Os textos e fotografias produzidos pela equipe da PASCOM da Paróquia São José – C. dos Dantas podem ser livremente utilizados, mencionando-se o blog http://www.montedogalo2009.blogspot.com/ como fonte

20 de mai. de 2010


Festa de Santa Rita

Começou hoje à noite (20/05), em nossa cidade, o tríduo solene em honra a Santa Rita de Cássia. A festa iniciou-se com uma bonita procissão, partindo da Matriz de São José até o Santuário de Santa Rita, onde aconteceu a celebração da Santa Missa. Apesar da falta de energia no local, a celebração contou com a presença de muitos devotos daquela que é considerada a santa das causas impossíveis.
A festa tem continuidade amanhã, no santuário, com celebração às 19 horas da Santa Missa e novena, e, no sábado (22/05), acontecerá o encerramento, com procissão partindo da matriz até o santuário, também às 19 horas, onde lá será realizada a bênção das rosas e celebração da Missa solene da festa.
Santa Rita, Padroeira dos casos desesperados, reza por nós!
Santa Rita, Advogada dos casos impossíveis, intercede por nós!

O príncipe e o mendigo

Um príncipe, saindo um dia a passeio, passou bem perto de um mendigo que lhe pediu uma esmola dizendo: - Faça a caridade a um pobre irmão.
O príncipe parou, olhou o pobre e disse: - Eu não tenho irmãos pobres.
O mendigo replicou: - Nós somos todos irmãos em Jesus Cristo.
O príncipe lhe deu uma moeda de ouro. E assim fez por dez dias em seguida. No décimo primeiro dia, o príncipe resolveu disfarçar-se de mendigo e passando perto do outro lhe disse: - Faça a caridade a um pobre irmão.
O verdadeiro mendigo respondeu com raiva: - Eu não tenho irmãos.
Então o príncipe se revelou como tal e respondeu: - Entendi; você é irmão só de príncipes. E pegou de volta as dez moedas.

No dia de Pentecostes refletimos sobre o dom do Espírito Santo que Jesus deixou para os seus amigos. O Divino Espírito Santo é, podemos dizer assim, o “dom dos dons” ou, se preferirmos, o dom que dá sentido e força a todos os outros dons. Hoje se fala muito dos dons do Espírito Santo, também conhecidos como “carismas”. São Paulo, nas suas cartas, fez muitas listas desses dons; nós poderíamos também juntar outros. Não porque inventamos esses dons, mas simplesmente porque tudo o que nós temos recebido de qualidades e capacidades, a começar por nossa própria vida, pela fé e pelo amor, é algo que ganhamos de presente da bondade de Deus. Em outras palavras: se tudo o que temos e somos é dom de Deus, também tudo isso deveria ser colocado a serviço dos nossos irmãos. Deveríamos saber doar o que recebemos em dom. Afinal, fazer da nossa existência um dom “bom” para os outros é seguir, de perto, os passos do Mestre Jesus que não poupou a sua própria vida. Nós também deveríamos usar para o bem o que somos e temos.
Nem sempre é assim. Se usarmos dos dons recebidos exclusivamente para a nossa vantagem, ou para alguns escolhidos, estamos aproveitando somente parte das possibilidades que temos. Quanta inteligência é usada só para proveito próprio ou, muitas vezes, para enganar os outros menos expertos? Quanta bondade fica trancada entre as paredes de uma casa, pela incapacidade de sair para doá-la aos outros? Quantas vezes a nossa generosidade não consegue sair do nosso grupo, dos nossos amigos, dos que gostamos, como se os outros não existissem e não precisassem também ser amados? Somos bons, mas não amamos bastante. Selecionamos tanto os que decidimos amar que no fim reduzimos a quase nada o nosso amor. Desconfiança? Medo? Ou talvez porque não queremos doar um pouco do que recebemos. Ainda não entendemos a beleza e a riqueza do dar e receber por amor.
Isso acontece também nas nossas paróquias, comunidades, grupos e movimentos. Se quiserem interpretá-lo assim, é um apelo que eu faço. Há muita bondade e muitas capacidades entre nós. Há criatividade, fartura de arte, de oração fraterna. Temos muitas idéias e propostas que, se fôssemos mais unidos, poderiam mudar ao menos alguma coisa ao nosso redor. Mas tudo isso não sai de nossa casa, do nosso grupo, do círculo fechado das mesmas pessoas. Quem tem algo bom deve saber doá-lo também aos outros. Deve aprender a caminhar junto com os outros, num intercâmbio de dons; no diálogo, na paciência, na comunhão. Não podemos nos fechar somente no nosso grupo de “amigos”, que pensam como nós, nos agradam e nos fazem sentir bem. Existem também os outros, com e para os quais vale o mesmo. Os dons crescem e se multiplicam quando são trocados. Dando bom exemplo estimulamos os outros. Oferecendo uma boa palavra enriquecemos quem estava precisando. Mas também escutando o que outros dizem e conhecendo o que os outros fazem, aprendemos sempre alguma coisa nova. Ficamos felizes com as coisas boas que sabemos fazer, porém deveríamos também nos alegrar com o bem que outros fazem.
É fácil ser amigo de príncipes para pedir ou exigir; devemos aprender a sermos amigos, também, dos outros mendigos para dar e trocar um pouco do que recebemos. Com certeza descobriremos que todos nós somos mais ricos do que pensávamos e, ao mesmo tempo, sempre tão necessitados de aprender com os outros. Os dons oferecidos enriquecem a todos. Vamos ficar todos príncipes. Mendigo continua sendo aquele que não sabe doar nada, ou pouco demais.

Dom Pedro José Conti

VEM AÍ A FESTA DO ESPÍRITO

Na Liturgia da Missa de hoje, a Igreja continua a ler a Oração Sacerdotal de Jesus, enquanto se prepara para a solenidade de Pentecostes.

Pai santo, eu não te rogo somente por eles, mas também por aqueles que vão crer em mim pela tua palavra; para que todos sejam um como tu, Pai, estás em mim e eu em ti e para que estejam em nós, afim de que o mundo creia que tu me enviaste.
O Espírito que vem é artífice da unidade. Resta-nos deixar que o Espírito trabalhe em nós:

• Ser livre no Espírito Santo é descobrir-se amado por Deus, amado com um amor louco, e assim poder se desarmar, se espoliar, se libertar do ressentimento e do medo e ser capaz de acolher como Deus nos acolhe, de discernir e de servir em todo homem e em toda situação histórica as oportunidades de vida. Importa saber que a liberdade última, aquela que não deixa a história fechar-se sobre si mesma e introduz em seu tecido um rasgão de eternidade é o martírio (testemunho). Este se apresenta sob muitas modalidades, algumas pouco espetaculares, mas totalmente essenciais. Quem aceita morrer para testemunhar que Cristo é o Senhor e não César, ou seja o homem individual ou coletivo, aquele que aceita livremente esta última espoliação para se assemelhar à cruz luminosa, esse é livre no Espírito Santo e prepara a explosão do Espírito e da liberdade, que será o retorno de Cristo na glória, nosso Libertador (Olivier Clément).

• Nunca será possível haver evangelização sem ação do Espírito Santo. Sobre Jesus de Nazaré, esse Espírito desceu no momento do batismo, ao mesmo tempo que a voz do Pai – Este é o meu Filho no qual eu ponho as minhas complacências - manifestava de maneira sensível a eleição e a missão do mesmo Jesus (...). Nós vivemos na Igreja um momento privilegiado do Espírito. Procura-se por toda parte conhecê-lo melhor, tal como a Escritura o revela. De bom grado as pessoas se colocam sob sua moção. Fazem-se assembléias em torno dele. Aspira-se, enfim, a deixar-se conduzir por ele. É um fato que o Espírito de Deus tem um lugar eminente em toda a vida da Igreja: mas é na missão evangelizadora da Igreja que ele mais age. Não foi por puro acaso que o grande impulso em vista da evangelização aconteceu na manhã de Pentecostes, sob a inspiração do Espírito. Pode-se dizer que o Espírito Santo é o agente principal da evangelização: é ele que no mais íntimo das consciências leva a aceitar a Palavra da salvação (Paulo VI, Evangelii nuntiandi, n. 75).


Quem se encontra nas trevas, ao nascer do sol, recebe nos olhos a sua luz começando a enxergar as coisas que até então não via. Assim também, aquele que se tornou digno do Espírito Santo recebe na alma a sua luz e, elevado acima da inteligência humana, começa a ver o que antes ignorava (São Cirilo de Jerusalém).

EVANGELHO DO DIA - João 17,20-26

«Eu não te peço só por estes, mas também por aqueles que vão acreditar em mim por causa da palavra deles, para que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti. E para que também eles estejam em nós, a fim de que o mundo acredite que tu me enviaste. Eu mesmo dei a eles a glória que tu me deste, para que eles sejam um, como nós somos um. Eu neles e tu em mim, para que sejam perfeitos na unidade, e para que o mundo reconheça que tu me enviaste e que os amaste, como amaste a mim. Pai, aqueles que tu me deste, eu quero que eles estejam comigo onde eu estiver, para que eles contemplem a minha glória que tu me deste, pois me amaste antes da criação do mundo. Pai justo, o mundo não te reconheceu, mas eu te reconheci. Estes também reconheceram que tu me enviaste. E eu tornei o teu nome conhecido para eles. E continuarei a torná-lo conhecido, para que o amor com que me amaste esteja neles, e eu mesmo esteja neles.»
PALAVRAS DA SALVAÇÃO - Glória a vós, Senhor