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13 de jun. de 2010

COISAS QUE SE PASSARAM DURANTE UMA REFEIÇÃO

Certa vez um fariseu, personagem que diz buscar seriamente ser fiel a Deus, convidou Jesus para sua intimidade, para uma refeição em sua casa. O homem recebeu seu hóspede corretamente. Deve tê-lo saudado e conduzido ao seu lugar à mesa. Não fez nenhuma grosseria. Um homem correto, sem mais.

Um segundo personagem ganha a cena na descrição de Lucas: uma mulher pecadora, assim conhecida na cidade. Parece que ela soube da presença de Jesus , depois do começo da recepção. Não estava na lista dos convidados. Diríamos mesmo que ela se convidou a si mesma. Para o anfitrião tratava-se de uma presença incômoda. Tudo leva a crer que ela sentia admiração por Jesus. Há um conjunto de pormenores que devem ser ressaltados: ela traz um frasco de perfume. Não vem sem ter pensado numa especial atenção para com esse Jesus. Chora, não ocupa um lugar à mesa, posiciona-se atrás de Jesus, lava-lhes os pés, enxuga-os com os cabelos...chora....Quantas delicadezas partindo de uma pecadora!

O dono da casa, dessas casas abertas, sem tranca, não gostou da presença daquela mulher e lá no seu interior criticava Jesus por aceitar tantas delicadezas que, eventualmente, poderiam ser mal interpretadas. Jesus leu os pensamentos do fariseu e deu-lhe o troco, respondendo de maneira figurada, em parábolas.

Fala de dois credores. Um devia pouco e outro muito. O patrão amou mais aquele que devia muito, que devia mais, embora os dois não tivessem com que pagar. O pecador arrependido, mesmo com alta dívida, mas com lágrimas nos olhos, ocupa um lugar importante no coração de Deus, lugar mais íntimo do que aquele reservado aos certinhos e corretinhos, mas frios.

“Quando entrei em tua casa tu nem tiveste a preocupação de oferecer água para lavar os pés, para purificar-me da poeira do caminho. Ela lavou meus pés com lágrimas e os enxugou com seus longos cabelos. Tu não me deste o beijo de saudação. Ela não cessou de oscular meus pés. Não te lembraste de ungir minha cabeça com perfume. Tu podes te dar conta da intensidade do perfume desta sala. Essa mulher pecadora, indigna em tua maneira de ver, quebrou o frasco para mostrar que precisava de minhas palavras e, penso, de meu perdão. Está aí, meu caro amigo, tenho a te dizer que precisas ter um coração delicado. Tua religião tão legalista não te leva a praia alguma”

Voltando-se para a mulher: “Tua fé te salvou. Vai em paz!”

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