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8 de jan. de 2010

REFLEXÃO DO DIA - Sexta-Feira 08/01

Aconteceu que Jesus estava numa cidade, e havia aí um homem leproso. Vendo Jesus, caiu a seus pés, e pediu: «Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar.» Jesus estendeu a mão, tocou nele, e disse: «Eu quero, fique purificado.» No mesmo instante a lepra o deixou. Jesus lhe ordenou que não dissesse nada a ninguém. E falou: «Vá pedir ao sacerdote para examinar você, e depois ofereça pela sua purificação o sacrifício que Moisés ordenou, para que seja um testemunho para eles.» No entanto, a fama de Jesus espalhava-se cada vez mais, e numerosas multidões se reuniam para ouvi-lo e serem curadas de suas doenças. Mas Jesus se retirava para lugares desertos, a fim de rezar. (Lc 5,12-16)

Jesus se faz próximo das misérias humanas. Ou melhor dizendo, as misérias humanas se aproximam de Jesus. São numerosíssimos os episódios de pessoas caindo aos pedaços que se aproximam de Jesus. Entre estes estão os leprosos.
Jesus estava naquela cidade que não se sabe qual seja. Um leproso se aproxima. Cai aos pés de Jesus. Suplica-lhe; “Se queres tens o poder de purificar-me”. Aquele banido, segregado, não amado, resto humano, estava ali pedindo o impossível a qualquer um, mas possível a esse Jesus. Há uma grande confiança por parte do suplicante.
Não podemos viver sem confiança. Sem ela não há coragem, nem bondade. A confiança é forte e fraca. Diante do mal ela continua a crer na bondade. Na complexidade das relações, aposta no entendimento. Ela faz confiança na confiança do outro. (...)
E o leproso tinha confiança em Jesus. “Tu tens o poder de me purificar”. Jesus toca nele e ele fica curado. (...)
Estamos sempre em estado de conversão. Somos leprosos que nos acercamos dos gestos de Cristo em sua Igreja: sua palavra, a orientação dos pastores, os sacramentos que constituem momentos em que o Ressuscitado nos toca. Assim entramos em comunhão com ele.
O texto de Lucas conclui fazendo observação importante a respeito de Jesus: “Ele se retirava para lugares solitários e se entregava à oração”. A julgar por estas e outras observações dos evangelistas Jesus não queria se deixar submergir numa correria louca e um ativismo desvairado. Ele busca o silêncio da oração e a calma de momentos em que, explicitamente, procura estar em intimidade com o Pai.