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31 de out. de 2009

A SANTA MISSA - TESTEMUNHO DE CATALINA (Parte 2)

(continuação)
Era dia de Festa e se devia recitar o Glória.
Disse Nossa Senhora: - “Glorifica e bendiz com todo o teu amor à Santíssima Trindade em reconhecimento como Sua criatura”.
Como foi diferente aquele Glória! Logo me vi em um lugar distante, cheio de luz ante a Presença Majestosa do Trono de Deus, e com todo amor fui agradecendo ao repetir: “...Senhor Deus, rei dos céus, Deus Pai Todo-Poderoso: nós Vos louvamos, nós Vos bendizemos, nós Vos adoramos, nós Vos glorificamos, nós Vos damos graças por Vossa imensa Glória. (e evoquei o rosto paterno do Pai, cheio de bondade...) Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito, Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho de Deus Pai...” e Jesus estava diante de mim, com esse Rosto cheio de ternura e Misericórdia: “...Só Vós sois o Santo, só Vós, o Senhor, só Vós, o Altíssimo, Jesus Cristo, com o Espírito Santo...” o Deus do formoso Amor, Aquele que neste momento estremecia todo o meu ser... E pedi: “Senhor, libertai-me de todo mau espírito; meu coração Vos pertence, Senhor meu. Enviai-me Vossa paz para conseguir tirar o melhor proveito desta Missa e que minha vida dê seus melhores frutos. Espírito Santo de Deus, transformai-me, agi em mim, guiai-me. Oh Deus, dai-me os dons de que necessito para Vos servir melhor...!” Chegou o momento da Liturgia da Palavra e a Virgem me fez repetir: “Senhor, hoje quero escutar Vossa Palavra e produzir abundantes frutos, que o Vosso Santo Espírito limpe o terreno de meu coração, para que Vossa Palavra cresça e se desenvolva; purificai meu coração para que esteja bem disposto.”
“Quero que estejas atenta às leituras e a toda a homilia do sacerdote. Recorda que a Bíblia diz que a Palavra de Deus não volta sem ter dado fruto. Se estiveres atenta, ficará algo em ti de tudo o que escutares. Deves tratar de lembrar-te o dia todo essas Palavras que deixaram marca em ti.
Serão por vezes duas frases, logo será a leitura inteira do Evangelho, talvez uma só palavra; saboreia o resto do dia e isso ganhará carne em ti porque essa é a forma de transformar a vida, fazendo com que a Palavra de Deus te transforme totalmente. E agora, diz ao Senhor que estás aqui para escutar o que Ele quiser dizer hoje ao teu coração”.
Novamente agradeci a Deus por me dar a oportunidade de ouvir Sua Palavra e Lhe pedi perdão por ter tido o coração tão duro por tantos anos, e por ter ensinado a meus filhos que deviam ir à Missa aos domingos porque assim a Igreja mandava, não por amor, por necessidade de encher-se de Deus... Eu que havia assistido a tantas Celebrações, mais por compromisso; e com isso acreditava estar salva. Vivê-la, nem sonhar; prestar atenção às leituras e à homilia do sacerdote, muito menos. Quanta dor senti por tantos anos de perda inútil, por minha ignorância! Quanta superficialidade nas Missas a que assistimos porque é um casamento, uma Missa por um defunto ou porque temos que ser vistos com a sociedade! Quanta ignorância sobre nossa Igreja e sobre os Sacramentos! Quanto desperdício em querer instruir-nos e sermos cultos nas coisas do mundo, que em um momento podem desaparecer sem ficarmos com nada, e que no final da vida não nos servem nem para aumentar em um minuto a nossa existência! E no entanto, daquilo que nos vai dar um pouco do céu na terra, e portanto a vida eterna, nada sabemos. E nos consideramos homens e mulheres cultos!...

O NÓ DO AFETO

Em uma reunião de Pais, numa Escola da Periferia, a Diretora ressaltava o apoio que os pais devem dar aos filhos. Pedia-lhes, também, que se fizessem presentes o máximo de tempo possível. Ela entendia que, embora a maioria dos pais e mães daquela comunidade trabalhasse fora, deveriam achar um tempinho para se dedicar a entender as crianças.
Mas a diretora ficou muito surpresa quando um pai se levantou a explicou, com seu jeito humilde, que ele não tinha tempo de falar com o filho, nem de vê-lo durante a semana.
Quando ele saía para trabalhar, era muito cedo e o filho ainda estava dormindo. Quando ele voltava do serviço era muito tarde e o garoto não estava mais acordado.Explicou, ainda, que tinha de trabalhar assim para prover o sustento da família. Mas ele contou, também, que isso o deixava angustiado por não ter tempo para o filho a que tentava se redimir indo beijá-lo todas as noites quando chegava em casa.
E, para que o filho soubesse da sua presença, ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria. Isso acontecia, religiosamente, todas as noites quando ia beijá-lo. Quando o filho acordava e via o nó, sabia, através dele, que o pai tinha estado ali e o havia beijado. O nó era o meio de comunicação entre eles.
A diretora ficou emocionada com aquela história singela e emocionante. E ficou surpresa quando constatou que o filho desse pai era um dos melhores alunos da escola.
O fato nos faz refletir sobre as muitas maneiras de um pai ou uma mãe se fazerem
presentes, de se comunicarem com o filho. Aquele pai encontrou a sua, simples, mas eficiente. E o mais importante é que o filho percebia, através do nó afetivo, o que o pai estava lhe dizendo.
Por vezes, nos importamos tanto com a forma de dizer as coisas e esquecemos o principal, que é a comunicação através do sentimento. Simples gestos como um beijo, ou um nó na ponta do lençol, valiam, para aquele filho, muito mais que presentes ou desculpas vazias.
É válido que nos preocupemos com nossos filhos, mas é importante que eles saibam e que eles sintam isso. Para que haja a comunicação, é preciso que os filhos “ouçam” a linguagem do nosso coração, pois em matéria de afeto, os sentimentos sempre falam mais alto que as palavras.
É por essa razão que um beijo, revestido do mais puro afeto, cura a dor de cabeça, o arranhão no joelho, o ciúme do bebê que roubou o colo, o medo do escuro. A criança pode não entender o significado de muitas palavras, mas sabe registrar um gesto de amor. Mesmo que esse gesto seja apenas um nó. Um nó cheio de afeto e carinho.
E você… Já deu algum nó no lençol de seu filho, hoje?

EXITE UMA VIDA ALÉM DA MORTE?

Desde o início da humanidade nos perguntamos: Existe uma vida depois desta? É natural que se questione acerca do desconhecido. A vida eterna era totalmente desconhecida antes de Jesus e ficou parcialmente conhecida depois Dele. Tudo o que sabemos é o que Ele nos revelou através de sua pregação e da sua intimidade com o Pai que tantas vezes se referiu.
No diálogo que Ele tem com Nicodemos revela-se a fragilidade do conhecimento humano acerca da realidade Celeste. Nicodemos não consegue entender como pode o homem já maduro nascer de novo. O que Jesus deixa bem claro é que esta vida é transitória e passageira, deve ser vivida com intensidade, mas com a certeza de que temos uma pátria definitiva de onde viemos e para onde voltaremos.
Para entendermos a Deus precisamos recorrer às realidades humanas, com as suas experiências mais profundas de si mesmo e de sua relação com os outros e com o meio em que vive. Conta uma história que uma mãe estava grávida de gêmeos. A mesma história conta que os meninos tinham a possibilidade de conversar no útero materno. Diante de muitos questionamentos feitos do mundo em que eles viviam, certo dia apareceu um questionamento crucial: “Será que existe uma vida depois do parto?”. Após muitas considerações de provas a favor e contra uma vida depois do parto a conclusão foi certeira: “Não sabemos, pois até agora ninguém voltou para contar”.
Sabemos que o ser humano, desde a sua concepção, começa um processo de crescimento e amadurecimento no seio materno, chegando à sua plenitude no nono mês. Este é o momento de nascer. Nascer para onde? Que mundo espera a nova criatura? Nascer é necessário mesmo que isso cause sofrimento à mãe e à criança que está vindo ao mundo.
A criança, agora já madura, não faz nenhuma questão de deixar aquele ambiente aconchegante e que oferece todas as possibilidades para que suas necessidades sejam supridas. Do mundo novo não se sabe nada, é um necessário passo no escuro. Assim que nasce, começa outro processo de crescimento e amadurecimento no “útero” da terra.
São os nove meses da nossa vida que vivemos em busca do aperfeiçoamento humano e, quando estamos prontos, é hora de nascer para outra vida. O mesmo questionamento da história, nós os fazemos: Será que existe uma vida depois da morte? E com toda a certeza podemos afirmar que ninguém voltou para contar.
Jesus foi o único que fez essa passagem, e por isso, tudo o que sabemos dessa nova vida foi Ele quem nos revelou.
Na Montanha Sagrada, no momento da Transfiguração, Jesus abre uma janela e mostra para os discípulos o que é o Céu. Uma experiência de Deus feita com tamanha profundeza que as testemunhas adormecem, não entendem o que aconteceu. O privilégio dos santos apóstolos de ver o Céu sem passar pela morte os levou a ter o desejo de ficar por lá mesmo. Assim como o útero da terra é bem maior que o útero materno, podemos então imaginar a grandeza do “útero eterno”.
Em vários outros momentos Jesus falou sobre o Céu e a importância de todos estarem fazendo todo o esforço necessário para merecê-lo. De muitas maneiras, a beleza do mundo futuro é cantada, rezada e explicada. As Sagradas Escrituras estão plenas dessa realidade. Verdadeiras liturgias celestiais aparecem como forma de animar o povo na sua caminhada terrena, principalmente nos momentos de dificuldades que estes enfrentam para viver a fé.
O ser humano é pequeno demais para poder entender a grandeza de Deus e do mundo futuro. Isso tudo é tão grande que não cabe dentro do homem. Nós, cristãos, não devemos nos preocupar com aquilo que muitos dizem por aí acerca da morte e da vida futura. Quanto menor a pessoa, menor é a sua capacidade de imaginação. Por isso, muitos não conseguem entender a vida depois do parto, digo depois da morte.
As coisas de Deus só podemos entender com o coração. Este é o motivo pelo qual aqueles que querem entender através da ciência e da capacidade do homem acabam falando e pregando meias verdades e até mentiras. A revelação de Jesus mostra que o ser humano veio de Deus e para Ele voltará, eis o destino da pessoa. Acreditar nisso é viver a vida na sua plenitude para amadurecer e alcançar A Plenitude que é o próprio Deus.
Celebremos, é claro que com saudades, mas também com uma grande esperança que a promessa de Jesus se cumprirá: “Onde eu estou, quero que estejam também aqueles que amo”.

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REFLEXÃO DO DIA - Sábado 31/10

Num dia de sábado aconteceu que Jesus foi comer em casa de um dos chefes dos fariseus, que o observavam. Jesus notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares. Então contou a eles uma parábola: «Se alguém convida você para uma festa de casamento, não ocupe o primeiro lugar. Pode ser que tenha sido convidado alguém mais importante do que você; e o dono da casa, que convidou os dois, venha dizer a você: ‘Dê o lugar para ele’. Então você ficará envergonhado e irá ocupar o último lugar. Pelo contrário, quando você for convidado, vá sentar-se no último lugar. Assim, quando chegar quem o convidou, ele dirá a você: ‘Amigo, venha mais para cima’. E isso vai ser uma honra para você na presença de todos os convidados. De fato, quem se eleva será humilhado, e quem se humilha será elevado.» (Lc 14, 1.7-11)
O mundo em que vivemos é marcado pela concorrência, pela luta constante no sentido de superar as outras pessoas. É sempre uma luta de um contra os outros para vencer, estar por cima, e, por causa dessa concorrência, nunca sobra lugar para a amizade, o amor e a fraternidade. Jesus nos mostra que entre nós, que somos seus discípulos, não deve ser assim. Devemos buscar a promoção das pessoas, valorizar aqueles que estão ao nosso lado, a fim de que, promovendo as pessoas, elas também nos promovam, de modo que temos o crescimento de todos e não apenas de alguns e vivamos como irmãos, filhos do mesmo Pai que está nos céus, e não como inimigos em uma batalha constante.
Fonte: CNBB