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4 de mar. de 2010

CNBB lança a campanha nacional "Projeto 1 milhão de Bíblias"

Será lançada, neste sábado, 6, em Teresina (PI), o “Projeto 1 milhão de Bíblias”. Como o nome mesmo diz, o objetivo da campanha é levar a Palavra de Deus a todos no Brasil que não tem condições de comprar a Bíblia e outros materiais educativos de evangelização.
O lançamento será feito pelo secretário geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa, e contará com a presença do bispo de Teresina e presidente do Regional Nordeste 4 da CNBB (Piauí), Dom Sérgio da Rocha. Após o lançamento na capital, será lançada também na diocese de Picos (PI), com a presença do bispo Dom Plínio José Luz da Silva e em Campo Maior (PI), com a presença de Dom Eduardo Zielski.
"É grande a expectativa do Regional Nordeste 4 da CNBB, no estado do Piauí, para o lançamento da Campanha Nacional de 1 Milhão de Bíblia, nos dias 06 e 07, em Teresina, Picos, Oeiras e Campo Maior. Todas as dioceses do Regional já receberam o material da Campanha e os bispos, juntos, já discutiram os critérios de distribuição e utilização. Como somos os primeiros a fazer a experiência da Campanha, esperamos, em breve, poder compartilhar o resultado positivo com os demais Regionais", afirmou o bispo de Picos, Dom Plínio José.

Projeto
A campanha nacional desenvolvida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em parceria com a Comissão para a Missão Continental no Brasil tem como tema “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19) e lema “Discípulo e servidores da Palavra de Deus”.
A primeira fase da campanha consiste na apresentação de um projeto de evangelização pelas (arqui)dioceses à CNBB. Após a comissão responsável analisar o projeto, se aprovado, iniciará a distribuição das Bíblias de forma gratuita, inclusive o transporte, para atender as necessidades apresentadas pelas (arqui)dioceses.

“Inserido no Projeto Brasil na Missão Continental, esta nova campanha é um serviço que a CNBB oferta a todos os Regionais, (arqui) dioceses, pastorais, organismos do povo de Deus, movimentos e outras associações da Igreja em nosso país, bem como a todos os discípulos missionários chamados a anunciar a Boa Nova de Jesus Cristo”, afirmou o secretário geral da CNBB, Dom Dimas.
Segundo um dos participantes do “Projeto 1 milhão de Bíblias”, assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária da CNBB e secretário executivo do Conselho Missionário Nacional (Comina), padre Altevir Silva, a Conferência de Aparecida destacou a Palavra de Deus e o novo ardor missionário. “O caminho aberto pela Conferência de Aparecida demonstra que a Palavra de Deus é a carta de amor ao seu povo. Assim sendo, e diante do contexto brasileiro de miséria e pobreza onde muitos não têm condições de se alimentar, o ‘Projeto 1 milhão de Bíblias’ tende a suprir a ânsia pela Palavra dos que não tem condições. A leitura orante da Bíblia é a alma da Missão Continental”.
O padre Altevir lembra que a impressão das Bíblias foi fruto de doações, e que na entrega às dioceses foi montado um “kit” contendo, além da Bíblia Sagrada, uma Bíblia infantil; um Pequeno Catecismo: Eu creio; e um Livreto sobre a iniciação à leitura da Bíblia.
O processo, depois do lançamento da campanha, é fazer um acompanhamento das dioceses atendidas com base no projeto de evangelização apresentado por cada uma delas, levantando dados para possível continuação da campanha.
Segundo os organizadores do projeto, alguns Regionais terão prioridade no atendimento para receber os “kits” do Projeto 1 milhão de Bíblias. São eles: o Regional Nordeste 4 (Piauí); Regionais da Amazônia Legal; Regional Nordeste 1 (Ceará); Regional Nordeste 2 (Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte); Regional Nordeste 3 (Bahia e Sergipe); Regional Nordeste 5 (Maranhão); Regional Oeste 1 (Mato Grosso do Sul); Regional Oeste 2 e Regional Centro Oeste (Distrito Federal, Goiás e Tocantins).

Fonte: Canção Nova

O verdadeiro temor do Senhor

Feliz és tu se temes o Senhor e trilhas seus caminhos (Sl 127,1). Todas as vezes que na Escritura se fala do temor do Senhor, nunca se fala isoladamente, como se ele bastasse para a perfeição da nossa fé; mas vem sempre acompanhado de muitas outras virtudes que nos ajudam a compreender sua natureza e perfeição. Assim aprendemos desta palavra que disse Salomão no livro dos Provérbios: Se suplicares a inteligência e pedires em voz alta a prudência; se andares à sua procura como ao dinheiro, e te lançares no seu encalço como a um tesouro, então compreenderás o temor do Senhor (Pr 2,3-5).
Vemos assim quantos degraus são necessários subir para chegar ao temor do Senhor.
Em primeiro lugar, devemos suplicar a inteligência, pedir a prudência, procurá-la como ao dinheiro e nos lançar-mos ao seu encalço como a um tesouro. Então chegaremos a compreender o temor do Senhor.
Porque o temor, na opinião comum dos homens, tem outro sentido. É a perturbação que experimenta a fraqueza humana quando receia sofrer o que não quer que lhe aconteça. Este gênero de temor manifesta-se em nós pelo remorso do pecado, pela autoridade do mais poderoso ou a violência do mais forte, por alguma doença, pelo encontro com um animal feroz e pela ameaça de qualquer mal.
Esse temor, por conseguinte, não precisa ser ensinado, porque deriva espontaneamente de nossa fraqueza natural. Não aprendemos o que se temer, mas são as próprias coisas temíveis que nos incutem o terror.
Pelo contrário, sobre o temor de Deus, assim está escrito: Meus filhos, vinde agora e escutai-me: vou ensinar-vos o temor do Senhor Deus (Sl 33,12). Portanto, se o temor do Senhor é ensinado, deve-se aprender. Não nasce do nosso receio natural, mas do cumprimento dos mandamentos, das obras de uma vida pura e do conhecimento da verdade.
Para nós, todo o temor do Senhor está contido no amor, e a caridade perfeita expulsa o temor. O nosso amor a Deus leva-nos a seguir os seus conselhos, a cumprir os seus mandamentos e a confiar em suas promessas. Ouçamos o que diz a Escritura: E agora, Israel, o que é que o Senhor teu Deus te pede? Apenas que o temas e andes em seus caminhos; que ames e guardes os mandamentos do Senhor teu Deus, com todo o teu coração e com toda a tua alma, para que seja feliz (Dt 10,12-13).
Ora, os caminhos do Senhor são muitos, embora ele próprio seja o Caminho. Pois, ele chama-se a si mesmo caminho, e mostra a razão porque fala assim: Ninguém vai ao Pai senão por mim (Jo 14,6).
Devemos, portanto, examinar e avaliar muitos caminhos, para encontrarmos, por entre os ensinamentos de muitos, o único caminho certo, o único que nos conduz à vida eterna. Há caminhos na Lei, caminhos nos profetas, caminhos nos evangelhos e nos apóstolos, caminhos nas diversas obras dos mestres. Felizes os que andam por eles, movidos pelo temor do Senhor.

Fonte: Comunidade Shalom (Dos Tratados sobre os Salmos, de Santo Hilário, bispo, séc IV)

DO BOM USO DO TEMPO DA VIDA

REFLEXÃO DO EVANGELHO


Nesse tempo da Quaresma, a liturgia do dia nos convida a refletir sobre a parábola do homem rico e do pobre Lázaro que tinha suas chagas lambidas pelos cães malcheirosos da rua. No final de nossa vida aparecerão, em pleno dia, as grandes opções que fomos fazendo ao longo da existência. As escolhas de hoje têm repercussões eternas.
A cada instante somos convidados a escolher. Há o caminho do bem e a trilha do mal, segundo uma espiritualidade que vem do tempo da Didaqué. O homem está sempre diante de encruzilhadas. Podemos escolher o caminho da vida ou da morte.
Não podemos compreender a presente parábola no sentido de “consolar” os miseráveis dizendo que eles, um dia, no futuro, serão recompensados. O Missal Dominical da Paulus tem oportunos questionamentos: “A parábola do rico e do pobre Lázaro será considerada, então, como uma aceitação fatalista de uma desordem constituída na qual os ricos se tornam sempre mais ricos e os pobres mais pobres, e em que o rico oprime o pobre? Como consolação alienante para os pobres do mundo? A religião será o ópio que entorpece e mantém inquietos os pobres? Não é evangélico esse modo de ler a parábola; é uma caricatura do Evangelho” (p. 1251).
O rico da parábola optou por um tipo de vida. Por sorte ou com empenho pessoal ganhou bens, foi vitorioso na vida e resolveu aproveitar tudo o que fosse possível. Não via outro interesse senão o de fazer com que seus desejos pudessem se realizar, esquecendo ou deixando de pensar no outro, no semelhante, no que anda sendo lambido por cachorros que cheiram mal. A lei do Reino, no entanto, é a da partilha, do interesse mútuo, de ajudar a quem precisa de verdade. O tema é polêmico. Não se trata de um mero assistencialismo. Não se trata apenas de inventariar os argumentos para uma teologia revolucionária.
Os cristãos são pessoas conquistadas pelo amor e somente na medida em que aceitam vivê-lo como Cristo e no seu seguimento serão elementos chaves de uma transformação da sociedade, diminuindo o abismo entre miséria e riqueza.
Ao longo do tempo da vida, os cristãos vão fazendo suas escolhas. Incluem entre os seus amigos os mais abandonados que passam a ser seus amigos. Quando se permitem prazeres e lazares e se oferecem benesses pensam na partilha, na divisão, no outro que precisa de um pouco de bens e de grande parte do coração. Vão acolhendo, ao longo do tempo da vida, pessoas que se assentam na sua intimidade e que puderam ter um novo alento a partir da decisão da partilha.
O que aproxima as pessoas hoje e sempre é o amor. O que estabelece distância entre elas é a falta de amor. No momento da morte do rico epulão ficou manifesto o abismo que existe entre os que confiam apenas em seus bens, em seu prestígio. Esqueceram os outros, e aqueles que deveriam fazer parte de suas preocupações, ou seja, os lázaros da vida.
Uma das mais importantes temáticas da Quaresma é da esmola, da partilha, da fraternidade. Vivemos a Campanha da Fraternidade que tem como tema Economia e Vida e como lema Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro. Estamos de cheio no tema da solidariedade. O rico epulão não se deu conta da existência do pobre. Pensou em si e agiu com indiferença. Em nossos tempos, no âmbito familiar, juntos aos vizinhos, nas instâncias parlamentares, no universo dos organismos internacionais será preciso vigorar a lei do interesse de uns pelos outros e da solidariedade. Há muitos pobres sendo lambidos por cães cheios de doenças.
Fonte: www.franciscanos.org.br

EVANGELHO DO DIA: Lucas 16,19-31

«Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho fino, e dava banquete todos os dias. E um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, que estava caído à porta do rico. Ele queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico. E ainda vinham os cachorros lamber-lhe as feridas. Aconteceu que o pobre morreu, e os anjos o levaram para junto de Abraão. Morreu também o rico, e foi enterrado. No inferno, em meio aos tormentos, o rico levantou os olhos, e viu de longe Abraão, com Lázaro a seu lado. Então o rico gritou: ‘Pai Abraão, tem piedade de mim! Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque este fogo me atormenta’. Mas Abraão respondeu: ‘Lembre-se, filho: você recebeu seus bens durante a vida, enquanto Lázaro recebeu males. Agora, porém, ele encontra consolo aqui, e você é atormentado. Além disso, há um grande abismo entre nós: por mais que alguém desejasse, nunca poderia passar daqui para junto de vocês, nem os daí poderiam atravessar até nós’. O rico insistiu: ‘Pai, eu te suplico, manda Lázaro à casa de meu pai, porque eu tenho cinco irmãos. Manda preveni-los, para que não acabem também eles vindo para este lugar de tormento’. Mas Abraão respondeu: ‘Eles têm Moisés e os profetas: que os escutem!’ O rico insistiu: ‘Não, pai Abraão! Se um dos mortos for até eles, eles vão se converter’. Mas Abraão lhe disse: ‘Se eles não escutam a Moisés e aos profetas, mesmo que um dos mortos ressuscite, eles não ficarão convencidos’.»