogar as redes à direita do barco. Que bela surpresa, a abundância foi tão grande que quase afundavam os barcos. O sentimento naquele momento não podia ser outro a não ser, o de dizer: ”È o Senhor”. Essa é a fogueira da reconstrução de uma vida nova, com o ressuscitado. Foi ali que Jesus perguntou: Pedro, tu me amas mais do que estes? Foi três vezes perguntado em contraposição à tríplice negação. E a resposta foi também três vezes afirmativa: “Tu sabes tudo, Tu sabes que te amo”. A confirmação de Jesus é imediata: “Apascenta as minhas ovelhas”.

Amigo, não importa o que você tenha feito ou deixado de fazer, existirá sempre uma fogueira, onde Jesus te espera com um peixinho assado na brasa do amor de Deus por você.

Dom Anuar Battisti (site CNBB)

Inauguração de estátua de Santa Rita deve receber mais 60 mil devotos


Uma multidão de devotos de Santa Rita de Cássia é esperada nos próximos dias 26 e 27, na cidade de Santa Cruz (RN), a 120 quilômetros de Natal. Uma vasta programação será desenvolvida, sábado e domingo, por ocasião da inauguração da estátua de Santa Rita, a “madrinha dos sertões”.
No dia 26, haverá reza do terço, missa, procissão, solenidade de inauguração e shows musicais. No domingo, 27, a programação terá início com uma missa, na Igreja Matriz e início da visitação ao Santuário. Depois, terá reza do terço, atendimento de confissões, missa e adoração ao Santíssimo Sacramento. No período da tarde, será celebrada missa, presidida pelo arcebispo de Natal (RN), dom Matias Patrício de Macêdo, transmitida pela Rede Vida de Televisão e pela Rádio Rural de Natal. Segundo o reitor do Santuário, padre Aerton Sales da Cunha, a expectativa é que mais de 60 mil devotos vão a Santa Cruz, nos dois dias.
A estátua da imagem da padroeira de Santa Cruz faz parte do Complexo Turístico Religioso Alto de Santa Rita, construído no Monte Carmelo. O início das obras foi em 2007, com recursos dos governos municipal, estadual e federal. A estátua mede 50 metros de altura, sobre um pedestal de seis metros, totalizando 56 metros de altura, tornando-se mais alta que a do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, que mede 38 metros de altura. O Complexo compreende, além da estátua, uma capela, sala de promessas, praça do romeiro, auditório, restaurante, lanchonete, lojinhas, banheiros, mirante e estacionamento.
O decreto de criação do Santuário de Santa Rita de Cássia foi assinado em 11 de outubro de 2009, por dom Matias Patrício de Macêdo, no encerramento da visita pastoral à Paróquia de Santa Cruz.

Programação permanente
A partir de agora, será desenvolvida uma programação permanente, todos os domingos, no Santuário: 10h, missa, e às 11h30, bênção do Santíssimo. Além disso, cinco romarias serão realizadas, anualmente: Romaria Eucarística, dias 21 e 22 de abril, fazendo memória à primeira missa celebrada no Santuário; Romaria de Santa Rita de Cássia, de 13 a 22 de maio, na festa da padroeira; Romaria Mariana, de 17 a 22 de julho, festa de Nossa Senhora do Carmo; Romaria da Gratidão, dias 11 e 12 de outubro, celebrando o aniversário de criação do Santuário; e Romaria da Coroa, todo dia 22 de cada mês.
De segunda a sábado, o santuário será aberto para visitação, das 7 às 18 horas. O local também pode ser um espaço para retiros e encontros de grupos pastorais.

Fonte: CNBB

“QUE VIRÁ A SER DESTE MENINO?”

Os vizinhos e a parentela de Isabel e Zacarias ficaram meio alvoroçados com o nascimento do menino, filho da velhice de um casal constituído de pessoas muito ligadas ao Senhor. Mulheres, homens e crianças deviam circular nas proximidades da casa do casal. “Os vizinhos e parentes ouviram dizer como o Senhor tinha sido misericordioso com Isabel e alegraram-se com ela.”
Não lhe puseram o nome de Zacarias, mas de João. Num clima de alegria e de efervescência, as pessoas que estavam presentes também no momento da circuncisão, se perguntavam : “O que virá a ser este menino?”
São Pedro Damião tem uma resposta para esta interrogação: “Ouve: João é patriarca, ou melhor, é o remate e a coroa dos patriarcas. João é profeta, pois aponta com o dedo aquele cuja vinda anuncia. João é o anjo, e mesmo o eleito entre os anjos, e disto dá testemunho o próprio Salvador, ao dizer: Eis que vou enviar o meu anjo que prepare um caminho diante de mim (Ml 3,1). João é apóstolo, mesmo o primeiro e principal dos apóstolos, porque foi um homem enviado por Deus (Jo 1,6). João é evangelista, e mesmo o primeiro semeador e pregador do Evangelho do Reino. João é virgem, e mais ainda é símbolo da virgindade, sinal de pudor, exemplo de castidade. João é mártir, e até luz dos mártires, modelo do martírio mais valoroso do nascimento à morte do Cristo. João é Elias, a lâmpada que arde ilumina, o amigo do Esposo, aquele que prepara a Esposa”.
Lecionário Monástico I, p. 87

E Agostinho tenta explicar o fato de Zacarias ter recuperado a voz depois do nascimento de João: “Zacarias emudece e perde a voz até o nascimento de João, o precursor do Senhor; só então recupera a voz. Que significa o silêncio de Zacarias? Não seria o sentido da profecia que antes da pregação de Cristo, estava, de certo modo, velado, oculto, fechado? Mas com a vinda daquele a quem elas se referiam, tudo se abre e se torna claro. O fato de Zacarias recuperar a voz no nascimento de João tem o mesmo significado que o rasgar do véu no templo, quando Cristo morreu na cruz. Se João se anunciasse a si mesmo, Zacarias não abriria a boca. Solta a língua porque nasce aquele que é a voz. Com efeito, quando João anunciava o Senhor, perguntaram-lhe: Quem és tu? ( Jo 1, 19). E ele respondeu: Eu sou a voz do que clama no deserto (Jo 1, 23. João é a voz: o Senhor, porém, no princípio era a Palavra (Jo 1,1). João é a voz no tempo; Cristo é, desde o princípio a Palavra eterna”
Liturgia das Horas III, p. 1375

EVANGELHO DO DIA - Lucas 1,57-66.80

Terminou para Isabel o tempo de gravidez, e ela deu à luz um filho. Os vizinhos e parentes ouviram dizer como o Senhor tinha sido bom para Isabel, e se alegraram com ela. No oitavo dia, foram circuncidar o menino, e queriam dar-lhe o nome de seu pai, Zacarias. A mãe, porém, disse: «Não! Ele vai se chamar João.» Os outros disseram: «Você não tem nenhum parente com esse nome!» Então fizeram sinais ao pai, perguntando como ele queria que o menino se chamasse. Zacarias pediu uma tabuinha, e escreveu: «O nome dele é João.» E todos ficaram admirados. No mesmo instante, a boca de Zacarias se abriu, sua língua se soltou, e ele começou a louvar a Deus. Todos os vizinhos ficaram com medo, e a notícia se espalhou por toda a região montanhosa da Judéia. E todos os que ouviam a notícia, ficavam pensando: «O que será que esse menino vai ser?» De fato, a mão do Senhor estava com ele.
O menino ia crescendo, e ficando forte de espírito. João viveu no deserto, até o dia em que se manifestou a Israel.
PALAVRAS DA SALVAÇÃO - Glória a vós, Senhor

23 de jun. de 2010

EVANGELHO DO DIA - Lucas 1,5-17

No tempo de Herodes, rei da Judéia, havia um sacerdote chamado Zacarias. Era do grupo de Abias. Sua esposa se chamava Isabel, e era descendente de Aarão. Os dois eram justos diante de Deus: obedeciam fielmente a todos os mandamentos e ordens do Senhor. Não tinham filhos, porque Isabel era estéril, e os dois já eram de idade avançada.
Certa ocasião, Zacarias fazia o serviço religioso no Templo, pois era a vez do seu grupo realizar as cerimônias. Conforme o costume do serviço sacerdotal, ele foi sorteado para entrar no Santuário, e fazer a oferta do incenso. Na hora do incenso, toda a assembléia do povo estava rezando no lado de fora. Então apareceu a Zacarias um anjo do Senhor. Estava de pé, à direita do altar do incenso. Ao vê-lo, Zacarias ficou perturbado e cheio de medo. Mas o anjo disse: «Não tenha medo, Zacarias! Deus ouviu o seu pedido, e a sua esposa Isabel vai ter um filho, e você lhe dará o nome de João. Você ficará alegre e feliz, e muita gente se alegrará com o nascimento do menino, porque ele vai ser grande diante do Senhor. Ele não beberá vinho, nem bebida fermentada e, desde o ventre materno, ficará cheio do Espírito Santo. Ele reconduzirá muitos do povo de Israel ao Senhor seu Deus. Caminhará à frente deles, com o espírito e o poder de Elias, a fim de converter os corações dos pais aos filhos e os rebeldes à sabedoria dos justos, preparando para o Senhor um povo bem disposto.»
PALAVRAS DA SALVAÇÃO - Glória a vós, Senhor

20 de jun. de 2010

ESSE JESUS DE ONTEM E DE SEMPRE

Tanto Mateus quanto Lucas transcrevem o famoso diálogo entre Jesus e seus apóstolos quando o Mestre coloca a questão: “E vós, quem dizeis que eu sou?”
Esta pergunta continua ressoando pelos séculos afora. Quem é Cristo? Cada um de nós, ao longo da vida, vai tentando, dia após dia, acrescentar um aspecto diferente e mostrar um ângulo ainda não conhecido desse que dividiu os tempos e vive vivo no interior da comunidade dos seus.
Muitos de nós fomos apresentados a ele desde a nossa infância. Ficamos marcados com as cenas do seu nascimento, pinturas e gravuras de gestos que ele colocou em sua peregrinação pelas terras poeirentas da Palestina e, sobretudo, pelos últimos dias de sua vida: a ceia, a paixão, a morte e ressurreição.
Nunca esqueceremos: esse Jesus tão frágil e que conheceu a morte violenta, vive, é o Vivo, o Ressuscitado. Se tivéssemos que dar uma resposta a quem agora nos interpelasse talvez pudéssemos dizer mais ou menos com estas palavras ou outras mais ou menos semelhantes.
Jesus foi um personagem histórico. Escritores religiosos e pagãos falaram de sua existência. Uns o exaltaram e outros simplesmente assinalaram sua passagem. Para os cristãos que navegam no oceano da fé e enxergam o mundo a partir da fé esse Jesus de Nazaré, frágil, criança, indefeso, amoroso, sério, exigente, dependente de um Pai que amava com todas as forças, esse homem de Nazaré, vive e vive no meio de nós. Esta é a nossa fé.
Foi ele mesmo, o Vivo, que na nossa infância nos fez vê-lo, recebê-lo na mesa da Eucaristia. Algumas vezes trazemos interrogações no fundo do coração e as esclarecemos com as palavras que ele um dia disse e que ressoam vivas aos nossos ouvidos quando as retomamos no seio da comunidade dos que crêem. Cremos, pois, numa presença real de Jesus no meio dos que acreditam nele e somos alimentados por uma certeza que ele nos deu: “Estarei convosco até a consumação de todos os tempos”.
Um dia lendo as páginas dos evangelhos, outro dia vendo pessoas encontrá-lo no rosto desfigurado do moribundo, outras vezes ainda saboreando sua doçura no pão da vida, ainda por vezes fazendo a experiência de completar em nós os sofrimentos que faltam à sua paixão temos absoluta certeza de ele é o sentido da vida, o pão, o caminho, a verdade, o pastor, a porta, a videira, a paz, o perdão, o Senhor, o que vive e vive no meio de nós.
Quando nossa fragilidade nos leva a buscar doentiamente nosso ego e esquecer o outro , quando pecamos, damo-nos conta de que não fomos dignos daquele que, no alto da cruz, rasgou um documento que existia contra nós. Esquecemos, perdemos de vista a realidade do Amor daquele que deu a vida por nós...
Ele é nosso Senhor e nossa vida.

XII DOMINGO DO TEMPO COMUM


EVANGELHO: Lucas 9,18-24


Certo dia, Jesus estava rezando num lugar retirado, e os discípulos estavam com ele. Então Jesus perguntou: «Quem dizem as multidões que eu sou?» Eles responderam: «Alguns dizem que tu és João Batista; outros, que és Elias; mas outros acham que tu és algum dos antigos profetas que ressuscitou.» Jesus perguntou: «E vocês, quem dizem que eu sou?» Pedro respondeu: «O Messias de Deus.» Então Jesus proibiu severamente que eles contassem isso a alguém. E acrescentou: «O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos chefes dos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto, e ressuscitar no terceiro dia.» Depois Jesus disse a todos: «Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e me siga. Pois, quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas, quem perde a sua vida por causa de mim, esse a salvará.»

PALAVRAS DA SALVAÇÃO - Glória a vós, Senhor

19 de jun. de 2010

AQUELE QUE CUIDA DE NÓS

“Não vos preocupeis com o dia de amanhã!” Continuamos, com a leitura do Sermão da Montanha segundo Mateus. O grande ensinamento da página proclamada na liturgia de hoje é o tema da Providência. Há aqueles que, de uma certa forma, ironizando o texto, dizem: “Não podemos ficar olhando os lírios do campo e os pássaros do céu. Precisamos de comida, escola, remédios, enfim, sobreviver e tudo isso constitui para nós motivo de preocupação. Não podemos ser como a cigarra que canta e não trabalha. A vida nos força a ser como a formiga que armazena para passar o inverno. A filosofia dos cristão leva à indolência”.

Quando Jesus fala da confiança na Providência não tece elogio à preguiça. As coisas de todos os dias precisam ser feitas e bem feitas. Comida e vestes não caem do céu. O progresso da tecnologia exige disciplina e esforço. As doenças da terra não serão sanadas sem o trabalho e as providências humanas.

Precisamos, no entanto, prestar atenção em certos detalhes da vida... Há coisas importantes e específicas na vida daquele que resolve seguir a Jesus. Uma delas vem do pensamento do evangelho de hoje: "Não vos preocupeis com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã terá suas preocupações. Para cada dia bastam os próprios problemas”.

Cristãos são aqueles que estão sempre à disposição da instauração do Reino. Estão “antenados” na implantação do mundo de bondade, paz, união. Esse mundo novo é fundamental e prioritário. Se para tanto orientamos o melhor de nossas vidas, os empenhos de nossas famílias, o sentido da vida religiosa consagrada temos plena confiança que teremos casa, comida e o necessário para uma vida digna. Não colocamos nossa esperança na garantia falaciosa dos bens. Acreditamos que o olhar do Senhor sempre nos acompanha, providencialmente. O Pai sabe o que necessitamos.

Podemos viver, caminhar, optar pelo casamento, trabalhar, colocar filhos no mundo. Não precisamos nos apavorar. Serenamente, como uma criança, entregamos nossa vida a Deus. Faremos a nossa parte e o resto estará nas mãos da Providência. Belíssima a oração do abandono de Charles de Foucaud: “Meu Pai, entrego-me a vós, fazei de mim o que for de vosso agrado. O que quiserdes fazer de mim, eu vos agradeço. Estou pronto para tudo, aceito tudo, desde que a vossa vontade se realize em mim, em todas as vossas criaturas! Não desejo outra coisa, meu Deus. Deponho minha alma em vossas mãos, eu vo-la dou, meu Deus, com todo o amor do meu coração, por que vos amo e porque para mim é uma necessidade de amor dar-me entregar-me em vossas mãos sem medida, com uma confiança infinita, pois sois meu Pai”.

EVANGELHO DO DIA - Mateus 6,24-34

«Ninguém pode servir a dois senhores. Porque, ou odiará a um e amará o outro, ou será fiel a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e às riquezas. Por isso é que eu lhes digo: não fiquem preocupados com a vida, com o que comer; nem com o corpo, com o que vestir. Afinal, a vida não vale mais do que a comida? E o corpo não vale mais do que a roupa? Olhem os pássaros do céu: eles não semeiam, não colhem, nem ajuntam em armazéns. No entanto, o Pai que está no céu os alimenta. Será que vocês não valem mais do que os pássaros? Quem de vocês pode crescer um só centímetro, à custa de se preocupar com isso? E por que vocês ficam preocupados com a roupa? Olhem como crescem os lírios do campo: eles não trabalham nem fiam. Eu, porém, lhes digo: nem o rei Salomão, em toda a sua glória, jamais se vestiu como um deles. Ora, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é queimada no forno, muito mais ele fará por vocês, gente de pouca fé! Portanto, não fiquem preocupados, dizendo: O que vamos comer? O que vamos beber? O que vamos vestir? Os pagãos é que ficam procurando essas coisas. O Pai de vocês, que está no céu, sabe que vocês precisam de tudo isso. Pelo contrário, em primeiro lugar busquem o Reino de Deus e a sua justiça, e Deus dará a vocês, em acréscimo, todas essas coisas. 34 Portanto, não se preocupem com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã terá suas preocupações. Basta a cada dia a própria dificuldade.»
PALAVRAS DA SALVAÇÃO - Glória a vós, Senhor

18 de jun. de 2010

POR ONDE ANDA O NOSSO CORAÇÃO?

A vida é um desafio. Viver, viver bem, é uma luta, um combate que não tem fim. Construímos aqui e ali uma parede que não resiste. Na verdade, as pessoas que pensam, que refletem, não vivem por viver. Há uma sabedoria de vida a ser conquistada: um jeito de ser marido, uma maneira de ser mulher, um modo de posicionarmo-nos diante dos outros, da vida, dos bens materiais de Deus. Importante sempre será adquirir essa sabedoria que é dom do Espírito. Assim podemos e devemos nos perguntar por onde anda o nosso coração. Onde estão nossos tesouros?
Há a questão dos bens materiais. Precisamos deles. Mas não podemos fixar neles toda nossa atenção e orientar para eles nossas mais escolhidas e preciosas atenções. Tornamo-nos semelhantes ao que amamos. Os que absolutizam o tesouro perecível perdem a capacidade de ver outros campos de seu existir que lhe dariam maior plenitude. Buscamos ter uma casa, um carro, um certo dinheiro para fazer face às necessidades da casa, dos nossos... Tudo isso é lícito. Mas há também esse desejo de acumular, guardar, contar conosco mesmo, querer garantir-nos... E aos poucos vai desaparecendo de nosso horizonte o tesouro do Evangelho, a coragem de arriscar, o desejo de seguir a Cristo. Vamos no enredando de tal forma nas coisas materiais que perdemos o senso do seguimento de Cristo e nos contentamos com as planícies monótonas sem buscar as alturas da intimidade com aquele que dom.
Os tesouros a serem acumulados serão aqueles que poderemos armazenar nos cantos do coração e que ladrão algum pode roubar: o tesouro do olhar voltado para o mais necessitado, a palavra da verdade sempre dita e repetida, o tesouro da humildade sem afetação, a veste da transparência e da pureza que a traça não come.Os cristãos usam dos bens da terra. Não há como fugir. Um autor assim escreve: “O que o cristão não deve fazer é acumular tesouros na terra, tendo, porém, presente – e Jesus tinha-o por certo – que estamos na terra e temos absoluta necessidade de seus bens. Eis porque é necessário ver claro. É necessária uma luz bastante forte, que possa nos mostrar até onde é lícito buscar os bens da terra sem contradizer as palavras de Jesus, que nos faça ver a que ponto a inata avidez de possuir tenta mascarar-se sob a aparência de necessidade, de conveniências sociais, ou tenta aquietar a consciência com esmolas ou gestos de beneficência. A consciência é iluminada pela luz que promana da Palavra de Deus, que nos interpela com absoluta exigência, se nos deixarmos interpelar”.
Cuidado para não colocar nosso tesouro numa busca frenética do prazer, do lucro, do prestígio. Cuidado para que, no final da caminhada, vejamos que nada ficou grudado ao nosso coração.... mas todos os bens buscados foram corroídos....

Fonte: www.franciscanos.org.br

EVANGELHO: Mateus 6,19-23

"Não ajuntem riquezas aqui na terra, onde a traça e a ferrugem corroem, e onde os ladrões assaltam e roubam. Ajuntem riquezas no céu, onde nem a traça nem a ferrugem corroem, e onde os ladrões não assaltam nem roubam. De fato, onde está o seu tesouro, aí estará também o seu coração. A lâmpada do corpo é o olho. Se o olho é sadio, o corpo inteiro fica iluminado. Se o olho está doente, o corpo inteiro fica na escuridão. Assim, se a luz que existe em você é escuridão, como será grande a escuridão!"
PALAVRAS DA SALVAÇÃO - Glória a vós, Senhor

17 de jun. de 2010

LUAL DOS NAMORADOS 2010















O Dia dos Namorados ou Dia de São Valentim é uma data especial e comemorativa na qual se celebra a união amorosa entre casais sendo que é comum a troca de cartões e presentes, tais como as tradicionais caixas de bombons. No Brasil, a data é comemorada no dia 12 de junho por ser véspera do 13 de Junho, Dia de Santo Antonio, santo português com tradição de casamenteiro, provavelmente devido suas pregações a respeito da importância da união familiar.
Na Paróquia de São José essa data cheia de magia e romantismo, para os casados e namorados, é comemorada com uma festa junina realizada há 3 anos pelos casais do ECC. No Lual dos Namorados, que foi realizado esse ano no Sítio de São José, os casais reúnem-se com suas famílias para degustarem comidas típicas, dançarem quadrilha, trocarem recadinhos românticos e proporcionarem aos seus filhos brincadeiras da época de suas infâncias como: o laça-laça, o quebra-panela, a pescaria, o derruba lata e o sorteio do balaio junino, realizado este ano com os objetos adquiridos como forma de colaboração na entrada dos participantes. A alegria que emana no evento é verdadeiramente do coração pois lá não há venda de bebida alcoolica, uma iniciativa do Pároco Padre João Paulo e que vem sendo acatada neste três anos de realização do Lual. A ornamentação e a confecção das comidas ficaram a cargo dos casais do ECC com a participação especial este ano dos jovens do EJC. A renda deste evento é revertida para o Encontro de Casais com Cristo e para outros retiros destinados às famílias que a Paróquia realiza anualmente.
Em clima de muita alegria e romance mais uma vez o Lual dos Namorados foi um sucesso e a equipe do ECC agradece a todos que lá estiveram prestigiando mais este evento da Paróquia de São José.

ENCONTRO DE JOVENS COM CRISTO


A Paróquia São José de Carnaúba dos Dantas, juntamente com a de Nossa Senhora dos Remédios de Cruzeta/RN, irá implantar o EJC, movimento que envolve os jovens e os casais já engajados nos serviços da Paróquia. Para que isso aconteça foram enviados 12 jovens de Carnaúba dos Dantas e 11 de Cruzeta para Campina Grande, juntamente com 5 casais do ECC de Carnaúba e 3 de Cruzeta, os quais participaram do EJC da Paróquia de São Francisco, que será a Paróquia madrinha do movimento aqui na Diocese de Caicó, inicialmente no Zonal III. Estes jovens serão acompanhados por um jovem coordenador, Caio Dantas, e pelo casal Giovani e Patrícia, do ECC de Carnaúba dos Dantas. Os 23 jovens formaram um grupo, denominado de família, os quais irão realizar 12 reuniões de crescimento espiritual e aprofundamento no movimento. Só após estas 12 reuniões eles estarão prontos para servirem em um encontro. O Padre João Paulo esteve durante os três dias - 04, 05 e 06 de junho - vivenciando o encontro. A pretensão dele é implantar o mais breve possível este movimento aqui na Paróquia de São José.

O Encontro de Jovens com Cristo – EJC- é um movimento a serviço da Igreja Católica Apostólica Romana, que tem como proposta anunciar e experimentar a beleza e a fecundidade do Evangelho de Jesus Cristo, através de partilhas, formações e oração, para que os jovens amadureçam como bons cristãos e honestos cidadãos. Podemos dizer que também se integra a essa proposta, estimular e aprofundar, nos jovens a prática dos sacramentos, da evangelização e do serviço ao próximo e, em especial, à inserção pastoral paroquial.
O EJC tem como características principais a Oração, a Humildade, a Simplicidade, a Alegria, o Serviço, a Responsabilidade e o Sigilo.
No EJC aprende-se também a solidariedade, a colaboração, a pacividade, acentuando os ensinamentos religiosos, a participação, o perdão, a irmandade entre tudo e todos.

Perdão por amar

A propaganda muitas vezes leva as pessoas a formarem imagem ou conceito ruim de quem comete alguma falta, sem saberem ou não quererem saber da conversão ou mudança de vida dos faltosos. Nem sempre se divulgam notícias com a devida ética de respeito à pessoa que erra. A punição devida é importante a quem comete delito. Mas o modo de fazê-lo não pode ser de tipo vingativo e sim corretivo. Jesus sempre dava oportunidade para a conversão e perdoava os pecadores. Aliás, desafiou até os que queriam apedrejar a mulher pecadora: “Quem não tem pecado, atire a primeira pedra!”. Muitas vezes parte da sociedade é farisáica ou enganosa e até contraditória. Perdoa até faltas graves e é implacável com senões leves, dependendo muito do como as notícias são veiculadas.
Um fato na vida de Jesus chama atenção em relação à sua percepção do arrependimento de uma prostituta. Ela lavou os pés do Mestre com suas lágrimas, enxugou-os com seus cabelos e colocou perfume neles. O fariseu, chamado Simão, que O acolhia em casa, não percebeu o motivo de a mulher fazer aquilo. Fez até julgamento mau da mesma e criticou mentalmente Jesus. Mas o Senhor, que bem conhecia o que se passava na mente de seu anfitrião, deu verdadeira lição em relação ao fato: “Os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados porque ela mostrou muito amor. Aquele a quem se perdoa pouco mostra pouco amor” (Lucas 7, 47).
Quantas conversões conhecemos na história! O próprio Saulo de Tarso se tornou o grande apóstolo Paulo. Agostinho de Hipona, de vida completamente fora das coordenadas cristãs, tornou-se grande Bispo. Tantos outros têm perfilado o caminho de uma vida nova, ajudando, após a conversão, a construção de uma sociedade mais justa e humana!
Precisamos, mais do que nunca, ter bom senso para corrigirmos as pessoas com a promoção de sua dignidade. Muitos delinquentes o são por não terem tido berço adequado à sua sanidade psicológica e cidadã. Outros se comportam de modo inadequado civilmente devido à falta de educação de base. Algo comum há em todos: o chamado pecado original, ou mesmo a tendência à satisfação dos instintos, nem sempre cidadãos. Precisamos sempre mais solidificar a família para que ela seja formada e desenvolvida de modo a dar base à formação do caráter e ao desenvolvimento da personalidade, com harmonia entre as pessoas do próprio aconchego e da sociedade. A própria formação na escola deveria ser conjugada com a familiar, a ponto de se harmonizarem os valores éticos mais adequados com o respeito à alteridade e à promoção do bem inerente aos valores da pessoa humana.
Um deles é o de se darem oportunidade e meios adequados à superação dos erros ou falhas. A educação para o autêntico amor está na base de sustentação do relacionamento humano com harmonia e justiça. Jesus mostrou-o de forma catedrática, conforme a lição dada ao fariseu Simão.
Paulo reconheceu o valor maior na vida, convertendo-se para seguir Aquele que deu motivo à sua mudança radical de vida: “Irmãos, sabendo que ninguém é justificado por observar a lei de Moisés, mas por crer em Jesus Cristo, nós também abraçamos a fé em Jesus Cristo” (Gálatas 2, 16).

Dom José Alberto Moura

"REZAI, POIS, ASSIM: 'PAI NOSSO'"

Comentário ao Evangelho do dia feito por Cardeal Joseph Ratzinger [Papa Bento XVI] Der Gott Jesu Christi (a partir da trad. Le Dieu de Jésus Christ, Fayard 1977, p.29)

Sem Jesus, não sabemos verdadeiramente o que é um «Pai». Foi na oração de Jesus que isto se tornou claro, e esta oração pertence-Lhe intrinsecamente. Um Jesus que não estivesse perpetuamente mergulhado no Pai, que não estivesse em permanente comunicação íntima com Ele, seria um ser totalmente diferente do Jesus da Bíblia e do verdadeiro Jesus da história. A Sua vida parte do núcleo da oração; foi a partir dela que Ele compreendeu Deus, o mundo e os homens. [...]
Surge então outra questão: essa comunicação [...] será também essencial ao Pai que Ele invoca, de tal sorte que também Ele seria diferente se não fosse invocado com este nome? Ou será algo que O aflora, sem Nele penetrar? A resposta é a seguinte: pertence ao Pai dizer «Filho» como pertence a Jesus dizer «Pai». Sem esta invocação, também Ele não seria o que é. Jesus não tem apenas um contacto exterior a Ele; enquanto Filho, Jesus é parte integrante do ser divino de Deus. Antes mesmo de o mundo ter sido criado, Deus já é amor do Pai e do Filho. E, se pode ser nosso Pai e a medida de toda a paternidade, é porque é Pai desde toda a eternidade. Assim, pois, na oração de Jesus é a interioridade do próprio Deus que se torna visível; nós vemos como é Deus. A fé no Deus trinitário não é senão a explicação daquilo que se passa na oração de Jesus. Nesta oração, a Trindade surge com toda a Sua clareza. [...]
Ser cristão significa então participar na oração de Jesus, entrar no Seu modelo de vida, ou seja, no Seu modelo de oração. Ser cristão significa dizer «Pai» com Ele e, desse modo, tornar-se filho de Deus - Deus -, na unidade do Espírito que nos faz ser o que somos, e por isso nos agrega à unidade de Deus. Ser cristão significa olhar o mundo a partir deste núcleo e, através dele, ser livre, cheio de esperança, decidido e confiante.

EVANGELHO: Mateus 6,7-15

E Jesus disse: «Quando vocês rezarem, não usem muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por causa do seu palavreado. Não sejam como eles, pois o Pai de vocês sabe do que é que vocês precisam, ainda antes que vocês façam o pedido. Vocês devem rezar assim: Pai nosso, que estás no céu, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. Dá-nos hoje o pão nosso de cada dia. Perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. De fato, se vocês perdoarem aos homens os males que eles fizeram, o Pai de vocês que está no céu também perdoará a vocês. Mas, se vocês não perdoarem aos homens, o Pai de vocês também não perdoará os males que vocês tiverem feito.»

PALAVRAS DA SALVAÇÃO - Glória a vós, Senhor

16 de jun. de 2010

TUDO COMEÇA NO CORAÇÃO

Na medida em que o tempo da vida passa vamos simplificando as coisas do dia-a-dia. Não nos importamos demais com aquilo que os outros possam pensar ou dizer a nosso respeito. Somos o que somos diante de nossa consciência e diante de Deus. E pronto. Vamos compreendendo que o importante é invisível aos olhos...E isso também em nossa vida de fé. Aliás, o Sermão da Montanha, convida insistentemente seus leitores a viverem sua fé a partir do coração.
Sabemos que é fundamental a partilha dos bens e da vida. Não podemos girar em torno de nós mesmos. Precisamos sempre ter o coração atento aos passantes, aos que estão jogados à beira da estrada, aos que precisam de uma palavra para poderem continuar a vida. Mateus fala da esmola. Esta será dada sempre sem a intenção de chamar atenção para o doador. O que conta é a intenção que vem do interior. Todo alarde na caridade fere a delicadeza do gesto. Há um ditado que diz: Fazer o bem, sem ver a quem. A mão direita não sabe o que faz a esquerda. E o Pai vê.
Não podemos deixar de entrar na intimidade do Senhor. A oração para nós não é um luxo, mas uma necessidade de todos os momentos.
Não nos interessa, no entanto, ser observados como “grandes orantes”. O Sermão da Montanha pede que entremos no quarto. Convida a uma oração interiorizada e compenetrada. “Quando orardes, entra no teu quarto... fecha a porta...e o Pai haverá de te recompensar...”
Estamos convencidos de que precisamos prestar atenção ao nosso crescimento espiritual. Não podemos simplesmente acreditar que já chegamos ao fim da caminhada. Há uma palavra que soa sempre atual aos nossos ouvidos: vigilância. Para isso é preciso uma correta vida de ascese, de privações voluntárias, como por exemplo, um jejum de nós mesmos, dos alimentos e daquilo que nos torna seres moles. Não precisamos e não queremos absolutamente jejuar para que uma platéia assista e nos aplauda.
Queremos ser autênticos, precisamos ser autênticos. Só os gestos que brotam do coração exalam o perfume da autenticidade.

Fonte: www.franciscanos.org.br

EVANGELHO: Mateus 6,1-6. 16-18

«Prestem atenção! Não pratiquem a justiça de vocês diante dos homens, só para serem elogiados por eles. Fazendo assim, vocês não terão a recompensa do Pai de vocês que está no céu. Por isso, quando você der esmola, não mande tocar trombeta na frente, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem elogiados pelos homens. Eu garanto a vocês: eles já receberam a recompensa. Ao contrário, quando você der esmola, que a sua esquerda não saiba o que a sua direita faz, para que a sua esmola fique escondida; e seu Pai, que vê o escondido, recompensará você. Quando vocês rezarem, não sejam como os hipócritas, que gostam de rezar em pé nas sinagogas e nas esquinas, para serem vistos pelos homens. Eu garanto a vocês: eles já receberam a recompensa. Ao contrário, quando você rezar, entre no seu quarto, feche a porta, e reze ao seu Pai ocultamente; e o seu Pai, que vê o escondido, recompensará você. Quando vocês jejuarem, não fiquem de rosto triste, como os hipócritas. Eles desfiguram o rosto para que os homens vejam que estão jejuando. Eu garanto a vocês: eles já receberam a recompensa. Quando você jejuar, perfume a cabeça e lave o rosto, para que os homens não vejam que você está jejuando, mas somente seu Pai, que vê o escondido; e seu Pai, que vê o escondido, recompensará você.»
PALAVRAS DA SALVAÇÃO - Glória a vós, Senhor.

15 de jun. de 2010

ANO DE ELEIÇÕES



A vida é um permanente aprendizado. Aprende-se com todas as coisas e circunstâncias da história. Quando falamos de democracia é a mesma coisa. O povo brasileiro está aprendendo a se comportar de forma democrática. No entanto, a arte de aprender custa, exige esforço, empenho, mudança de comportamentos e atitudes. As transformações exigidas pela democratização nem sempre são fáceis de serem assimiladas. Isso se experimenta no dia-a-dia do exercício da cidadania. É que o ser humano é um ser inacabado, não está pronto. Ele está sempre se aperfeiçoando. A sua insatisfação o faz buscar algo mais e superar-se. Só que às vezes a busca deste algo mais o faz defender aquilo que já conquistou como se fosse o que está faltando. É a dialética do dinamismo humano.
Nos últimos tempos, vislumbramos sinais de aperfeiçoamento da democracia. A Lei 9840, de iniciativa popular, de combate à corrupção eleitoral, cria comitês da sociedade civil organizada para acompanhar o processo eleitoral, envolvendo o Magistério Público, a OAB, Igrejas, Sindicatos, Associações, Clubes de Serviço, Polícia Militar e demais entes da sociedade, visando eleições transparentes e que se evitem crimes eleitorais como compra de votos e formação de “currais eleitorais”. Tais delitos ferem a democracia, pois tiram a faculdade do voto livre, que é essencial para o exercício e para a construção da democracia. Agora, a aprovação do Projeto “Ficha Limpa”, sancionada pelo Presidente, tem um sentido simbólico de indicar à sociedade o caminho a seguir e o poder imenso que está nas mãos do povo. Esta estrada é para ser percorrida pelo povo para aprovar leis outras que venham aprimorar o exercício da cidadania.
Os eleitores devem saber que o seu voto vale muito e não há dinheiro que pague. Um país mais respeitoso dos direitos dos cidadãos é construído por cidadãos conscientes, organizados e participativos. Só se constrói um país justo escolhendo bem seus representantes. Para isso, é necessário conhecer bem os programas de governo dos partidos e os compromissos dos candidatos para com as políticas públicas e com os valores do povo que eles vão representar. Assim, é muito importante que os eleitores reflitam no posicionamento dos candidatos sobre temas importantes, por exemplo: aborto, eutanásia, combate à pobreza, educação, saúde, trabalho, família, etc. Aqueles que são contra estes valores não podem representar o povo e, por isso, não merecem o voto consciente dos eleitores.
A grande maioria dos cristãos e pessoas de bom senso é contra o aborto, contra a candidatura de pessoas sem a ficha limpa e contra o “matrimônio” de parceiros homossexuais. Quem apóia estas coisas está indo contra a vontade da maioria que defende a vida, a transparência na política e a família. Tais candidatos não merecem o voto dos eleitores cristãos e das pessoas de boa vontade. Quem vota em candidato a favor do aborto está votando no aborto, na morte. Quem vota em candidatos com ficha suja não tem compromisso ético com o país. Quem vota em candidatos que aprovam o matrimônio de homossexuais está indo contra a família, colocando no nível desta, possíveis uniões que podem receber outro nome como contrato, parceria, menos matrimônio. As uniões das pessoas do mesmo sexo podem ser reconhecidas pelo Estado para fins de direitos outros, mas não devem confundir isso com matrimônio. Esta concepção não significa homofobia.
Espera-se que nestas eleições o povo avance no exercício da democracia e faça brilhar sinais de esperança. Um país novo está sendo construído. Nele todos colocam as mãos, as vontades, os desejos, os sonhos, os corações e as almas. Os altos e baixos fazem parte do processo. Mas, depois de cada movimento se confirma a certeza de que se caminha na direção certa: um país de todos e para todos.

Dom Manoel Delson Pedreira da Cruz
Bispo Diocesano de Caicó.

SEMPRE DE NOVO O TEMA DO PERDÃO

Os discípulos de Jesus se tornam filhos do Pai do céu na medida em que perdoam... Sabemos como é difícil perdoar... Somente contemplando o amor de Jesus pelos seus inimigos é que podemos começar a nos dispor a viver esse mandamento universal da caridade que nos leva à santidade porque Deus amou e ama a todos.

Peçamos ao bem-aventurado Elredo de Rielvaux, abade, que nos ajude a contemplar o Cristo que ama suspenso no madeiro:

“Nada nos impele tanto ao amor dos inimigos – e é nisso que consiste a perfeição do amor fraterno – do que considerar com gratidão a admirável paciência de Cristo, o mais belo de todos os filhos dos homens (Sl 44,3). Ele apresentou seu rosto cheio de beleza aos ultrajes dos ímpios, deixou-os velar seus olhos que governam o universo com um sinal; expôs seu corpo aos acoites; submeteu às pontadas dos espinhos sua cabeça, que faz tremer os principados e as potestades; entregou-se aos opróbrios e às injúrias; finalmente, suportou com paciência a cruz, os cravos, a lança, o fel e o vinagre, conservando em tudo a doçura, a mansidão e a serenidade.

Depois, como cordeiro levado ao matadouro ou como ovelha diante dos que a tosquiam, ele não abriu a boca (Is 53,7).

Ao ouvir esta palavra admirável, cheia de doçura, cheia de amor e imperturbável serenidade: Pai, perdoa-lhes! (Lc 23,34), quem não abraçaria logo com afeto os seus inimigos? Pai, perdoa-lhes!, disse Jesus. Poderá haver oração que exprima maior mansidão e caridade?

Entretanto, Jesus não se contentou em pedir; quis ainda desculpar, e acrescentou; Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem! (Lc 23,34). São, na verdade, grande pecadores mas não sabem avaliar a gravidade de seu pecado. Por, isso, Pai, perdoa-lhes!

Crucificaram-me mas não sabem a quem crucificaram, porque, se soubessem, não teriam crucificado o Senhor da glória (1Cor 2,8). Por isso, Pai, perdoa-lhes! Julgaram-me um transgressor da lei, um usurpador da divindade, um sedutor do povo. Ocultei-lhes a minha face, não reconheceram a minha majestade. Por isso, Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem!

Por conseguinte, se o homem quer amar-se a si mesmo com amor autêntico, não se deixa corromper por nenhum prazer da carne. Para não sucumbir a esta concupiscência da carne, dirija todo o seu afeto à admirável humanidade do Senhor.

Para encontrar o mais suave repouso nas delícias da caridade fraterna, abrace também com verdadeiro amor os seus inimigos.

Mas, para que esse fogo divino não arrefeça diante das injúrias, contemple sem cessar, com os olhos do coração, a serena paciência de seu amado, Senhor e Salvador”

Fonte: www.franciscanos.org.br

EVANGELHO: Mateus 5,43-48

Jesus disse: «Vocês ouviram o que foi dito: ‘Ame o seu próximo, e odeie o seu inimigo!’ Eu, porém, lhes digo: amem os seus inimigos, e rezem por aqueles que perseguem vocês! Assim vocês se tornarão filhos do Pai que está no céu, porque ele faz o sol nascer sobre maus e bons, e a chuva cair sobre justos e injustos. Pois, se vocês amam somente aqueles que os amam, que recompensa vocês terão? Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa? E se vocês cumprimentam somente seus irmãos, o que é que vocês fazem de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa? Portanto, sejam perfeitos como é perfeito o Pai de vocês que está no céu.»
PALAVRAS DA SALVAÇÃO - Glória a vós, Senhor

13 de jun. de 2010

COISAS QUE SE PASSARAM DURANTE UMA REFEIÇÃO

Certa vez um fariseu, personagem que diz buscar seriamente ser fiel a Deus, convidou Jesus para sua intimidade, para uma refeição em sua casa. O homem recebeu seu hóspede corretamente. Deve tê-lo saudado e conduzido ao seu lugar à mesa. Não fez nenhuma grosseria. Um homem correto, sem mais.

Um segundo personagem ganha a cena na descrição de Lucas: uma mulher pecadora, assim conhecida na cidade. Parece que ela soube da presença de Jesus , depois do começo da recepção. Não estava na lista dos convidados. Diríamos mesmo que ela se convidou a si mesma. Para o anfitrião tratava-se de uma presença incômoda. Tudo leva a crer que ela sentia admiração por Jesus. Há um conjunto de pormenores que devem ser ressaltados: ela traz um frasco de perfume. Não vem sem ter pensado numa especial atenção para com esse Jesus. Chora, não ocupa um lugar à mesa, posiciona-se atrás de Jesus, lava-lhes os pés, enxuga-os com os cabelos...chora....Quantas delicadezas partindo de uma pecadora!

O dono da casa, dessas casas abertas, sem tranca, não gostou da presença daquela mulher e lá no seu interior criticava Jesus por aceitar tantas delicadezas que, eventualmente, poderiam ser mal interpretadas. Jesus leu os pensamentos do fariseu e deu-lhe o troco, respondendo de maneira figurada, em parábolas.

Fala de dois credores. Um devia pouco e outro muito. O patrão amou mais aquele que devia muito, que devia mais, embora os dois não tivessem com que pagar. O pecador arrependido, mesmo com alta dívida, mas com lágrimas nos olhos, ocupa um lugar importante no coração de Deus, lugar mais íntimo do que aquele reservado aos certinhos e corretinhos, mas frios.

“Quando entrei em tua casa tu nem tiveste a preocupação de oferecer água para lavar os pés, para purificar-me da poeira do caminho. Ela lavou meus pés com lágrimas e os enxugou com seus longos cabelos. Tu não me deste o beijo de saudação. Ela não cessou de oscular meus pés. Não te lembraste de ungir minha cabeça com perfume. Tu podes te dar conta da intensidade do perfume desta sala. Essa mulher pecadora, indigna em tua maneira de ver, quebrou o frasco para mostrar que precisava de minhas palavras e, penso, de meu perdão. Está aí, meu caro amigo, tenho a te dizer que precisas ter um coração delicado. Tua religião tão legalista não te leva a praia alguma”

Voltando-se para a mulher: “Tua fé te salvou. Vai em paz!”

XI DOMINGO DO TEMPO COMUM



EVANGELHO: Lucas 7,36-8,3

Certo fariseu convidou Jesus para uma refeição em casa. Jesus entrou na casa do fariseu, e se pôs à mesa. Apareceu então certa mulher, conhecida na cidade como pecadora. Ela, sabendo que Jesus estava à mesa na casa do fariseu, levou um frasco de alabastro com perfume. A mulher se colocou por trás, chorando aos pés de Jesus; com as lágrimas começou a banhar-lhe os pés. Em seguida, os enxugava com os cabelos, cobria-os de beijos, e os ungia com perfume. Vendo isso, o fariseu que havia convidado Jesus ficou pensando: «Se esse homem fosse mesmo um profeta, saberia que tipo de mulher está tocando nele, porque ela é pecadora.» Jesus disse então ao fariseu: «Simão, tenho uma coisa para dizer a você.» Simão respondeu: «Fala, mestre.» «Certo credor tinha dois devedores. Um lhe devia quinhentas moedas de prata, e o outro lhe devia cinqüenta. Como não tivessem com que pagar, o homem perdoou aos dois. Qual deles o amará mais?» Simão respondeu: «Acho que é aquele a quem ele perdoou mais.» Jesus lhe disse: «Você julgou certo.» Então Jesus voltou-se para a mulher e disse a Simão: «Está vendo esta mulher? Quando entrei em sua casa, você não me ofereceu água para lavar os pés; ela, porém, banhou meus pés com lágrimas, e os enxugou com os cabelos. Você não me deu o beijo de saudação; ela, porém, desde que entrei, não parou de beijar meus pés. Você não derramou óleo na minha cabeça; ela, porém, ungiu meus pés com perfume. Por essa razão, eu declaro a você: os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados, porque ela demonstrou muito amor. Aquele a quem foi perdoado pouco, demonstra pouco amor.» E Jesus disse à mulher: «Seus pecados estão perdoados.» Então os convidados começaram a pensar: «Quem é esse que até perdoa pecados?» Mas Jesus disse à mulher: «Sua fé salvou você. Vá em paz!»
Depois disso, Jesus andava por cidades e povoados, pregando e anunciando a Boa Notícia do Reino de Deus. Os Doze iam com ele, e também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos maus e doenças: Maria, chamada Madalena, da qual haviam saído sete demônios; Joana, mulher de Cuza, alto funcionário de Herodes; Susana, e várias outras mulheres, que ajudavam a Jesus e aos discípulos com os bens que possuíam.
PALAVRAS DA SALVAÇÃO - Glória a vós, Senhor

12 de jun. de 2010

3º LUAL DOS NAMORADOS

Participe do 3º LUAL DOS NAMORADOS, promovido pela Paróquia de São José. O evento acontecerá hoje à noite (12/06), no SÍTIO SÃO JOSÉ.
Vá lá e leve toda sua família!!!

Festa de Santo Antonio - Comunidade Rajada

Dando prosseguimento à Festa de Santo Antonio, da Comunidade Rajada, hoje à noite acontecerá a última novena da festa e amanhã à tardinha, procissão e missa de encerramento. Estes últimos acontecimentos da festa serão realizados na Capela de Santo Antonio, naquela comunidade.
Durante esses dias de novena, a comunidade pôde vivenciar uma festa diferente: a Igreja foi aonde o povo está, abandonando o comodismo, a pastoral de manutenção, e acolhendo o apelo missionário de Cristo e de sua Igreja, indo ao encontro dos irmãs e irmãs.
Com a ausência de Padre João Paulo, que está em peregrinação a Roma e à Terra Santa, a comunidade pôde contar com o apoio de Padre Henock Demétrio, vigário da paróquia vizinha de Nossa Senhora da Guia, de Acari/RN.