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29 de jun. de 2010

QUEM É ESTE QUE ACALMA A VENTANIA?

Jesus vive com seus discípulos. Raras vezes anda sozinho. Os evangelistas fazem questão de observar que os que seguiam gostavam e precisavam de sua companhia. Tal acontecia muitas vezes, na travessia do lago, do lago que foi palco de tantas cenas tocantes dos evangelhos...
Tempestade, barca em perigo, aflição e medo dos apóstolos! Ondas violentas pareciam cobrir de água a pobre embarcação e ele dormia, o Mestre dormia na hora da tribulação.
O medo e pavor dos discípulos levam-nos a acordar o Mestre ausente nos domínios do sono. O grito é forte e as palavras bem o dizem: “Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo”.
Companheiros de Jesus na travessia do Lago de Tiberíades e os discípulos do Ressuscitado nos tempos de hoje, uns e outros temos medo. Há lares despedaçados, há viúvas chorando a morte de seus filhos na guerra do tráfico, há soldados que vão para a guerra por causa do desejo dos poderosos, há templos cristãos que se esvaziaram, há essa indiferença de tantos pelas exigências do Evangelho, há migrações de nossas fileiras para grupos que nem sempre levam à plenitude.
Temos a nítida impressão que Jesus dorme e nos deixa entregues a nós mesmos! Será que precisamos acordar o Mestre? Ou ele também nos recriminará pela falta de fé?
Ora, temos que fazer como se tudo dependesse de nós, como diz um ditado de sabedoria, e ao mesmo tempo saber que tudo depende daquele que está na barca de nosso destino, de nossa vida, da Igreja, levando adiante um projeto que não é nosso, mas dele, pedindo-nos apenas e tão somente fé. Insisto, não se trata de deixar que ele opere tudo. Faremos que o seu projeto seja nosso projeto.
Nossos medos são justificados: nossos meninos estão crescendo sem acolherem o Evangelho, há um esquecimento mais ou menos grave do gesto de Jesus, de sua paixão e de sua ressurreição, o tecido da fraternidade anda esgarçado. Jesus parece dormir.
Por que tendes tanto medo, homens fracos na fé? Até que ponto essa reprimenda de ontem nos atinge? Será que estamos da inércia?
Então, levantando-se, ameaçou os ventos e o mar, e fez-se uma grande calmaria.

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