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29 de jun. de 2011

Aquele que expulsa o mal

A coleta da liturgia de hoje assim se dirige ao Pai: “Ó Deus, pela vossa graça, nos fizestes filhos da luz. Concede que não sejamos envolvidos pelas trevas do erro, mas brilhe em nossas vidas a luz da vossa verdade”.
Jesus chega à região dos gadarenos. Vieram ao seu encontro dois homens possuídos pelo mal, completamente desfigurados e doentes de violência. Esses restos humanos viviam no meio dos sepulcros. Eram como mortos para a vida. As pessoas fugiam deles porque tinham medo da violência de que estavam revestidos. Representam eles a morte e a solidão dos que são subjugados pelo mal.
A narração a respeito dos porcos tem um valor simbólico porque os porcos eram animais impuros para os judeus, tidos como perigosos e imundos. Não comiam sua carne porque a Lei proibia e sentiam uma natural aversão porque temiam que o contato com os porcos arruinaria suas vidas.
Através desse relato se deseja exprimir que o poder do mal que aflige a humanidade é superior à tão temida impureza desses animais, de tal maneira que esses porcos, sendo impuros, não podem receber esse mal horrível e por isso se precipitam desesperadamente na água.
Nem mesmo a impureza de seu ser porco pode tolerar o horrendo mal que se apodera do coração humano.
Jesus exprime a mesma ideia de uma outra maneira quando diz que não são as coisas exteriores as perigosas. O que mancha o homem é aquilo que procede de seu interior mais profundo.
Os habitantes do lugar se concentraram nesse episódio dos porcos e pediram que Jesus fosse embora da região. Foram incapazes de perceber a obra restauradora e pacificadora que Jesus havia feito com aqueles homens violentos. Essa mesma obra de arte pode realizar em nossos corações que por vezes se deixam escravizar e atormentar por tantas coisas.