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23 de jan. de 2010

Itaici: encontro reunirá 528 padres de todo o brasil

Expectativa no Brasil pelo 13º Encontro Nacional de Presbíteros (ENP) marcado para os dias 3 a 9 de fevereiro, em Itaici, município de Indaiatuba (SP), e que reunirá mais de 500 sacerdotes dos 17 regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Este ano o encontro será especial, por estar comemorando os 25 anos do primeiro ENP. O tema discutido será o “Ano Sacerdotal”, que teve início em junho do ano passado.
Ao todo, estão inscritos para o encontro 528 presbíteros de todo o país. O evento contará ainda com 39 convidados, de organismos e assessores da CNBB. Padre João Paulo, Administrador Paroquial de nossa paróquia, também estará participando do encontro.
Segundo o assessor da Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, da CNBB, Padre Reginaldo de Lima, no 13º ENP, os participantes vão rever os temas estudados e refletidos ao longo destes 25 anos, e debaterão tópicos transversais acompanhados de reflexão sobre o presbítero.
O Encontro Nacional dos Presbíteros realizou-se pela primeira vez em 1985. O evento foi criado a partir de um anseio dos presbíteros em terem um espaço de reflexão, oração e troca de experiências.
Os quatro primeiros Encontros Nacionais de Presbíteros, de 1985 a 1992, giraram em torno do tema da pessoa do presbítero, olhando para o aspecto da sua vida e do seu ministério. Do quinto ao décimo, de 1994 a 2004, a temática girou em torno da missão do presbítero em relação ao mundo, com temas como: O presbítero e a globalização; O presbítero e a ação missionária; Presbítero: pessoa e missão, entre outros. Nos últimos dois eventos retomou-se, novamente, a atenção para a vida e o ministério dos presbíteros. (CNBB - CM)

ELE PARECIA ESTAR FORA DE SI

REFLEXÃO DO EVANGELHO - Marcos 3,20-21


Um sentimento que parece ter acompanhado Jesus ao longo de sua vida foi o de uma certa solidão. Muitas vezes não sendo compreendido, vivia essa experiência de não comunhão com os que o cercavam. Entendamo-nos bem. Jesus estava sempre em comunhão com o Pai. Tinha certeza de sua presença e proximidade. Esta nunca foi rompida. Algumas pessoas que ouviam o Mestre da Galiléia tinham dificuldade em compreender a sua identidade e não acolhiam sem mais suas posturas. Os evangelhos estão perpassados de reações hostis. Estas partem, de modo particular, dos “religiosos” da época, desses fariseus tão desejosos de serem fiéis à lei e, ao mesmo tempo, tão endurecidos de coração. Se de um lado as multidões não davam descanso a Jesus, depois de toda agitação, todos iam embora e Jesus ficava sozinho tendo ainda que “administrar” as perplexidades do coração de seus discípulos, tão tardos para crer. Jesus é, certamente, alguém que não consegue sempre interlocutores capazes de entendê-lo. Tem, é verdade, alguns amigos. Entre esses Marta, Maria e Lázaro. Chega mesmo a chorar diante do túmulo deste último. Algumas vezes, é verdade, umas poucas vezes, os evangelhos dizem que alguns dos miraculados passaram a seguir Jesus. Talvez estes, por gratidão e graça, tenham compreendido melhor o Mestre e criaram com ele comunhão.
A solidão acompanha a muitos. O sacerdote, muitas vezes imbuído das melhores intenções, não é compreendido. É taxado de radical, de “mandão”, de ditador. Depois de acompanhar pastoralmente a pessoas e grupos ele se dá conta que uns e outros desapareceram.
Ou estes estão pregando em outras plagas ou descobriram o encanto de grupamentos religiosos marcados pelo “emocionalismo”. Solidão... Vejo Jesus suspenso entre o céu e a terra. Aos pés da cruz Maria, sua mãe e o discípulo amado. Com o olhar turvo pelo sangue e suor Jesus se remexe na cruz, sente-se só. Onde estão todos aqueles que haviam escutado sua palavra, que foram arrancados das trevas e levados à luz? Onde estão aqueles que de paralíticos se transformaram em caminhantes lépidos, esses surdos que ouvem tudo, mas agora não escutam os suspiros doloridos daquele que morre na cruz. E mesmo o Pai parece tê-lo abandonado. “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”A solidão acompanha o casal que não consegue sempre exprimir nos gestos e nas palavras aquilo que existe no fundo de seus corações. Solidão dos pais diante de posturas desconcertantes de seus filhos, discípulos da sociedade do egoísmo, do individualismo e do consumismo. Que fazer? Solidão dos cristãos conscientes de seu pecado, da fragilidade de suas vidas, que clamam ao Senhor, que sabem poder contar com sua força, mas que se sentem sós.Jesus não teve apenas a oposição de gente de fora. As poucas linhas do texto de hoje nos falam da resistência de sua parentela. À porta da casa de Jesus, uma multidão. Uma loucura. Ele parecia louco. Quando os parentes souberam disso saíram para agarrá-lo porque diziam que estava “fora de si”.

EVANGELHO DO DIA - Marcos 3,20-21

Jesus foi para casa, e de novo se reuniu tanta gente que eles não podiam comer nem sequer um pedaço de pão. Quando souberam disso, os parentes de Jesus foram segurá-lo, porque eles mesmos estavam dizendo que Jesus tinha ficado louco.