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3 de mar. de 2010

Dados biográficos do Bispo Dom José Adelino Dantas

PARTE 4

Dom Adelino tinha verdadeira adoração pela terra dos seus antepassados (Carnaúba dos Dantas). Em 1974 ele fez questão de celebrar seus 40 anos de Sacerdócio à sombra dos carnaubais e na beleza do lendário Monte do Galo, deslocando-se de Rui Barbosa, onde era Bispo, para celebrar o evento histórico junto ao seu povo, no vale dos DANTAS, região que ele tanto amava.
A região do Seridó, tão rica em tradições e lendas, teve em Dom José Adelino Dantas (uma das maiores expressões intelectuais do seu tempo), um dos seus ardentes defensores da preservação dos nossos usos e costumes, da nossa música, da nossa arte e dos nossos valores espirituais e morais do passado e do presente, que se movimentaram e se movimentam na região ribeirinha do lendário Rio Seridó.
Dom Adelino gostava de teatro e, na arte de representar, deixou o seu nome gravado no vale dos Dantas, porque ele incentivou, orientou e animou o povo que vive à sombra do Monte do Galo a levar a Via-Sacra, anualmente, pela Semana Santa, tendo como ponto inicial, para a subida do Calvário, a bonita e bucólica Praça dos Romeiros, onde começa a subida do Monte milagroso.
Dom Adelino tinha firmeza de caráter e agia com muita fidelidade aos preceitos religiosos. Sendo fiel seguidor da Doutrina Católica Romana, era intransigente na defesa das normas e diretrizes fundamentais da Igreja de Roma, exercendo, assim, a sua autoridade eclesiástica com muita austeridade. Dom Adelino era grande admirador do Santo Papa João Paulo II e trabalhava no ideal de Sua Santidade de implantar uma nova civilização, a civilização do amor, tão preconizada quando ele esteve no Brasil, em julho de 1980. Coincidentemente, em 25 de março de 1983, enquanto o corpo de Dom Adelino estava sendo transportado para o pé do Monte do Galo, para a sua morada final, em Roma o Santo Papa João Paulo II inaugurava o ANO SANTO.

(Do livro "Dom JOSÉ ADELINO DANTAS - 2º Bispo de Caicó-RN - Separata do Livro Carnaúba dos Dantas Terra da Música, de Donatilla Dantas")

O SERVO HUMILDE QUE MORRERÁ SERÁ EXEMPLO DE SERVIÇO HUMILDE

REFLEXÃO DO EVANGELHO

Jesus sobe a Jerusalém. Lá vai sofrer e morrer. E as pessoas que o cercam andam preocupadas demais com honrarias. A mãe dos filhos de Zebedeu quer que João e Tiago, no reino definitivo, se assentem à esquerda e à direita de Jesus. Jesus não da uma resposta conclusiva. Lembra simplesmente que o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida como resgate em favor de muitos.
São Basílio de Selêucia, bispo, faz uma leitura diferente deste texto: vê fé no pedido da senhora de Zebedeu.
A mãe dos filhos de Zebedeu aproximou-se de Jesus e prostrou-se para lhe fazer um pedido: Queres ver a fé desta mulher? Considera o momento em que faz o seu pedido. Quando apresenta a sua súplica, quais são as circunstâncias de sua petição? A cruz estava preparada, a paixão se aproximava, a milícia dos judeus já organizara suas fileiras. O Senhor fala de sua morte, e os discípulos se agitam em vista da paixão, tremem ao seu anúncio, perturbam-se com o que ouvem, sua coragem vacila. É então que aquela mãe aparece e penetra no meio dos apóstolos. Tenta captar o favor real, implorando um trono para seus filhos.
Que dizes mulher? Ouves falar de cruz e pedes um trono? Fala-se de paixão e tu cobiças a realeza? Que os discípulos se entreguem ao medo, que compartilhem suas preocupações ante o perigo. De onde te vem a procura de uma tão grande dignidade? Em tudo o que se disse e se fez, o que te levou a ambicionar a realeza?
A evocação da paixão, a espera da cruz te levam a pretender tais bens? Vejo, disse ela a paixão, mas em espírito percebo a ressurreição. Vejo erguer-se a cruz, mas vejo também abrir-se o céu. Vejo os cravos e contemplo o trono.
Há algum tempo vi uma virgem-mãe grávida de um fruto, não da natureza mas da graça, e um nascimento que provinha de misterioso desígnio, não de uma união natural. Vi uma estrela que movimentou o Oriente na direção desse nascimento. Ouvi a exclamação de João: Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo (Jo 1,29) Vi os milagres caírem do céu, tão numerosos como flocos de neve . Vi com que autoridade o Senhor dava ordens, escutei quando ele disse: Também vós havereis de sentar-vos em doze tronos (Mt 19,28).
Vejo o futuro com os olhos da fé. A mulher antecipa as palavras do ladrão. Na cruz, este dizia: Lembra-te de mim quando entrares em teu Reino (Lc 23,42). Ela, antes da cruz, suplica em vista do Reino: Manda que estes meus dois filhos se sentem, no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda (Mt 20,21).
O desejo que supera o sofrimento! O desejo inclinado unicamente para a consideração de algo que ainda vem! Aquilo que as delongas do tempo, não permitiam conhecer a fé já o contemplava.

EVANGELHO DO DIA: Mateus 20,17-28

Enquanto subia para Jerusalém, Jesus tomou consigo os doze discípulos em particular e, durante a caminhada, disse para eles: «Eis que estamos subindo para Jerusalém, e o Filho do Homem vai ser entregue aos chefes dos sacerdotes e aos doutores da Lei. Eles o condenarão à morte, e o entregarão aos pagãos para zombarem dele, flagelá-lo e crucificá-lo. E no terceiro dia ele ressuscitará.»
A mãe dos filhos de Zebedeu aproximou-se de Jesus com seus filhos, e ajoelhou-se para pedir alguma coisa. Jesus perguntou: «O que você quer?» Ela respondeu: «Promete que meus dois filhos se sentem, um à tua direita e o outro à tua esquerda, no teu Reino.» Jesus, então, disse: «Vocês não sabem o que estão pedindo. Por acaso, vocês podem beber o cálice que eu vou beber?» Eles responderam: «Podemos.» Então Jesus disse: «Vocês vão beber do meu cálice. Mas não depende de mim conceder o lugar à minha direita ou esquerda. É meu Pai quem dará esses lugares àqueles para os quais ele mesmo preparou.» Quando os outros dez discípulos ouviram isso, ficaram com raiva dos dois irmãos. Mas Jesus chamou-os, e disse: «Vocês sabem: os governadores das nações têm poder sobre elas, e os grandes têm autoridade sobre elas. Entre vocês não deverá ser assim: quem de vocês quiser ser grande, deve tornar-se o servidor de vocês; e quem de vocês quiser ser o primeiro, deverá tornar-se servo de vocês. Pois, o Filho do Homem não veio para ser servido. Ele veio para servir, e para dar a sua vida como resgate em favor de muitos.»