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3 de jan. de 2010

EPIFANIA DO SENHOR

Neste domingo, 03/01, celebramos a Epifania do Senhor.
A Epifania, que acrescenta ao Natal? A manifestação de Cristo aos que vêm de longe. Deus avisou os magos do oriente a respeito do nascimento do Salvador. Os magos viviam empaíses longínquos, que o povo deIsrael lembrava com certa amargura: a Babilônia, terra do exílio; a Arábia, terra inóspita ... Representantes dessas terras tão alheias vão adorar o Messias na cidade de Davi, Belém - assim anunciam a 1ª leitura e o evangelho! A 2ª leitura aponta a unificação de Israel com os "gentios"(os pagãos do mundo grego, da Europa), no novo povo de Deus, que é a Igreja, corpo e presença atuante de Cristo no mundo de hoje. Todos participam da mesma herança: a salvação em Cristo Jesus.

O menino nascido em Belém atraiu os que viviam longe de Israel geograficamente. Mas a atração exercida por Jesus envolve também os social e religiosamente afastados, os pobres, os leprosos, os pecadores e pecadoras ... Todos aqueles que de alguma maneira estão longe da religião estabelecida e acomodada recebem em Jesus um convite de Deus para se aproximarem dele.
Quem seriam esses "longínquos" hoje? Os muçulmanos do Iraque (a antiga Babilônia) e da Arábia? Por que não? Mas talvez a estrela brilhe de modo especial para os que, em nosso próprio ambiente católico, ficaram afastados do templo. O povinho que ficava no fundo da igreja, ou que não podia ir à igreja porque não tinha roupa decente ... Graças a Deus estão surgindo capelas nos barracos das favelas, bem semelhantes ao lugar onde Jesus nasceu e onde a roupa não causa problema.

Há também os que se afastaram porque seu casamento despencou (muitas vezes se pode até questionar se ele foi realmente válido). Jesus se aproximou da samaritana, da pecadora, da adúltera ... será que para estas pessoas não brilha alguma estrela em Belém?
E os que viraram as costas aos problemas do povo? Haverá um convite para esses, também?
Será que, numa Igreja renovada, o Menino Jesus poderá de novo brilhar para todos esses afastados, como sinal de salvação e libertação? Depende um pouco da atitude dos "fiéis". Se ser fiel significa permanecermos com o nosso grêmio, com os nossos costumes de sempre, bem protegidos contra quem possa ter outra experiência de vida, outra visão do mundo, então a luz de Cristo não vai ser vista muito longe. Mas se ser fiel é entendido como a imitação da vida missionária de Jesus, que ia ao encontro daqueles que estavam longe, então vale lembrar os reis do oriente e celebrar a Epifania, a gloriosa manifestação do Filho de Deus.


Evangelho: Mateus 2,1-12

Tendo nascido Jesus na cidade de Belém, na Judéia, no tempo do rei Herodes, alguns magos do Oriente chegaram a Jerusalém, e perguntaram: «Onde está o recém-nascido rei dos judeus? Nós vimos a sua estrela no Oriente, e viemos para prestar-lhehomenagem.» Ao saber disso, o rei Herodes ficou alarmado, assim como toda a cidade de Jerusalém. Herodes reuniu todos os chefes dos sacerdotes e os doutores da Lei, e lhes perguntou onde o Messias deveria nascer. Eles responderam: «Em Belém, na Judéia, porque assim está escrito por meio do profeta: ‘E você, Belém, terra de Judá, não é de modo algum a menor entre as principais cidades de Judá, porque de você sairá um Chefe, que vai apascentar Israel, meu povo.’ « Então Herodes chamou secretamente os magos, e investigou junto a eles sobre o tempo exato em que a estrela havia aparecido. Depois, mandou-os a Belém, dizendo: «Vão, e procurem obter informações exatas sobre o menino. E me avisem quando o encontrarem, para que também eu vá prestar-lhe homenagem.» Depois que ouviram o rei, eles partiram. E a estrela, que tinham visto no Oriente, ia adiante deles, até que parou sobre o lugar onde estava o menino. Ao verem de novo a estrela, os magos ficaram radiantes de alegria. Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele, e lhe prestaram homenagem. Depois, abriram seus cofres, e ofereceram presentes ao menino: ouro, incenso e mirra. Avisados em sonho para não voltarem a Herodes, partiram para a região deles, seguindo por outro caminho.