Os textos e fotografias produzidos pela equipe da PASCOM da Paróquia São José – C. dos Dantas podem ser livremente utilizados, mencionando-se o blog http://www.montedogalo2009.blogspot.com/ como fonte

14 de jan. de 2010

Quem ficaria de pé?

Era um grande desafio participar da ultima aula do Professor de filosofia.
Este fato aconteceu na Universidade da Carolina do Sul, nos Estados Unidos da América a apenas alguns anos atrás.
Havia um professor de filosofia que era um ateu convicto. Sua meta principal sempre foi tomar um semestre inteiro para provar que DEUS não existia. Os estudantes sempre tinham medo de argüi-lo por causa da sua lógica implacável.
Por 20 anos ensinou e mostrou que jamais haveria alguém que ousasse contrariá-lo, embora, às vezes surgisse alguém que o tentasse, nunca o venciam.
No final de todo semestre, no último dia, fazia a mesma pergunta à sua classe de 300 alunos:
- Se há alguém aqui que ainda acredita em Jesus, que fique de pé!
Em 20 anos ninguém ousou levantar-se.
Sabiam o que o professor faria em seguida. Diria:
- Porque qualquer um que acredita em Deus é um tolo! Se Deus existe impediria que este giz caísse ao chão e se quebrasse.
Esta simples questão provaria que Ele existe, mas, não pode fazer isso!
E todos os anos soltava o giz, que caia ao chão partindo-se em pedaços. E todos os estudantes apenas ficavam quietos, vendo a DEMONSTRAÇÃO. A maioria dos alunos pensavam que Deus poderia não existir. Certamente, havia alguns cristãos mas, todos tiveram muito medo de ficar de pé.
Bem… há alguns anos chegou a vez de um jovem cristão que tinha ouvido sobre a fama daquele professor. O jovem estava com medo, mas, por 3 meses daquele semestre orou todas as manhãs, pedindo que tivesse coragem de se levantar, não importando o que o professor dissesse ou o que a classe pensasse. Nada do que dissessem abalaria sua fé… ao menos era seu desejo.
Finalmente o dia chegou.
O professor disse a famosa frase:
- Se há alguém aqui que ainda acredita em Jesus, que fique de pé!
O professor e os 300 alunos viram, atônitos, o rapaz levantar-se no fundo da sala.
O professor gritou:
- Você é um TOLO!!! Se Deus existe impedirá que este giz caia ao chão e se quebre!
E começou a erguer o braço, quando o giz escorregou entre seus dedos, deslizou pela camisa, por uma das pernas da calça, correu sobre o sapato e ao tocar no chão simplesmente rolou, sem se quebrar.
O queixo do professor caiu enquanto seu olhar, assustado, seguia o giz rolando ao chão.
Quando o giz parou de rolar levantou a cabeça… encarou o jovem e… saiu apressadamente da sala. O rapaz caminhou firmemente para a frente de seus colegas e, por meia hora, compartilhou sua fé em Jesus.
Os 300 estudantes ouviram, silenciosamente, sobre o amor de Deus por todos e sobre seu poder através de Jesus.

Quando não falamos com alguém, perdemos a intimidade

Muitos podem se perguntar por que devem rezar. Eu sempre digo: a oração não muda nada em Deus. Ele é Imenso, Todo-Poderoso, Todo-Misericordioso, continua sempre o mesmo. Mas nós, à medida que rezamos, sentimos tudo se transformar em nossa vida. Desde o mais íntimo do coração, a mudança se faz. Uma pessoa que ora, transforma a si, aos outros e o ambiente onde está cumprindo sua missão. Mas a vida de oração não é nada fácil. Estão aí os grandes mestres de todos os tempos em nossa Igreja para nos ajudar.
Muitas vezes, as “noites escuras” de São João da Cruz se fazem presentes. Quem é que nunca passou por um deserto espiritual? Quem é que nunca se sentiu árido na vida de oração? Tudo isso faz parte da caminhada. O importante é perseverar e saber esperar. Santo Ignácio de Loyola fala de tempos de desolação. Mas temos também os tempos de consolação, afirma o mesmo santo [Ignácio]. Estes nos servem como reservatórios de céu... São aqueles momentos marcantes, nos quais a presença de Deus foi "sensível", foi irrefutável... Esses momentos ficam na memória do coração e nos reabastece por uma vida! Com Deus, devemos conversar como com um amigo! Aliás, para mantermos uma amizade, o diálogo contínuo se faz necessário.
Quando deixamos de falar com alguém, deixamos o espaço de tempo sem encontro ser muito grande, perdemos a intimidade, perdemos o brilho da amizade. Da mesma forma, com o Senhor, temos que renovar nossa amizade e o carinho por Ele e pelos que são d'Ele todos os dias. O encontro diário deve ser agradável. Devemos "marcar encontros" efetivos e afetivos com Nosso Senhor e Amigo. Efetivos no sentido de cumprirmos verdadeiramente o horário e o lugar e, de preferência, sempre os mesmos.
Crie o seu tempo e espaço de oração. E afetivos, porque devem ser marcados pelo amor, acima de tudo, encontros de louvor e ação de graças. Essa experiência nos faz experimentar o céu, e mesmo quando as nuvens parecerem encobrir o brilho do Sol, no coração uma certeza permanecerá: o Sol sempre estará lá, com seu intenso brilho! A vida de oração nos faz perceber que onde parece não haver caminho para nós, Deus faz um. Quantos são os testemunhos neste sentido? "Orai sem cessar. Em todas as circunstâncias dai graças, porque esta é a vosso respeito a vontade de Deus em Jesus Cristo" (1Ts 5,17-18).
Que Maria, Mulher do silêncio e Mestra de nossa vida espiritual, seja nossa companheira e guia!

REFLEXÃO DO DIA - Quinta-Feira (14/01)

Um leproso chegou perto de Jesus e pediu de joelhos: «Se queres, tu tens o poder de me purificar.» Jesus ficou cheio de ira, estendeu a mão, tocou nele e disse: «Eu quero, fique purificado.» No mesmo instante a lepra desapareceu e o homem ficou purificado. Então Jesus o mandou logo embora, ameaçando-o severamente: «Não conte nada para ninguém! Vá pedir ao sacerdote para examinar você, e depois ofereça pela sua purificação o sacrifício que Moisés ordenou, para que seja um testemunho para eles.» Mas o homem foi embora e começou a pregar muito e a espalhar a notícia. Por isso, Jesus não podia mais entrar publicamente numa cidade: ele ficava fora, em lugares desertos. E de toda parte as pessoas iam procurá-lo. (Mc 1,40-45)

O evangelho de Marcos é caracterizado pela vivacidade. Os que entram em contacto com seu texto têm a impressão de estar vendo o desenrolar da cena. Parece uma tela de cinema ou um palco de teatro.
Um doente de lepra, dessa gente excluída, chega perto de Jesus. Os leprosos deviam ficar longe, não se misturar. Eram leprosos porque pecadores, segundo convicção da época. Este se aproxima de Jesus. Faz um pedido a Jesus: “Se queres, tens o poder de curar-me”. Marcos acrescenta um pormenor: o pedido foi feito de joelhos. Confiança, fé, reverência...eis aí um toque de dramaticidade.
Jesus se enche de compaixão diante da doença e da confiança do leproso, estende a mão, toca nele e diz: “Eu quero, fica curado!” Pode-se plasticamente ver o sentimento tão humano da compaixão, da pena que produz o sofrimento do outro. Esse eu quero decidido de Jesus encanta.
Merece ser levado em consideração o comentário do Missal Dominical da Paulus: “A cura operada por Jesus representa algo mais do que simples libertação de uma moléstia e readmissão no seio da comunidade. Jesus se torna partícipe da situação do leproso, tocando-o com a mão; de certo modo contrai sua impureza... Nesse gesto Jesus se mostra como aquele que “carregou sobre si os nossos sofrimentos”; contraiu o mal que desagrega as forças vivas do homem, assim nos curou na raiz de nosso ser. Tem-se aqui a primeira realização da profecia: do Servo de Javé, que se apresenta com o aspecto de um leproso que carregou nossos pecados e, conseqüentemente os castigos deles (cf. Is 53, 3-12)” ( p. 899).
Os autores que comentam este texto costumam ver nele alusão clara ao dinamismo da confissão penitência. Esta é um encontro daquele que peca, do “leproso”. A celebração da penitência nos coloca diante de Jesus que cura da lepra do pecado e reintroduz o pecador na comunidade eclesial. A cura do leproso nos situa diante de elementos do rito penitencial da Igreja.