Os textos e fotografias produzidos pela equipe da PASCOM da Paróquia São José – C. dos Dantas podem ser livremente utilizados, mencionando-se o blog http://www.montedogalo2009.blogspot.com/ como fonte

20 de abr. de 2010

Meu Jesus que ri...

Completamente soterrada pelas dezenas de artigos, e-mails, entrevistas, conversas e opiniões sobre o filme “A Paixão”, de Mel Gibson, entrei na salinha onde escrevo e deparei-me – aliviada! – com o meu “Laughing Jesus”.
Trata-se de uma foto que ganhei quando estive em Michigan-EUA, há uns oito anos. É um desenho em crayon, no qual Jesus dá uma boa e sonora gargalhada. Quando a ganhei, disseram-me que foi feita por um “truck rider”, uma espécie de caronista de caminhão, e colocada à guisa de capa do pneu traseiro de uma carreta – um pouco como estas capas de borracha que protegem os pneus de alguns veículos utilitários em nossas cidades. Aos poucos, segundo me contaram, a imagem foi-se popularizando e sendo conhecida como “The Laughing Jesus” – o Jesus que ri.
Coloquei, juntas, a capa da Newsweek da semana, que trazia Jesus ensangüentado, ferido, crucificado, sofrido e o porta-retrato com a foto do Jesus que ri. Lado a lado, as duas fotos me levaram a meditar sobre o Ressuscitado que passou pela Cruz e do Crucificado que ressuscitou. Que contraste! Que grande mistério! Que impressionante realidade!
Colocava a foto da cruz à esquerda e, em seguida, à direita, em uma tentativa de seqüência cronológica à moda dos ocidentais e contemplava Jesus. Jesus que ri como homem, entre os homens, com as criancinhas, com as mancadas de Pedro. Ri nos jantares, nos casamentos, nas festas religiosas em Jerusalém. Ri com Maria, com João, com José. Ri com seus doze, ao redor do fogo que afasta o frio da noite. Jesus ri, ri, ri! Foto do “Laughing Jesus” à esquerda.
Depois, Jesus sofre, sofre, sofre. Sofrimento físico – tão bem retratado no filme de Gibson – e sofrimento interior, moral, espiritual, profundo – impossível de ser retratado por qualquer homem, por mais genial que seja. Sofrimento por tomar sobre si o pecado, origem de toda dor e morte do homem; que Ele ama. Sofrimento por ver-se, humanamente, afastado do Pai ao assumir nosso pecado, uma vez que Deus e o pecado se excluem inteiramente. Sofrimento pela solidão, pelo abandono de seus queridos. Jesus de Mel Gibson à direita.
Em um segundo, a foto de Jesus que ri, passa, firme, para a direita: ei-Lo ressuscitado, feliz, cheio da alegria da vida nova, dádiva de amor do seu Pai. Feliz, indescritivelmente feliz por ter obedecido e se humilhado até o fim: o homem, seu amado, estava salvo! Iria ressuscitar como Ele! Iria ter vida eterna com Ele!
Feliz, Jesus ri, ri, ri! Ri de Pedro, pulando, apressado e nu, da barca à noite: “É o Mestre!” Ri de Madalena que, de tão esperta, ficou confusa pela dor: “Maria!”, “Rabbuni!”. Ri dos discípulos que pensavam ser Ele um fantasma: “Ponham o dedo em minhas chagas... dêem-me algo para comer... fantasmas não têm músculos e ossos, fantasmas não comem!”. Ri, feliz, da cara de espanto de Tomé: “Não sejas incrédulo, Tomé!” Ri, feliz, feliz, com a alegria imensa, indescritível, barulhenta, incontrolável, dos discípulos escondidos na sala de cima: “Shalom! Paz a vós!”
Jesus ri. Jesus sofre. Jesus ri. Foto à esquerda, foto à direita. À esquerda, à direita. Vida, morte, Vida. Ressuscitado que passou pela cruz, Crucificado que ressuscitou. Direita, esquerda, direita, esquerda. Como não lembrar que “os que com lágrimas semeiam, com júbilo ceifarão”? (cf. Sl 126,5). Como não crer que, de fato, os que se humilham livremente serão exaltados pelo Pai? (cf. 1Pd 5,6). Como não ter esperança, certeza, confiança, fé?
Enquanto escrevo, ao meu lado, está meu “Laughing Jesus”, meu Jesus que ri, assim, em tempo de Páscoa, vivo, ressuscitado, feliz, rindo-se, também, de mim que, como uma menina tola, fico a brincar – na vida e sobre meu birô – de fazê-lo rir, chorar, rir novamente. Sobre o birô, na Páscoa, está decidido: fica meu Jesus que ri. Quanto à vida?... bem, Ele mesmo se encarrega de rir e chorar comigo, nesta dança de amigo, sempre a dois, sempre bela, à qual costuma convidar os que ama e quer fazer participar de sua vida, dor, morte, ressurreição.

por Maria Emmir Nogueira, Co-fundadora da Comunidade Shalom

O PÃO QUE O PAI NOS DÁ

REFLEXÃO DO EVANGELHO
"Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede”. Jesus é o pão que o pai nos regala.

Jesus tem que ser o centro vital de toda catequese e de todo trabalho da Igreja. O cristão, chamado a crescer na fé, entre muitas dificuldades e vicissitudes, precisa acolher esse germe, essa semente capaz de dar base a todos os desenvolvimentos posteriores.

“O centro vivo da fé é Jesus Cristo. Somente por meio dele os homens podem salvar-se. Dele recebem o fundamento e a síntese de toda verdade. Nele encontram a chave, o centro e o fim do homem bem como de toda a história humana.

Cristão é aquele que escolheu Cristo e o segue. Nesta decisão fundamental por Cristo Jesus estão contidas e realizadas todas as outras exigências de conhecimento e de ação da fé.

A Igreja, pois, deve pregar a todos Jesus Cristo e fazer de sorte que cada cristão adira à sua divina pessoa e ao seu ensinamento e sejam levados a viver todo o seu mistério. Como aparece claramente no livro dos Atos, na tradição evangélica, nas cartas de Paulo e de João, o alegre anúncio de toda catequese é Jesus.

Escolhendo Jesus Cristo como centro vivo, a catequese não pretende apenas propor um núcleo essencial de verdade a se crer; mas sobretudo acolher a sua pessoa viva, na plenitude de sua humanidade e de sua divindade, como Salvador e Cabeça da Igreja e tudo o criado.

Esta perspectiva tem importância pastoral de primeira ordem. Quando a mensagem vem de uma pessoa e a pessoa consagra para isso a vida, os homens de nosso tempo são particularmente dispostos a apropriar-se dela e dela dar testemunho” (Il Rinnovamento della Catechesi, Conf. Episcopal Italiana, n. 56-58).

Quem crê em Jesus mata sua fome e sua sede...

Fonte: www.franciscanos.org.br

EVANGELHO: João 6,30-35

Eles perguntaram: «Que sinal realizas para que possamos ver e acreditar em ti? Qual é a tua obra? Nossos pais comeram o maná no deserto, como diz a Escritura: ‘Ele deu-lhes um pão que veio do céu’».
Jesus respondeu: «Eu garanto a vocês: Moisés não deu para vocês o pão que veio do céu. É o meu Pai quem dá para vocês o verdadeiro pão que vem do céu, porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo.» Então eles pediram: «Senhor, dá-nos sempre desse pão.» Jesus disse: «Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome, e quem acredita em mim nunca mais terá sede.»