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18 de mar. de 2010

OS QUE DÃO TESTEMUNHO DE JESUS

REFLEXÃO DO EVANGELHO


Estamos vivendo o tempo da quaresma e nos aproximamos da semana das semanas, em que o Filho do Homem será entregue. Os textos de João nos mostram um Jesus que vai enfrentando um processo. Tudo haverá de desembocar no desfecho final diante de Pilatos e no endurecimento do coração dos circunstantes.
No trecho deste dia o Mestre apresenta sua defesa. Jesus não dá testemunho de si. Outros o fazem. Primeiro foi João, o Batista: ele deu testemunho da verdade de Jesus. Apontou-o como aquele que era maior, para o qual ele, João, viera preparar os caminhos. O próprio Batista havia desaparecido para que ele, o Messias, o que devia vir, pudesse crescer. O filho da velhice de Zacarias deu seu testemunho e desapareceu da cena. “Eis aí o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo”.
Jesus tem um testemunho maior: as obras que o Pai mandou que ele realizasse. “As obras que eu faço dão testemunho de mim, mostrando que o Pai me enviou”. Os que se abrem à verdade são trabalhados pelo Pai e o Pai os leva a compreender a beleza de Jesus. E dirigindo-se aos de coração endurecido: “Vós nunca ouvistes sua voz nem vistes sua face e sua palavra não encontrou morada em vós, não acreditais naquele que ele enviou”.
Estamos diante das trevas que impedem a fé. Não são elas que vão condenar a Verdade?
João, o evangelista, lembra ainda que as Escrituras dão testemunho de Cristo. Mas nem todos que as ouvem conseguem ir além da materialidade do escrito e não vislumbram o Cristo presente desde as primeiras páginas das Escrituras.
O Missal Cotidiano da Paulus completa nossa reflexão: “Os testemunhos, porém, não podem adquirir seu peso se não forem percebidos em sua realidade profunda. Os opositores de Jesus não quiseram ouvir a voz do Pai na de Jesus, nem ver sua face, nem captar sua presença nas curas. Eles procuram a vida e recusam recebê-la de quem lhe deve dar (...) Ainda hoje não faltam testemunhos sobre Jesus. Um deles é o que dá a Igreja. Entretanto, pode-se ser incapaz de sentir nela a voz de Jesus, de ver em suas obras de Jesus. Na Escritura é possível perder-se alguém em questões secundárias que não levam à descoberta da vida. Nos sacramentos podem-se ver apenas os ritos, perdendo-se o acontecimento cujo protagonista é sempre Cristo. Em nossos irmãos, sobretudo os mais pobres, pode-se também deixar de descobrir a face de Deus” (p. 274).

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