Os textos e fotografias produzidos pela equipe da PASCOM da Paróquia São José – C. dos Dantas podem ser livremente utilizados, mencionando-se o blog http://www.montedogalo2009.blogspot.com/ como fonte

27 de mar. de 2010

PROGRAMAÇÃO PARA O DOMINGO DE RAMOS


Entramos na Semana Santa purificados pelo Sacramento da Penitência, dispostos a participar de todas as celebrações da Igreja. Neste Domingo de Ramos, teremos a seguinte programação:
08 horas - Missa na Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Monte do Galo, com bênção de ramos. Após a missa, sairemos em procissão até a Matriz de São José.
16 horas - Procissão de ramos, da entrada do Povoado Ermo até a Capela de São Francisco, naquele povoado. Após a procissão, celebração da missa dominical.
18h30min - Concentração em frente à Câmara de Vereadores, com bênção dos ramos. Após, a comunidade sairá em procissão até a Matriz de São José, onde acontecerá a Santa Missa Dominical.
Recordemos a Paixão e Ressurreição de Cristo, desde a sua entrada messiânica em Jerusalém!

“Antes de o galo cantar, negar-me-ás três vezes”

"Pedro negou uma primeira vez e não chorou, porque o Senhor não o olhou. Negou-o uma segunda vez e não chorou, porque o Senhor ainda não o tinha olhado. Negou-o uma terceira vez, Jesus olhou-o, e ele chorou, amargamente (Lc 22,62). Olha-nos, Senhor Jesus, para que saibamos chorar o nosso pecado. Isto mostra que mesmo a queda dos santos pode ser útil. A negação de Pedro não me fez mal; ao contrário, com o seu arrependimento, eu ganhei: aprendi a defender-me de um ambiente infiel…

Portanto, Pedro chorou, e muito amargamente; chorou para chegar a lavar a sua culpa com as lágrimas. Também vós, se quereis obter o perdão, apagai a vossa falta com as lágrimas; nesse exato momento, nessa mesma hora, Cristo olha-vos. Se vos suceder alguma queda, ele, testemunha presente da vossa vida secreta, olha-vos para vos lembrar e vos fazer confessar os vossos erros. Fazei então como Pedro, que disse noutra ocasião por três vezes: “Senhor, tu sabes que eu te amo” (Jo 21, 15). Ele negou três vezes, três vezes também ele confessa; mas ele negou na noite, e confessa em pleno dia.

Tudo isto está escrito para nos fazer compreender que ninguém se deve vangloriar. Se Pedro caiu por ter dito: “Ainda que todos se escandalizem de Ti, eu nunca me escandalizarei” (Mt 26,33), que outra pessoa estaria no direito de contar consigo próprio?... Donde te chamarei, Pedro, para me ensinares os teus pensamentos quando tu choravas? Do céu onde já tomaste lugar entre os coros dos anjos, ou ainda do túmulo? Porque a morte, da qual o Senhor ressuscitou, não te repugna por seu turno. Ensina-nos em que é que as tuas lágrimas te foram úteis. Mas tu ensinaste-o bem depressa: porque tendo caído antes de chorar, as tuas lágrimas fizeram-te ser escolhido para conduzir outros, tu que, inicialmente, não tinhas sabido conduzir-te a ti mesmo."

A reflexão acima foi feita por Santo Ambrósio (cerca de 340-397), bispo de Milão e doutor da Igreja.

Neste final de tempo quaresmal, tempo em que nós cristãos pecadores somos confrontados com a nossa realidade, temos a possibilidade de analisarmos se, realmente, estamos preparados para o período pascal. Se não, ainda há tempo: façamos como Pedro. Mesmo tendo negado já por diversas vezes a Cristo, olhemos para as chagas dEle, analisemos o que Ele fez por nós. Ele, que acolher ser pregado na cruz, aceitando a crueldade terrível deste tormento, a destruição do Seu corpo e da Sua dignidade. Ele, que, pregado na cruz, sofreu sem fugas nem descontos.
Neste final de quaresma, ti pedimos, Senhor, ajuda-nos a nos ligarmos estreitamente a vós. Ajuda-nos a desmascarar a falsa liberdade que nos quer afastar de vós. Ajuda-nos a aceitar a vossa liberdade "de prisioneiro" e a encontrar nesta estreita ligação convosco a verdadeira liberdade. Ajuda-nos, Senhor, a não vós negar mais!

AS AUTORIDADES RESOLVERAM ACABAR COM JESUS

REFLEXÃO DO EVANGELHO


Os sumos sacerdotes e os fariseus se reuniram, preocupados com a difusão da fama de Jesus. E, partir de um preciso momento, as autoridades judaicas tomaram a decisão de acabar com o incômodo Jesus de Nazaré...Chegara a hora do Mestre!

Leiamos com o coração esta pagina luminosa de Cesário de Arles às vésperas da Semana Santa. O bispo de Arles fala da Igreja que nasceu da falta de formosura do esposo desfigurado: “Sobre nosso Senhor e Salvador, caríssimos irmãos, há muito foi profetizado: Ele cresceu como renovo de planta ou como raiz em terra seca (Is 53,2). Por que como raiz? Por que não tem beleza nem atrativo (Is 53,2). Ele sofreu, foi humilhado, recebeu escarros. Não tinha beleza. Tinha aparência de homem, embora fosse Deus. Era semelhante à raiz que, mesmo não sendo bela, traz em seu interior a a força de sua beleza. Escutai, meus irmãos, vede a misericórdia de Deus!

A Igreja cresceu, os povos acreditaram, os príncipes da terra foram vencidos pelo nome de Cristo. (...) Aquele grão de mostarda cresceu, tornou-se a maior das hortaliças; vieram as aves do céu, os grandes do mundo e descansaram debaixo de seus ramos. De onde veio tamanha beleza? Surgiu não sei de que raiz. E esta beleza se manifesta em grande glória. Procuremos a raiz: Cristo recebeu escarros, foi humilhado, flagelado, crucificado, ferido, desprezado. Eis que nele não se encontra beleza alguma.

Entretanto, na Igreja a glória da raiz tem muito valor e corresponde ao próprio esposo, desprezado, desonrado, aviltado. Vós, porém, tendes para ver apenas a árvore que surgiu desta raiz e encheu a terra inteira.

Ele não tem beleza nem atrativo; nós o vimos: ele não tinha beleza nem atrativo (Is 53,2: Vulg.). E onde o vimos sem beleza e sem brilho? No suplício, enquanto homem; antes do suplício, enquanto Deus; depois do suplício enquanto homem e Deus. Enquanto homem, no suplício e capaz de carregar as enfermidades (Is 53,4: Vulg.). Enfermidades de quem? Daqueles por quem sofria. O medico carregava as enfermidades dos desvairados; e enquanto era crucificado, orava e dizia: Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem! (Lc 23,34).

Vede, amemos o esposo! Quanto mais ele se apresenta desfigurado, mais se torna querido e amável à esposa. Voltou a face a fim de não ser reconhecido por aqueles que o crucificavam: Sua face foi ultrajada, não foi considerada de valor (Is 53,2: Vulg.). "
E assim, colocamos nossos passos no terreno santo da semana toda santificada pela paixão, morte e ressurreição do mais belo dos filhos dos homens!


Fonte: www.franciscanos.org.br

EVANGELHO: João 11,45-56

Então muitos judeus, que tinham ido à casa de Maria e que viram o que Jesus fez, acreditaram nele. Alguns, porém, foram ao encontro dos fariseus e contaram o que Jesus tinha feito. Então, os chefes dos sacerdotes e os fariseus reuniram o Conselho. E disseram: «Que é que vamos fazer? Esse homem está realizando muitos sinais. Se deixamos que ele continue assim, todos vão acreditar nele; os romanos virão e destruirão o Templo e toda a nação.» Um deles, chamado Caifás, sumo sacerdote nesse ano, disse: «Vocês não sabem nada. Vocês não percebem que é melhor um só homem morrer pelo povo, do que a nação inteira perecer?» Caifás não falou isso por si mesmo. Sendo sumo sacerdote nesse ano, profetizou que Jesus ia morrer pela nação. E não só pela nação, mas também para reunir juntos os filhos de Deus que estavam dispersos. A partir desse dia, as autoridades dos judeus decidiram matar Jesus. Por isso, Jesus não andava mais em público entre os judeus. Retirou-se para uma região perto do deserto. Foi para uma cidade chamada Efraim, onde ficou com seus discípulos.
A Páscoa dos judeus estava próxima, e muita gente do campo foi a Jerusalém para purificar-se antes da Páscoa. Eles procuravam Jesus, e quando se reuniram no Templo, comentavam: «Que é que vocês acham? Será que ele não vem para a festa?»