
Toda a vida nos conduz à Eucaristia! Esta é uma das conclusões a que chegamos quando conhecemos um pouco mais sobre ela, pois todas as coisas nos conduzem a Cristo. Cristo é a Eucaristia! Temos o costume de dizer que vamos assistir à Missa, como se a Missa fosse uma representação teatral e sagrada da Última Ceia. A Santa Missa não é uma ação para ser assistida por devotos espectadores, mas é ação para ser celebrada por irmãos. Quem assiste à Missa corre o risco de permanecer no egoísmo, pois esta mentalidade não abre nenhum de nós para a vivência comunitária e fraterna da fé. Diferente de quando nós celebramos a Missa, juntos: vamos à Missa e ela é nossa, somente nossa, sem ser minha nem sua. A Missa é sempre nossa! A Missa é sempre Sacramento de Unidade!
A Eucaristia é Cristo e, por isso, é Sacramento de Unidade. Cristo, sacramento inteiro de Deus! A unidade não é a reunião das individualidades, mas é a comunhão de todos os que formam um só corpo e um só espírito! O ser humano percebe muito facilmente quando as coisas não estão inteiras. A vida não pode estar inteira quando não está aberta para o Criador e Pai. A nossa vida não pode ser inteira se nós nos fechamos para a fé. Há quem pense que a fé é um limite que Deus impõe aos nossos desejos e às nossas aspirações, mas a fé é a vida que se abre para os desafios do amor a Deus e ao próximo: fazer o bem a quem não sabe senão fazer o mal, abençoar os que nos amaldiçoam, promover o ser humano sem demagogias, querer sempre o bem comum, oferecer a paz aos violentos.
Outro engano, como assistir à Santa Missa, é pensar que a Eucaristia se resume ao pão e ao vinho que consagramos. Se, verdadeiramente, a Eucaristia é o corpo e o sangue de Cristo, então a Eucaristia faz a vida humana ganhar dimensões de eternidade desde agora. Tudo o que é humano faz parte da Eucaristia, por isso, todas as coisas nos conduzem a Cristo. A Eucaristia não é uma ação para ser assistida, mas para ser celebrada. Todas as coisas nos conduzem a Cristo e a Eucaristia nos envia para cristianizar todas as coisas, tudo o que somos, tudo o que fazemos. A Eucaristia é uma celebração enquanto todos juntos e é uma missão depois que somos despedidos.
Nesses dias, em que a Igreja do Brasil está celebrando o XVI Congresso Eucarístico Nacional, em Brasília, por ocasião dos 50 anos de fundação da Capital Federal, nós todos somos os novos discípulos de Emaús e rezamos: “Fica conosco, Senhor” (Lc 24,29). Não queremos nossa vida pela metade; não queremos nossa alma pela metade; não queremos nossa inteligência pela metade; não queremos nossa fé pela metade. Por isso, queremos a Eucaristia. Cristo nos quer inteiros e somente a lição que ele nos propõe é capaz de unir os corações e unificar os irmãos em torno da paz. Sem Cristo, não é possível ver concretizado o sonho de pão partilhado fraternalmente pelos brasileiros em todas as mesas. Sem a Eucaristia, sacramento de unidade, como é que nós vamos aprender a organizar nosso povo em torno da democracia, a distribuir as oportunidades com justiça, a fazer valer com igualdade os direitos de cada um?! “As lições que melhor educam, na Eucaristia, é que nos dais”, como nós cantamos na entrada da Missa “Apelos da Eucaristia” (Frei Luiz Turra).
Se Cristo for a nossa vida, se aprendermos a celebrar juntos a Eucaristia, então viveremos melhor em família, e nossas vidas, com o tempo, serão transfiguradas pelo poder que faz pão e vinho serem Corpo e Sangue de Cristo. Não é um passe de mágica, mas é uma perseverança constante que vai se tornando realidade cada vez mais possível. A Eucaristia nos faz ver a vida como ela é, com seus cortes e sangrias, mas nos faz sentir que, mesmo sem saber como serão as lutas, a vitória é garantida, pois Cristo está sempre conosco, ele está no meio de nós, mais ainda quando pedimos: “Fica conosco, Senhor”.
Desejo que cada irmão e irmã da Diocese de Caicó se esforce para ser mais eucarístico, não somente no tempo em que está celebrando a Eucaristia, em nossas igrejas, mas na vida nossa de cada dia. Ser eucarístico é ser discípulo de Cristo para aqueles que caminham conosco nas estradas do mundo rumo ao céu e o ápice da Eucaristia é dar a própria vida (cf. Jo 15,13).
Dom Manoel Delson Pedreira da Cruz, OFMCap
Bispo Diocesano de Caicó
A Eucaristia é Cristo e, por isso, é Sacramento de Unidade. Cristo, sacramento inteiro de Deus! A unidade não é a reunião das individualidades, mas é a comunhão de todos os que formam um só corpo e um só espírito! O ser humano percebe muito facilmente quando as coisas não estão inteiras. A vida não pode estar inteira quando não está aberta para o Criador e Pai. A nossa vida não pode ser inteira se nós nos fechamos para a fé. Há quem pense que a fé é um limite que Deus impõe aos nossos desejos e às nossas aspirações, mas a fé é a vida que se abre para os desafios do amor a Deus e ao próximo: fazer o bem a quem não sabe senão fazer o mal, abençoar os que nos amaldiçoam, promover o ser humano sem demagogias, querer sempre o bem comum, oferecer a paz aos violentos.
Outro engano, como assistir à Santa Missa, é pensar que a Eucaristia se resume ao pão e ao vinho que consagramos. Se, verdadeiramente, a Eucaristia é o corpo e o sangue de Cristo, então a Eucaristia faz a vida humana ganhar dimensões de eternidade desde agora. Tudo o que é humano faz parte da Eucaristia, por isso, todas as coisas nos conduzem a Cristo. A Eucaristia não é uma ação para ser assistida, mas para ser celebrada. Todas as coisas nos conduzem a Cristo e a Eucaristia nos envia para cristianizar todas as coisas, tudo o que somos, tudo o que fazemos. A Eucaristia é uma celebração enquanto todos juntos e é uma missão depois que somos despedidos.
Nesses dias, em que a Igreja do Brasil está celebrando o XVI Congresso Eucarístico Nacional, em Brasília, por ocasião dos 50 anos de fundação da Capital Federal, nós todos somos os novos discípulos de Emaús e rezamos: “Fica conosco, Senhor” (Lc 24,29). Não queremos nossa vida pela metade; não queremos nossa alma pela metade; não queremos nossa inteligência pela metade; não queremos nossa fé pela metade. Por isso, queremos a Eucaristia. Cristo nos quer inteiros e somente a lição que ele nos propõe é capaz de unir os corações e unificar os irmãos em torno da paz. Sem Cristo, não é possível ver concretizado o sonho de pão partilhado fraternalmente pelos brasileiros em todas as mesas. Sem a Eucaristia, sacramento de unidade, como é que nós vamos aprender a organizar nosso povo em torno da democracia, a distribuir as oportunidades com justiça, a fazer valer com igualdade os direitos de cada um?! “As lições que melhor educam, na Eucaristia, é que nos dais”, como nós cantamos na entrada da Missa “Apelos da Eucaristia” (Frei Luiz Turra).
Se Cristo for a nossa vida, se aprendermos a celebrar juntos a Eucaristia, então viveremos melhor em família, e nossas vidas, com o tempo, serão transfiguradas pelo poder que faz pão e vinho serem Corpo e Sangue de Cristo. Não é um passe de mágica, mas é uma perseverança constante que vai se tornando realidade cada vez mais possível. A Eucaristia nos faz ver a vida como ela é, com seus cortes e sangrias, mas nos faz sentir que, mesmo sem saber como serão as lutas, a vitória é garantida, pois Cristo está sempre conosco, ele está no meio de nós, mais ainda quando pedimos: “Fica conosco, Senhor”.
Desejo que cada irmão e irmã da Diocese de Caicó se esforce para ser mais eucarístico, não somente no tempo em que está celebrando a Eucaristia, em nossas igrejas, mas na vida nossa de cada dia. Ser eucarístico é ser discípulo de Cristo para aqueles que caminham conosco nas estradas do mundo rumo ao céu e o ápice da Eucaristia é dar a própria vida (cf. Jo 15,13).
Dom Manoel Delson Pedreira da Cruz, OFMCap
Bispo Diocesano de Caicó