Os textos e fotografias produzidos pela equipe da PASCOM da Paróquia São José – C. dos Dantas podem ser livremente utilizados, mencionando-se o blog http://www.montedogalo2009.blogspot.com/ como fonte

15 de jun. de 2010

ANO DE ELEIÇÕES



A vida é um permanente aprendizado. Aprende-se com todas as coisas e circunstâncias da história. Quando falamos de democracia é a mesma coisa. O povo brasileiro está aprendendo a se comportar de forma democrática. No entanto, a arte de aprender custa, exige esforço, empenho, mudança de comportamentos e atitudes. As transformações exigidas pela democratização nem sempre são fáceis de serem assimiladas. Isso se experimenta no dia-a-dia do exercício da cidadania. É que o ser humano é um ser inacabado, não está pronto. Ele está sempre se aperfeiçoando. A sua insatisfação o faz buscar algo mais e superar-se. Só que às vezes a busca deste algo mais o faz defender aquilo que já conquistou como se fosse o que está faltando. É a dialética do dinamismo humano.
Nos últimos tempos, vislumbramos sinais de aperfeiçoamento da democracia. A Lei 9840, de iniciativa popular, de combate à corrupção eleitoral, cria comitês da sociedade civil organizada para acompanhar o processo eleitoral, envolvendo o Magistério Público, a OAB, Igrejas, Sindicatos, Associações, Clubes de Serviço, Polícia Militar e demais entes da sociedade, visando eleições transparentes e que se evitem crimes eleitorais como compra de votos e formação de “currais eleitorais”. Tais delitos ferem a democracia, pois tiram a faculdade do voto livre, que é essencial para o exercício e para a construção da democracia. Agora, a aprovação do Projeto “Ficha Limpa”, sancionada pelo Presidente, tem um sentido simbólico de indicar à sociedade o caminho a seguir e o poder imenso que está nas mãos do povo. Esta estrada é para ser percorrida pelo povo para aprovar leis outras que venham aprimorar o exercício da cidadania.
Os eleitores devem saber que o seu voto vale muito e não há dinheiro que pague. Um país mais respeitoso dos direitos dos cidadãos é construído por cidadãos conscientes, organizados e participativos. Só se constrói um país justo escolhendo bem seus representantes. Para isso, é necessário conhecer bem os programas de governo dos partidos e os compromissos dos candidatos para com as políticas públicas e com os valores do povo que eles vão representar. Assim, é muito importante que os eleitores reflitam no posicionamento dos candidatos sobre temas importantes, por exemplo: aborto, eutanásia, combate à pobreza, educação, saúde, trabalho, família, etc. Aqueles que são contra estes valores não podem representar o povo e, por isso, não merecem o voto consciente dos eleitores.
A grande maioria dos cristãos e pessoas de bom senso é contra o aborto, contra a candidatura de pessoas sem a ficha limpa e contra o “matrimônio” de parceiros homossexuais. Quem apóia estas coisas está indo contra a vontade da maioria que defende a vida, a transparência na política e a família. Tais candidatos não merecem o voto dos eleitores cristãos e das pessoas de boa vontade. Quem vota em candidato a favor do aborto está votando no aborto, na morte. Quem vota em candidatos com ficha suja não tem compromisso ético com o país. Quem vota em candidatos que aprovam o matrimônio de homossexuais está indo contra a família, colocando no nível desta, possíveis uniões que podem receber outro nome como contrato, parceria, menos matrimônio. As uniões das pessoas do mesmo sexo podem ser reconhecidas pelo Estado para fins de direitos outros, mas não devem confundir isso com matrimônio. Esta concepção não significa homofobia.
Espera-se que nestas eleições o povo avance no exercício da democracia e faça brilhar sinais de esperança. Um país novo está sendo construído. Nele todos colocam as mãos, as vontades, os desejos, os sonhos, os corações e as almas. Os altos e baixos fazem parte do processo. Mas, depois de cada movimento se confirma a certeza de que se caminha na direção certa: um país de todos e para todos.

Dom Manoel Delson Pedreira da Cruz
Bispo Diocesano de Caicó.

SEMPRE DE NOVO O TEMA DO PERDÃO

Os discípulos de Jesus se tornam filhos do Pai do céu na medida em que perdoam... Sabemos como é difícil perdoar... Somente contemplando o amor de Jesus pelos seus inimigos é que podemos começar a nos dispor a viver esse mandamento universal da caridade que nos leva à santidade porque Deus amou e ama a todos.

Peçamos ao bem-aventurado Elredo de Rielvaux, abade, que nos ajude a contemplar o Cristo que ama suspenso no madeiro:

“Nada nos impele tanto ao amor dos inimigos – e é nisso que consiste a perfeição do amor fraterno – do que considerar com gratidão a admirável paciência de Cristo, o mais belo de todos os filhos dos homens (Sl 44,3). Ele apresentou seu rosto cheio de beleza aos ultrajes dos ímpios, deixou-os velar seus olhos que governam o universo com um sinal; expôs seu corpo aos acoites; submeteu às pontadas dos espinhos sua cabeça, que faz tremer os principados e as potestades; entregou-se aos opróbrios e às injúrias; finalmente, suportou com paciência a cruz, os cravos, a lança, o fel e o vinagre, conservando em tudo a doçura, a mansidão e a serenidade.

Depois, como cordeiro levado ao matadouro ou como ovelha diante dos que a tosquiam, ele não abriu a boca (Is 53,7).

Ao ouvir esta palavra admirável, cheia de doçura, cheia de amor e imperturbável serenidade: Pai, perdoa-lhes! (Lc 23,34), quem não abraçaria logo com afeto os seus inimigos? Pai, perdoa-lhes!, disse Jesus. Poderá haver oração que exprima maior mansidão e caridade?

Entretanto, Jesus não se contentou em pedir; quis ainda desculpar, e acrescentou; Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem! (Lc 23,34). São, na verdade, grande pecadores mas não sabem avaliar a gravidade de seu pecado. Por, isso, Pai, perdoa-lhes!

Crucificaram-me mas não sabem a quem crucificaram, porque, se soubessem, não teriam crucificado o Senhor da glória (1Cor 2,8). Por isso, Pai, perdoa-lhes! Julgaram-me um transgressor da lei, um usurpador da divindade, um sedutor do povo. Ocultei-lhes a minha face, não reconheceram a minha majestade. Por isso, Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem!

Por conseguinte, se o homem quer amar-se a si mesmo com amor autêntico, não se deixa corromper por nenhum prazer da carne. Para não sucumbir a esta concupiscência da carne, dirija todo o seu afeto à admirável humanidade do Senhor.

Para encontrar o mais suave repouso nas delícias da caridade fraterna, abrace também com verdadeiro amor os seus inimigos.

Mas, para que esse fogo divino não arrefeça diante das injúrias, contemple sem cessar, com os olhos do coração, a serena paciência de seu amado, Senhor e Salvador”

Fonte: www.franciscanos.org.br

EVANGELHO: Mateus 5,43-48

Jesus disse: «Vocês ouviram o que foi dito: ‘Ame o seu próximo, e odeie o seu inimigo!’ Eu, porém, lhes digo: amem os seus inimigos, e rezem por aqueles que perseguem vocês! Assim vocês se tornarão filhos do Pai que está no céu, porque ele faz o sol nascer sobre maus e bons, e a chuva cair sobre justos e injustos. Pois, se vocês amam somente aqueles que os amam, que recompensa vocês terão? Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa? E se vocês cumprimentam somente seus irmãos, o que é que vocês fazem de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa? Portanto, sejam perfeitos como é perfeito o Pai de vocês que está no céu.»
PALAVRAS DA SALVAÇÃO - Glória a vós, Senhor