Os textos e fotografias produzidos pela equipe da PASCOM da Paróquia São José – C. dos Dantas podem ser livremente utilizados, mencionando-se o blog http://www.montedogalo2009.blogspot.com/ como fonte

5 de jan. de 2010

Bom dia, Senhor!

ORAÇÃO

Senhor, meu primeiro pensamento nesta manhã que começa se dirige para Ti,
que velaste meu sono e assististe o meu despertar.
Tu moras nas alturas e habitas bem no íntimo de minha vida.
E todo esse dia é Teu.
Consagro-Te agora a jornada que começa.
Que meu trabalho seja fecundo
com o orvalho do teu amor e a força da tua benção.
Em vão trabalham os homens se Tu não os ampara.
Permite que eu possa responder claramente a todos
a respeito da esperança que existe em mim.
Que todos aqueles que eu encontrar
possam receber uma palavra amiga de meus lábios,
um gesto acolhedor de minhas mãos
e uma oração sincera do meu coração.
Olha na mesa dos homens pobres,
que possam se alimentar para recuperar as forças
e continuar a caminhada da vida.
Que hoje à noite, eu possa estar novamente Contigo,
na intimidade, como alguém que reencontra um amigo,
para poder dar graças pelo dia que me deste.
Obrigada por mais este dia, Senhor!
(Autor desconhecido)

O caminho da oração

O caminho da oração tem o mesmo comprimento da vida humana, nem mais nem menos. Ora é uma trilha alegre, que corre através dos campos, ora uma tranquila estradinha de roça, sem dificuldade, onde a pessoa pode abandonar-se a reflexões pacíficas, ora um difícil e escarpado caminho, que vai subindo pelos montes, ora um traço que se esgueira entre os rochedos abruptos dos píncaros. Por vezes é como a rua de uma grande cidade, cheia de ruído e distrações, e por vezes como a correnteza subterrânea, que vai por baixo das ruas, e leva para o mar a sujeira e os detritos da vida. Mas é sempre a oração.
Carlo Carreto

REFLEXÃO DO DIA - Terça-Feira 05/01

Quando saiu da barca, Jesus viu uma grande multidão e teve compaixão, porque eles estavam como ovelhas sem pastor. Então começou a ensinar muitas coisas para eles. Quando estava ficando tarde, os discípulos chegaram perto de Jesus e disseram: «Este lugar é deserto e já é tarde. Despede o povo, para que possa ir aos campos e povoados vizinhos comprar alguma coisa para comer.» Mas Jesus respondeu: «Vocês é que têm de lhes dar de comer.» Os discípulos perguntaram: «Devemos gastar meio ano de salário e comprar pão para dar-lhes de comer?» Jesus perguntou: «Quantos pães vocês têm? Vão ver.» Eles foram e responderam: «Cinco pães e dois peixes.» Então Jesus mandou que todos se sentassem na grama verde, formando grupos. E todos se sentaram, formando grupos de cem e de cinqüenta pessoas. Depois Jesus pegou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu, pronunciou a bênção, partiu os pães e ia dando aos discípulos, para que os distribuíssem. Dividiu entre todos também os dois peixes. Todos comeram, ficaram satisfeitos, e recolheram doze cestos cheios de pedaços de pão e também dos peixes. O número dos que comeram os pães era de cinco mil homens. (Mc 6,34-44)
Jesus tem pena da multidão. Ele se vê cercado de tantos estropiados: cegos, famintos, coxos, surdos, uma multidão de pobres. E muitos desses andavam atrás dele, mesmo no deserto, mesmo nas regiões mais inóspitas. Procuravam a cura. O Mestre levanta os olhos e o evangelista faz a seguinte observação: “Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas”.
Ovelhas sem pastor, pessoas sem ninguém para orientá-las de verdade na busca da água, do alimento, pessoas desprotegidas, entregues à própria sorte, cambaleantes, sem nada. Jesus tem compaixão dessa gente toda. E começa a ensinar. Ensina como quem tem sabedoria e não como os mestres que gostam de ouvir o que estão dizendo. Ensina tentando atingir o nó mais íntimo das pessoas.
Aí estão esses todos em nossos tempos: meninos que crescem em famílias esfaceladas, que nunca ouvirem de verdade falar da esperança que se chama Jesus. Aí estão estes todos preocupados com o consumo, com o dinheiro, com o aproveitar a vida, com seus audiofones, mascando chicletes, sem terem um pastor. Ovelhas sem pastor. Essas meninas e esses meninos das periferias candidatos à prostituição, ao comércio dos corpos e ao tráfico. Esses todos são ovelhas sem pastor.
Esses casados que empurram a vida para frente sem entusiasmo, sem compreenderem o sentido do matrimônio, sem se amarem como Cristo amou a Igreja. Ovelhas sem pastor. Esses tantos que se preparam para o batismo num cursinho de um dia... sem convicção, sem pertencerem a Cristo e a uma comunidade de fé. Todos esses ovelhas sem pastor. Quem vai cuidar deles?
Os que estavam no deserto atrás de Jesus precisavam comer. Conhecemos a lição do evangelho. Com o pouco que se tem se pode fazer o muito. Cinco pães e dois peixes não são suficientes para nada. O pouco que se tinha foi colocado junto e o olhar do Mestre atinge os céus e o pão e o peixe são largamente suficientes para todos. E ainda sobraram doze cestos de pães e de peixes. Pais e mães de família precisam partilhar a vida, ensinar, estar perto dos filhos, fazer-lhes o dom do tempo. Não se pode reclamar dos casamentos quando os bons não se dedicam a uma nova pastoral. Quando não há partilha do pouco que se tem. É evidente que a lição da conhecida multiplicação dos pães,“Jesus continua a ser “pão vivo” para a vida do mundo; a nós compete empenharmo-nos para que seja dado a todos, no dom material (alimento para o corpo) e no espiritual (Eucaristia). Em muitos casos o caminho do evangelizador parte da humanização e da libertação do pobres” (Missal Cotidiano da Paulus, p. 149).