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2 de fev. de 2010

QUANDO A LUZ INVADE A VIDA

REFLEXÃO DO EVANGELHO: Lucas 2,22-32

Lá vinham eles: Maria, José e o Menino enrolado em muitos panos. Caminhavam de pé no chão. Vinham cumprir um rito religioso. Todo primogênito do sexo masculino devia ser consagrado ao Senhor. Os pobres traziam uma oferenda ao templo: um par de rolas ou dois pombinhos. E pais piedosos mostravam a Deus o menino que lhes tinha sido dado. A festa da entrega. O que de graça receberam, de graça ofereciam. Quem dera pudéssemos ouvir as batidas do coração dessa Maria da Luz, Senhora da Candelária na apresentação do Menino no templo.
E o ancião, cheio de anos, ancião justo e piedoso, aquele que esperava a consolação de Israel, lá estava, às portas do templo. Ele sabia, por inspiração do Espírito, que não haveria de morrer sem ver o Messias.... A mãe do menino desenrola a criança e o ancião, de olhos arregalados, exclama: “Agora posso ir embora... Meus olhos estão vendo o prometido das nações. Posso ir em paz porque minha vida chegou à plenitude. Pude encontrar aquele que, pelo desejo, já habitava minhas entranhas. Meus olhos viram a salvação preparada pelos profetas, há muitos anos, agora concretizado no rosto desse menino”.
Essa criança era a luz que devia iluminar a todos. A luz invadia sua vida. Esta passagem da Escritura tem ainda um gosto de natal, de presépio, das coisas simples da encarnação.
Maria, tão jovem e seu companheiro José ficaram admirados das coisas que se diziam a respeito dele...
Festa da luz, da entrada da luz no templo, da chegada daquele que veio para iluminar as trevas do mundo...
E, de repente, alguma coisa estranha é dita... Esse menino será ponto de contradição. Uns o amarão e outros o rejeitarão... Bem provavelmente Maria não entendeu o que lhe dissera o ancião das barbas brancas: ... uma espada te traspassará a alma... Só mais tarde aos pés da cruz, essa mulher gigante enterrará seus dedos no madeiro da cruz e morrerá a morte com morte do filho... uma espada lhe atravessará o coração...
Depois de cumprirem tudo, os pais e o menino voltaram para Nazaré para ali viver o tempo do escondimento. O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele.
A luz do rosto do Menino que iluminou as rugas e a velhice de Simeão depois brilharia na manhã da ressurreição e chegaria até nosso rosto, nós, pobres seres, mas banhados da luz da páscoa.... Mas isso é para frente...

EVANGELHO DO DIA - Lucas 2,22-32

Terminados os dias da purificação deles, conforme a Lei de Moisés, levaram o menino para Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor, conforme está escrito na Lei do Senhor: «Todo primogênito de sexo masculino será consagrado ao Senhor.» Foram também para oferecer em sacrifício um par de rolas ou dois pombinhos, conforme ordena a Lei do Senhor.
Havia em Jerusalém um homem chamado Simeão. Era justo e piedoso. Esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava com ele. O Espírito Santo tinha revelado a Simeão que ele não morreria sem primeiro ver o Messias prometido pelo Senhor. Movido pelo Espírito, Simeão foi ao Templo. Quando os pais levaram o menino Jesus, para cumprirem as prescrições da Lei a respeito dele, Simeão tomou o menino nos braços, e louvou a Deus, dizendo:
«Agora, Senhor, conforme a tua promessa,
podes deixar o teu servo partir em paz.
Porque meus olhos viram a tua salvação,
que preparaste diante de todos os povos:
luz para iluminar as nações e glória do teu povo, Israel.»