À tarde, na Matriz, na Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (Monte do Galo) e na Capela de São Francisco (Povoado Ermo), foram realizadas as celebrações da Paixão e Morte do Senhor. Nesse dia, a Liturgia revive os passos do Senhor, de forma mais acentuada do que no Tempo da Quaresma. Vive-se o grande drama, como numa grande encenação do sofrimento de Cristo.
Durante toda a sexta-feira, fomos levados, através da adoração ao Santíssimo Sacramento, da via-sacra, da celebração da Paixão, e até mesmo da encenação, a contemplarmos o Cristo transpassado e morto na cruz. O primogênito de Deus Pai, isto é, aquele que tem o direito de herança sobre tudo. O primogênito de todas as criaturas, aquele para quem todas as coisas foram feitas, tanto as do céu quanto as da terra.
Pensemos bem: Jesus é o grão de trigo que traz dentro de si a força da vida, da vida eterna, da vida na Trindade. Mas, para que anuncie a vida, irrompendo a morte terá que morrer, na mais cruel de todas as mortes, a morte de cruz. O grão morre para brotar, é um grão carregado de esperança, de doce esperança da ressurreição. É uma morte que anuncia e traz no seu bojo a vida, a vida eterna. Morte bendita que anuncia e personifica a vida, vida plena, vida em abundância, vida em plenitude. Por isso a Cruz é o lenho da esperança cristã, o símbolo de nossa fé: “Enquanto o mundo gira, a cruz permanece de pé!”