Os textos e fotografias produzidos pela equipe da PASCOM da Paróquia São José – C. dos Dantas podem ser livremente utilizados, mencionando-se o blog http://www.montedogalo2009.blogspot.com/ como fonte

18 de mar. de 2010

SEMEADOR DA FÉ

Singela estrela pequenina
Certeza de futuro brilhante nascia
Criança prodígio de virtuosa educação
Nas terras áridas do sertão
O menino José crescia

Brincando com os amigos
Exaltava ao PAI num altar de fantasia
Traçando assim seu destino de, no cristianismo,
Para honra e glória de Deus,
Ser pináculo de sabedoria

“Eu era pequeno: nem me lembro”...
Mas sei que por amor ao mistério
Em José Adelino, inteligência pujante
Razão e sensibilidade, em brasa,
No espírito ardia

Então, erguendo os olhos para o céu
Rogando ao Criador discernimento
“Nas Ave-Maria que rezava, ao pé da cama”
Firme na fé, o apóstolo José Adelino Dantas
Consagrou o 6º sacramento

Sacerdote lhe fez o Indizível,
O Alfa, o Ômega, o Rei dos Reis
Estudos e orações constantes:
Teologia, Exegese, Dogmatismo, Fé e Filosofia
Formaram mais que um Padre:
Edificaram e transformaram
O Reitor, o Bispo, o Monsenhor
Dom José Adelino Dantas
Um Evangelizador Vibrante

“Ave Maria, mãe de Jesus,
O tempo passa não volta mais”
E Natal, Caicó, Garanhuns, Rui Barbosa,
Carnaúba dos Dantas... sentem saudades
Do homem erudito;
Do pregador profícuo;
Do pastor incansável que
“In finem dilexit” Amou até o fim. (João 13,1)

“O teu amor cresce com a gente”
Tio José. Bispo José.
É um filho presente.
E mesmo às vezes duvidando. Chateados com um mundo cansado
Guiados por tua conduta perseverante,
Bondoso Dom José,
Nossa igreja reza como antigamente.
Amém.


Escrito por Analúcia de Azevedo Silva, neta de Cristina (irmã de Dom Adelino), e lido pela mesma durante a celebração da missa de abertura do Ano Centenário de Nascimento de Dom José Adelino Dantas.

Missa de abertura do Centenário de Nascimento de Dom Adelino



Na manhã de ontem (17/03), foi celebrada a Missa de Abertura do Ano Centenário de Nascimento de Dom José Adelino Dantas.
A Missa, celebrada na Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no bairro D. José Adelino, foi presidida pelo nosso Bispo Diocesano, Dom Manoel Delson, e contou com a participação do Arcebispo Metropolitano de Natal, Dom Matias, além de Monsenhor Lucas, Monsenhor Assis, Cônego José Mário, Padre João Paulo, Padre Stanley, Padre Gleiber, Padre Fabiano, Padre Héliton, Padre Gilmar, Padre Campos, Padre Antonio, Padre Cassiano e Padre Josino. Estiveram presentes à celebração o Prefeito Municipal, Alexandre Dantas de Medeiros (ex-aluno de Dom Adelino), a Presidente da Câmara de Vereadores, Adjanira Medeiros, além de vereadores, ex-prefeitos e secretários municipais. A comunidade carnaubense se fez presente, bem como parentes do nosso querido Bispo que vieram de diversas cidades e amigos e conhecidos que Dom Adelino cultivou em sua vida terrena.
Toda a liturgia da Missa foi feita com carinho, em homenagem a Dom Adelino. Os comentários foram feitos por Carlos Magno, um dos coordenadores do Centenário. A 1ª leitura e as preces, por parentes de Dom Adelino residentes em Carnaúba. O Evangelho da Missa foi proclamado pelo Padre Josino, sobrinho de Dom Adelino, e a homilia foi feita por Mons. Francisco de Assis Pereira, que era seminarista no Seminário de Natal quando Dom Adelino foi reitor daquele seminário. Antes do ofertório, familiares de Dom Adelino, residentes aqui em Carnaúba e em outras cidades, levaram em procissão até o altar alguns objetos de Dom Adelino (certidão de nascimento, batistério, cálice, mitra, báculo e um livro de sua autoria). Antes da bênção final, Ir. Maria José (que cuidou de D. Adelino até seus últimos dias de vida), Mons. Assis, Dom Matias, Cônego José Mário, Alexandre Dantas (prefeito), Analúcia (representando os familiares) e Dom Delson, falaram sobre a convivência que tiveram com Dom Adelino, sobre o seu caráter, a sua determinação, o seu zelo com o sagrado, o seu modo simples de cultivar amizades.
Após a bênção final, foi descerrada a placa comemorativa do centenário de nascimento de Dom José Adelino Dantas, pelo Prefeito Municipal e por Dom Delson.

"In finem dilexit"
Amou até o fim
(Jo 13,1)

OS QUE DÃO TESTEMUNHO DE JESUS

REFLEXÃO DO EVANGELHO


Estamos vivendo o tempo da quaresma e nos aproximamos da semana das semanas, em que o Filho do Homem será entregue. Os textos de João nos mostram um Jesus que vai enfrentando um processo. Tudo haverá de desembocar no desfecho final diante de Pilatos e no endurecimento do coração dos circunstantes.
No trecho deste dia o Mestre apresenta sua defesa. Jesus não dá testemunho de si. Outros o fazem. Primeiro foi João, o Batista: ele deu testemunho da verdade de Jesus. Apontou-o como aquele que era maior, para o qual ele, João, viera preparar os caminhos. O próprio Batista havia desaparecido para que ele, o Messias, o que devia vir, pudesse crescer. O filho da velhice de Zacarias deu seu testemunho e desapareceu da cena. “Eis aí o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo”.
Jesus tem um testemunho maior: as obras que o Pai mandou que ele realizasse. “As obras que eu faço dão testemunho de mim, mostrando que o Pai me enviou”. Os que se abrem à verdade são trabalhados pelo Pai e o Pai os leva a compreender a beleza de Jesus. E dirigindo-se aos de coração endurecido: “Vós nunca ouvistes sua voz nem vistes sua face e sua palavra não encontrou morada em vós, não acreditais naquele que ele enviou”.
Estamos diante das trevas que impedem a fé. Não são elas que vão condenar a Verdade?
João, o evangelista, lembra ainda que as Escrituras dão testemunho de Cristo. Mas nem todos que as ouvem conseguem ir além da materialidade do escrito e não vislumbram o Cristo presente desde as primeiras páginas das Escrituras.
O Missal Cotidiano da Paulus completa nossa reflexão: “Os testemunhos, porém, não podem adquirir seu peso se não forem percebidos em sua realidade profunda. Os opositores de Jesus não quiseram ouvir a voz do Pai na de Jesus, nem ver sua face, nem captar sua presença nas curas. Eles procuram a vida e recusam recebê-la de quem lhe deve dar (...) Ainda hoje não faltam testemunhos sobre Jesus. Um deles é o que dá a Igreja. Entretanto, pode-se ser incapaz de sentir nela a voz de Jesus, de ver em suas obras de Jesus. Na Escritura é possível perder-se alguém em questões secundárias que não levam à descoberta da vida. Nos sacramentos podem-se ver apenas os ritos, perdendo-se o acontecimento cujo protagonista é sempre Cristo. Em nossos irmãos, sobretudo os mais pobres, pode-se também deixar de descobrir a face de Deus” (p. 274).

EVANGELHO DO DIA - João 5,31-47

«Se eu dou testemunho de mim mesmo, meu testemunho não vale. Mas há outro que dá testemunho de mim, e eu sei que o testemunho que ele dá de mim é válido.
Vocês mandaram mensageiros a João, e ele deu testemunho da verdade. Eu não preciso de testemunho de um homem, mas falo isso para que vocês sejam salvos. João era uma lâmpada que estava acesa e iluminava. Vocês quiseram se alegrar com sua luz. Mas eu tenho um testemunho maior que o de João: são as obras que o Pai me concedeu realizar. As obras que eu faço dão testemunho de mim, mostrando que o Pai me enviou. E o Pai que me enviou deu testemunho a meu favor. Vocês nunca ouviram a voz dele, nem viram a sua face. Desse modo, a palavra dele não permanece em vocês, porque vocês não acreditam naquele que ele enviou.
Vocês vivem estudando as Escrituras, pensando que vão encontrar nelas a vida eterna. No entanto, as Escrituras dão testemunho de mim. Mas vocês não querem vir a mim para terem a vida eterna.
Eu não aceito elogios dos homens. Quanto a vocês, eu já os conheço muito bem: o amor de Deus não está dentro de vocês. Eu vim em nome do meu Pai, e vocês não me receberam. Mas, se outro vem em seu próprio nome, vocês o receberão. Como é que vocês poderão acreditar, se vivem elogiando uns aos outros, e não buscam a glória que vem do Deus único?
Não pensem que eu vou acusar vocês diante do Pai. Já existe alguém que os acusa: é Moisés, no qual vocês põem sua esperança. Se vocês acreditassem mesmo em Moisés, também acreditariam em mim, porque foi a respeito de mim que Moisés escreveu. Mas, se vocês não acreditam naquilo que ele escreveu, como irão acreditar nas minhas palavras?»