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20 de jun. de 2010

ESSE JESUS DE ONTEM E DE SEMPRE

Tanto Mateus quanto Lucas transcrevem o famoso diálogo entre Jesus e seus apóstolos quando o Mestre coloca a questão: “E vós, quem dizeis que eu sou?”
Esta pergunta continua ressoando pelos séculos afora. Quem é Cristo? Cada um de nós, ao longo da vida, vai tentando, dia após dia, acrescentar um aspecto diferente e mostrar um ângulo ainda não conhecido desse que dividiu os tempos e vive vivo no interior da comunidade dos seus.
Muitos de nós fomos apresentados a ele desde a nossa infância. Ficamos marcados com as cenas do seu nascimento, pinturas e gravuras de gestos que ele colocou em sua peregrinação pelas terras poeirentas da Palestina e, sobretudo, pelos últimos dias de sua vida: a ceia, a paixão, a morte e ressurreição.
Nunca esqueceremos: esse Jesus tão frágil e que conheceu a morte violenta, vive, é o Vivo, o Ressuscitado. Se tivéssemos que dar uma resposta a quem agora nos interpelasse talvez pudéssemos dizer mais ou menos com estas palavras ou outras mais ou menos semelhantes.
Jesus foi um personagem histórico. Escritores religiosos e pagãos falaram de sua existência. Uns o exaltaram e outros simplesmente assinalaram sua passagem. Para os cristãos que navegam no oceano da fé e enxergam o mundo a partir da fé esse Jesus de Nazaré, frágil, criança, indefeso, amoroso, sério, exigente, dependente de um Pai que amava com todas as forças, esse homem de Nazaré, vive e vive no meio de nós. Esta é a nossa fé.
Foi ele mesmo, o Vivo, que na nossa infância nos fez vê-lo, recebê-lo na mesa da Eucaristia. Algumas vezes trazemos interrogações no fundo do coração e as esclarecemos com as palavras que ele um dia disse e que ressoam vivas aos nossos ouvidos quando as retomamos no seio da comunidade dos que crêem. Cremos, pois, numa presença real de Jesus no meio dos que acreditam nele e somos alimentados por uma certeza que ele nos deu: “Estarei convosco até a consumação de todos os tempos”.
Um dia lendo as páginas dos evangelhos, outro dia vendo pessoas encontrá-lo no rosto desfigurado do moribundo, outras vezes ainda saboreando sua doçura no pão da vida, ainda por vezes fazendo a experiência de completar em nós os sofrimentos que faltam à sua paixão temos absoluta certeza de ele é o sentido da vida, o pão, o caminho, a verdade, o pastor, a porta, a videira, a paz, o perdão, o Senhor, o que vive e vive no meio de nós.
Quando nossa fragilidade nos leva a buscar doentiamente nosso ego e esquecer o outro , quando pecamos, damo-nos conta de que não fomos dignos daquele que, no alto da cruz, rasgou um documento que existia contra nós. Esquecemos, perdemos de vista a realidade do Amor daquele que deu a vida por nós...
Ele é nosso Senhor e nossa vida.

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