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22 de mai. de 2010

Santa Rita de Cássia

Hoje, 22 de maio, a Igreja celebra o Dia de Santa Rita de Cássia. Aqui em Carnaúba dos Dantas/RN, às 18h30min, estaremos saindo em procissão até o Santuário de Santa Rita de Cássia, onde lá será celebrada a Missa de encerramento do tríduo festivo, com a bênção das rosas.


Rita nasceu no ano de 1381, na província de Umbria, Itália, exatamente na cidade de Cássia. Rita, ainda na infância, manifestou sua vocação religiosa. Diferenciando-se das outras crianças, ao invés de brincar e aprontar as peraltices da idade, preferia ficar isolada em seu quarto, rezando.
Para atender aos desejos de seus pais já idosos, Rita casou-se com um homem de nome Paulo Ferdinando, que, a princípio, parecia ser bom e responsável. Mas, com o passar do tempo, mostrou um caráter rude, tornando-se violento e agressivo. A tudo ela suportava com paciência e oração. Tinha certeza de que a penitência e a abnegação conseguiriam convertê-lo aos preceitos de amor a Cristo. Um dia, Paulo, finalmente, se converteu sinceramente, tornando-se bom marido e pai. Entretanto suas atitudes passadas deixaram um rastro de inimizades, que culminaram com seu assassinato, trazendo grande dor e sofrimento ao coração de Rita.
Dedicou-se, então, aos dois filhos ainda pequenos, que na adolescência descobriram a verdadeira causa da morte do pai e resolveram vingá-lo, quando adultos. Rita tentou, em vão, impedir essa vingança. Desse modo, pediu a interferência de Deus para tirar tal idéia da cabeça dos filhos e que, se isso não fosse possível, os levasse para junto dele. Assim foi. Em menos de um ano, os dois filhos de Rita morreram, sem concretizar a vingança.
Rita ficou sozinha no mundo e decidiu dar um novo rumo à sua vida. Determinada, resolveu seguir a vocação revelada ainda na infância: tornar-se monja agostiniana. As duas primeiras investidas para ingressar na Ordem foram mal-sucedidas. Segundo a tradição, ela pediu de forma tão fervorosa a intervenção da graça divina que os seus santos de devoção, Agostinho, João Batista e Nicolau, apareceram e a conduziram para dentro dos portões do convento das monjas agostinianas. A partir desse milagre ela foi aceita.
Ela se entregou, completamente, a uma vida de orações e penitências, com humildade e obediência total às regras agostinianas. Sua fé era tão intensa que na sua testa apareceu um espinho da coroa de Cristo, estigma que a acompanhou durante quatorze anos, mantido até o fim da vida em silencioso sofrimento dedicado à salvação da humanidade.
Rita morreu em 1457, aos setenta e seis anos, em Cássia. Sua fama de santidade atravessou os muros do convento e muitos milagres foram atribuídos à sua intercessão. Sua canonização foi assinada pelo papa Leão XIII em 1900.
A vida de santa Rita de Cássia foi uma das mais sofridas na história da Igreja católica, por esse motivo os fiéis a consideram a "santa das causas impossíveis". O seu culto é celebrado em todo o mundo cristão, sendo festejada no dia 22 de maio, tanto na Igreja do Ocidente como na do Oriente.

AMANHÃ É A SOLENIDADE DE PENTECOSTES

Jesus fez ainda muitas outras coisas, mas, se fossem escritas todas, penso que não caberiam nos mundo os livros que deveriam ser escritos.

Este é o final do quarto evangelho que é lido na véspera da Solenidade de Pentecostes.

Sirva-nos de preparação para a solenidade as reflexões de Enzo Bianchi:

Reunião dos filhos de Deus dispersos, antiBabel, a festa de Pentecostes é o começo dos últimos tempos da Igreja. Em Babel produziu-se a confusão das línguas e a tentativa de reunir o céu à terra pela construção de uma torre que subiria ao céu. Em Pentecostes produz-se o milagre das línguas entendidas e compreendidas por todos, e é o Espírito que desce para colocar Deus e os homens em comunicação, em comunhão. É o milagre da compreensão reencontrada numa única palavra. Sim, as línguas dos homens permanecem diferentes. Essa pluralidade de línguas, de culturas, de histórias não se confundiu. Mas o Espírito Santo criou uma unidade articulada, plural: o único corpo do Senhor que é a Igreja, se compõe de numerosos dons e de numerosos membros. A diversidade deve subsistir sem anular a unidade. A unidade deve se afirmar sem suprimir a multiplicidade.

O milagre das línguas suscitado pelo Espírito indica à Igreja sua tarefa de conciliar a unidade da Palavra de Deus com a multiplicidade dos modos segundo os quais deve ser vivida e anunciada na única comunidade dos fiéis e entre todos os povos.

Desse modo, a Igreja não procurará impor-se por uma linguagem própria, mas introduzir-se-á nas linguagens dos outros homens para anunciar as maravilhas de Deus em suas formas próprias e modalidades de compreensão.

O Espírito derramado em Pentecostes compromete a Igreja ainda hoje, a criar caminhos e a inventar maneiras de ser que façam da alteridade motivo não de conflito e de inimizade, mas de comunhão. Assim, a Igreja e toda a comunidade cristã poderão ser sinal do Reino universal que virá e ao qual é chamada a humanidade inteira através ( e não apesar) de diferenças que a permeiam. Tudo isso afina a sensibilidade que os cristãos devem manifestar para o ecumenismo e o diálogo com as outras religiões. A consciência as raízes judaicas da fé cristã, da judaicidade perene de Jesus, de Israel como Povo da Aliança nunca cancelada e, ao mesmo tempo, a consciência da destinação universal da salvação cristã, da multiplicidade dos povos e das culturas em que o Evangelho deve ser semeado deveriam fazer parte da bagagem de todo cristão adulto. Igualmente, a certeza de que o ecumenismo é um elemento constitutivo da fé do batizado deveria também estar incluída. O cristão é chamado, como discípulo, a orar e agir para suprimir o escândalo da divisão entre os cristãos.


Enzo Bianchi, Dar sentido ao tempo (As grandes festas cristãs), Ed. Loyola, São Paulo, 2007, p. 87-88.

EVANGELHO DO DIA - João 7,37-39

No último dia da festa, que é o mais solene, Jesus ficou de pé e gritou: «Se alguém tem sede, venha a mim, e aquele que acredita em mim, beba. É como diz a Escritura: ‘Do seu seio jorrarão rios de água viva’.» Jesus disse isso, referindo-se ao Espírito que deveriam receber os que acreditassem nele. De fato, ainda não havia Espírito, porque Jesus ainda não tinha sido glorificado.
PALAVRA DA SALVAÇÃO - Glória a vós, Senhor