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6 de nov. de 2009

A SANTA MISSA - TESTEMUNHO DE CATALINA (Parte 8)


(continuação)

Depois o Senhor me falou dos frutos que cada comunhão deve dar em nós. É que acontece que há muita gente que recebe o Senhor diariamente e que não muda de vida. Que tem muitas horas de oração e faz muitas obras, etc. etc. Mas sua vida não se vai transformando, e uma vida que não vai se transformando não pode dar verdadeiros frutos para o Senhor. Os méritos que recebemos na Eucaristia devem dar frutos de conversão em nós e frutos de caridade para com nossos irmãos.
Os leigos temos um papel muito importante dentro de nossa Igreja, não temos nenhum direito de nos calar diante do envio que o Senhor nos faz, como a todo batizado, para ir anunciar a Boa Nova. Não temos nenhum direito de absorver todos estes conhecimentos e não os dar aos outros e permitir que nossos irmãos morram de fome tendo conosco tanto pão em nossas mãos. Não podemos ver que nossa Igreja esteja desmoronando, porque estamos cômodos em nossas Paróquias, em nossas casas, recebendo e recebendo tanto do
Senhor. Sua Palavra, as homilias do sacerdote, as peregrinações, a Misericórdia de Deus no Sacramento da Confissão, a união maravilhosa com o alimento da comunhão, as palestras destes e daqueles pregadores.
Em outras palavras, estamos recebendo tanto e não temos a coragem de sair de nossas comodidades, de ir a uma prisão, a um instituto correcional, falar ao mais necessitado, dizer-lhe que não se entregue, que nasceu católico e que sua Igreja precisa dele, ali, sofredor, porque essa sua dor vai servir para redimir a outros, porque esse sacrifício vai lhe ganhar a vida eterna. Não somos capazes de ir onde estão os doentes terminais nos hospitais e, rezando o terço da Divina Misericórdia, ajudá-los com nossa oração nesse momento de luta entre o bem e o mal, para livrá-los das armadilhas e tentações do demônio. Todo moribundo tem medo e, só tomar a mão de um deles e falar-lhe do amor de Deus e da maravilha que o espera no Céu junto a Jesus e Maria, junto aos seus entes queridos que partiram, já os reconforta.
O momento que estamos vivendo não admite filiações com a indiferença. Temos que ser a grande mão dos nossos sacerdotes para ir onde eles não podem chegar. Mas para isso, para ter a coragem, devemos receber Jesus, viver com Jesus, alimentarmo-nos de Jesus.
Temos medo de nos comprometer um pouco mais e, quando o Senhor diz: “Buscai primeiro o Reino de Deus e tudo o mais lhe será acrescentado”, é tudo, irmãos! É buscar o Reino de Deus por todos os meios e com todos os meios e... abrir as mãos para receber TUDO por acréscimo; porque é o Patrão que melhor paga, o único que está atento a tuas menores necessidades!

FIM

REFLEXÃO DO DIA - Sexta-Feira 06/11

Jesus dizia aos discípulos: «Um homem rico tinha um administrador que foi denunciado por estar esbanjando os bens dele. Então o chamou, e lhe disse: ‘O que é isso que ouço contar de você? Preste contas da sua administração, porque você não pode mais ser o meu administrador’. Então o administrador começou a refletir: ‘O senhor vai tirar de mim a administração. E o que vou fazer? Para cavar, não tenho forças; de mendigar, tenho vergonha. Ah! Já sei o que vou fazer para que, quando me afastarem da administração tenha quem me receba na própria casa’. E começou a chamar um por um os que estavam devendo ao seu senhor. Perguntou ao primeiro: ‘Quanto é que você deve ao patrão?’ Ele respondeu: ‘Cem barris de óleo!’ O administrador disse: ‘Pegue a sua conta, sente-se depressa, e escreva cinqüenta’. Depois perguntou a outro: ‘E você, quanto está devendo?’ Ele respondeu: ‘Cem sacas de trigo’. O administrador disse: ‘Pegue a sua conta, e escreva oitenta’ «. E o Senhor elogiou o administrador desonesto, porque este agiu com esperteza. De fato, os que pertencem a este mundo são mais espertos, com a sua gente, do que aqueles que pertencem à luz. (Lc 16,1-8)
Neste trecho do Evangelho, Jesus nos mostra que os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz. Então podemos perguntar: Por que isso acontece? A resposta é muito simples: é porque os negócios em geral são regidos pelos valores do mundo, que são inaceitáveis para quem quer viver na radicalidade os valores do reino de Deus. Os valores que regem a economia são o lucro desenfreado, a exploração, o egoísmo, a dureza de coração, só se pensa em si próprio e nos seus interesses. Essa esperteza não interessa aos que querem viver como filhos e filhas de Deus.
Fonte: CNBB