Os textos e fotografias produzidos pela equipe da PASCOM da Paróquia São José – C. dos Dantas podem ser livremente utilizados, mencionando-se o blog http://www.montedogalo2009.blogspot.com/ como fonte

8 de mar. de 2010

EVANGELHO DO DIA: Lucas 4,24-30

E Jesus acrescentou: «Eu garanto a vocês: nenhum profeta é bem recebido em sua pátria. De fato, eu lhes digo que havia muitas viúvas em Israel, no tempo do profeta Elias, quando não vinha chuva do céu durante três anos e seis meses, e houve grande fome em toda a região. No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, e sim a uma viúva estrangeira, que vivia em Sarepta, na Sidônia. Havia também muitos leprosos em Israel no tempo do profeta Eliseu. Apesar disso, nenhum deles foi curado, a não ser o estrangeiro Naamã, que era sírio.» Quando ouviram essas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. Levantaram-se, e expulsaram Jesus da cidade. E o levaram até o alto do monte, sobre o qual a cidade estava construída, com intenção de lançá-lo no precipício. Mas Jesus, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho.

7 de mar. de 2010

Terceira Semana da Quaresma

Como a corça anseia pelas águas vivas,
assim minha alma suspira por vós,
ó meu Deus.
(Salmo 41)

Todos os acontecimentos da vida são portadores de um convite à conversão. Com os Bispos da Conferência de Aparecida aprendemos a nos aproximar de Cristo Salvador e assumir o compromisso missionário de oferecer oque temos de mehor a todas as pessoas, a Boa-Nova do Evangelho.
O Senhor nos disse: "não tenham medo" (Mt 28,5). Como às mulheres na manhã da Ressurreição nos é repetido: "Por que buscam entre os mortos aquele que está vivo?" (Lc 24,5). Os sinais da vitória de Cristo ressuscitado nos estimulam enquanto suplicamos a graça da conversão e mantemos viva a esperança que não defrauda. O que nos define não são as circunstâncias dramáticas da vida, nem os desafios da sociedade ou as tarefas que devemos empreender, mas todo o amor recebido do Pai, graças a Jesus Cristo pela unção do Espírito Santo. Esta prioridade fundamental é a que tem presidido todos os nossos trabalhos que oferecemos a Deus, à nossa Igreja, a nosso povo, a cada um dos latino-americanos, enquanto elevamos ao Espírito Santo nossa súplica para que redescubramos a beleza e a alegria de ser cristãos. Aqui está o desafio fundamental que contrapomos: mostrar a capacidade da Igreja de promover e formar discípulos que respondam à vocação recebida e comuniquem em todas as partes, transbordando de gratidão e alegria, o dom do encontro com Jesus Cristo. Não temos outro tesouro a não ser este. Não temos outra felicidade nem outra prioridade que não seja sermos instrumentos do Espírito de Deus na Igreja, para que Jesus Cristo seja encontrado, seguido, amado, adorado, anunciado e comunicado a todos, não obstante todas as dificuldades e resistências. Este é o melhor serviço - seu serviço! - que a Igreja tem que oferecer às pessoas e nações. Nesta hora em que renovamos a esperança, queremos fazer nossas as palavras de Bento XVI no início de seu Pontificado, fazendo eco a seu predecessor, o Servo de Deus, João Paulo II, e proclamá-las para toda a América Latina: "Não temam! Abram, abram de par em par as portas a Cristo!... quem deixa Cristo entrar não perde nada, nada - absolutamente nada - do que faz a vida livre, bela e grande. Não! Só com esta amizade abrem-se realmente as grandes potencialidades da condição humana. Só com esta amizade experimentamos o que é belo e o que nos liberta... Não tenham medo de Cristo! Ele não tira nada e nos dá tudo. Quem se dá a Ele recebe cem por um. Sim, abram, abram de para em par as portas a Cristo e encontrarão a verdadeira vida. (DA 14,15)



Proposta para jejum nesta 3ª semana da Quaresma: Aproveitando o convite insistente à conversão feito pela Liturgia do Terceiro Domingo da Quaresma, procure remover as "tralhas" guardadas em seu coração, como ressentimentos, ciúmes, julgamentos, preconceitos, que se foram acumulando. É uma "operação limpeza".

Do Livro "Tenho Sede: Retiro Popular 2010", de Dom Alberto Taveira

Deus é fogo, mas tem paciência

REFLEXÃO DA LITURGIA


Depois dos episódios da tentação e da transfiguração nos dois primeiros domingos da Quaresma, a liturgia nos propõe o tema da conversão. Nos anos A e B, os enfoques de domingo foram, espectivamente, a catequese batismal e o cristocentrismo. No ano C, o evangelho realça
especificamente a graça. Lc é o evangelho da graça, dos pobres e dos pecadores. Para receber a graça que nos renova devemos estar conscientes de sermos pecadores (cf. os próximos domingos). Porém, ao mesmo tempo que nos conscientizamos de nosso pecado, devemos ter diante dos olhos a perspectiva da graça e do perdão de Deus, nosso Pai.
A 1ª leitura nos coloca em espírito de "temor do Senhor". Assistimos à grandiosa revelação de Deus a Moisés, na sarça ardente. Deus está em fogo inacessível. Deus devora quem dele se aproxima. "Tira tuas sandálias: o chão em que estás é santo!" (Ex 3,5). Deus está em ardor, porque viu a miséria de seu povo e ouviu seu clamor. Moisés será seu enviado para revelar a Israel sua libertação e ao Faraó a cólera do Senhor. E em nome de quem deverá falar? No nome de "Eu estou aí" (= "Pode contar comigo!") (3,15).
Deus está aí, com seu poder e sua fidelidade, mas também com sua justiça: na 2ª leitura, Paulo nos ensina a "lição da história" de Israel. Eles tinham a promessa, os privilégios, a proteção de Deus. Todos os israelitas experimentaram, no deserto, a mão de Deus que os conduzia. Todos foram saciados com o alimento celestial e aliviaram-se na água do rochedo (que significa o Messias). Contudo, a maioria deles, por causa de sua dureza de coração, foram rejeitados por Deus (cf. Nm 17,14). Com vistas ao fim dos tempos e ao Juízo, Paulo avisa seus leitores para que aprendam a lição (1Cor 10,1-6).
Lc 13,1-5 é, se possível, mais explícito ainda. Dentro da concepção mágica de que as catástrofes são castigos de Deus, os judeus perguntaram a Jesus que mal fizeram os galileus cujo sangue Pilatos misturou com o de suas vítimas, quando foram apresentar sua oferta no templo de Jerusalém; ou as dezoito pessoas que morreram porque caiu sobre elas a torre de Siloé. Jesus responde: "A questão não é saber que mal fizeram eles; a questão é que vocês mesmos não se devem considerar isentos de castigo, por serem bons judeus; digo-lhes: se vocês não se converterem, conhecerão a mesma sorte!"
As catástrofes não são castigos, mas lembretes! E não adianta pertencer ao grupo dos "eleitos" - os judeus no deserto, os fariseus do tempo de Jesus, ou os "bons cristãos" hoje. O negócio é converter-se! Pois cada um descobre algo a endireitar, quando se coloca diante da face de Deus. Ou melhor, em tudo o que fazemos e somos, mesmo em nossas ações e atitudes mais dignas de louvor, descobrimos os traços de nosso egoísmo e falta de amor, quando nos expomos à luz da "sarça ardente". Só Deus é santo.
Por isso, todos nós devemos converter-nos, sempre.
Se, até agora, a liturgia nos inspirou o temor do Senhor, o último trecho do evangelho nos traz a mensagem, tão característica de Lc, da misericórdia de Deus (cf. salmo responsorial), que se mostra em forma de paciência (nos próximos domingos, em forma de perdão). A árvore infrutífera pode ficar mais um ano, pois talvez ela se converta ainda! Mas, algum ano será o último ...


Do livro "Liturgia Dominical", de Johan Konings, SJ, Editora Vozes

3º DOMINGO DA QUARESMA



EVANGELHO: Lucas 13,1-9

Nesse tempo, chegaram algumas pessoas levando notícias a Jesus sobre os galileus que Pilatos tinha matado, enquanto ofereciam sacrifícios. Jesus respondeu-lhes: «Pensam vocês que esses galileus, por terem sofrido tal sorte, eram mais pecadores do que todos os outros galileus? De modo algum, lhes digo eu. E se vocês não se converterem, vão morrer todos do mesmo modo. E aqueles dezoito que morreram quando a torre de Siloé caiu em cima deles? Pensam vocês que eram mais culpados do que todos os outros moradores de Jerusalém? De modo algum, lhes digo eu. E se vocês não se converterem, vão morrer todos do mesmo modo.» Então Jesus contou esta parábola: «Certo homem tinha uma figueira plantada no meio da vinha. Foi até ela procurar figos, e não encontrou. Então disse ao agricultor: ‘Olhe! Hoje faz três anos que venho buscar figos nesta figueira, e não encontro nada! Corte-a. Ela só fica aí esgotando a terra’. Mas o agricultor respondeu: ‘Senhor, deixa a figueira ainda este ano. Vou cavar em volta dela e pôr adubo. Quem sabe, no futuro ela dará fruto! Se não der, então a cortarás’.»

6 de mar. de 2010

XIII CAMINHADA JOVEM DIOCESANA


Tendo em vista que a prioridade pastoral da Diocese de Caicó em 2010 é a Juventude, há toda uma expectativa em colher frutos de formação, missão e crescimento, indo para águas mais profundas, avançando a passos largos na vontade de Deus.
Na abertura do Ano dedicado a Juventude, que tem como tema: "Jovem, levanta-te!” , realizaremos a XXIII Caminhada Jovem, no dia 07 de março de 2010, na cidade de Lagoa Nova.

PROGRAMAÇÃO DA XIII CAMINHADA JOVEM

Data : 07 de março de 2010.
Local: Lagoa Nova(Saindo do posto RM para a feira coberta- 2km de percurso).
Tema da Caminhada: “Chega de violência e extermínio de jovens.” (Campanha Nacional Contra a Violência e o Extermínio de Jovens).
-16:00h – Concentração no Posto RM;
-Abertura;
-Palavra de acolhida de Pe. Héliton e Pe. Rivaldo;
-Momento oracional breve preparando para a missa;
-Missa presidida pelo nosso Bispo Diocesano Dom Manoel Delson Pedreira da Cruz, OFMCap (No posto RM);
-Após a missa Arrastão com Cavaleiros de Cristo e Pe. Héliton;
-Ao chegar na feira coberta será servido o lanche;
-Durante o lanche Cristoteca com DJ Rômulo de Currais Novos;
-Encerramento com Show Católico :Pe. Héliton.

Os jovens interessados em participar da XIII Caminhada Jovem Diocesana devem procurar os jovens Joelson ou Geysa para obterem mais informações.

O PAI QUE NÃO DEIXAVA A SOLEIRA DA PORTA

REFLEXÃO DO EVANGELHO

Desde a nossa mais tenra infância as palavras da parábola dita do filho pródigo ressoam fortemente em nosso interior. As celebrações comunitárias da penitência se servem dela para levar os penitentes ao arrependimento e à contrição. Hoje, no entanto, muitos preferem designá-la de parábola do pai das misericórdias. A impressão que se tem é que Jesus aponta para uma qualidade fundamental do Pai: aquele que acolhe com misericórdia. Com efeito, assim a parábola deve ser entendida. O pai espera na soleira da porta o retorno do filho para abraçá-lo. Não são descritos os sentimentos do coração dão pai.. Alguns de seus gestos e palavras revelam um pouco do abismo de misericórdia que é o seu coração.
Ele, o pródigo, de fato, tinha partido para terras estranhas. Queria viver a vida, sorver todos os goles da novidade das coisas diferentes para inebriar-se. Talvez tivesse pensado que aquela vidinha ali, perto do pai, do irmão tão certinho, não valesse muito. Deveria haver horizontes novos e perspectivas diferentes de vida. Ele queria ser dono de seu nariz e caminhar em frente, sempre em frente...Conheceu imensa degradação. Percorreu caminhos que nunca imaginara. Sentiu-se profundamente perdido. Num determinado momento toma a decisão de voltar.
Não quer privilégios. Para ele basta o último lugar, ser um empregado na casa do Pai onde antes ele era herdeiro. Assim, porque ali os empregados tinham comida decente e não precisavam da lavagem dada aos porcos... O pai ficava na soleira da porta, esperando... Havia dentro de seu coração um desejo de acolher, de manifestar misericórdia e de fazer festa. O pai que circula pelo pátio da casa é o mesmo do salmo: “O Senhor é ternura e piedade, lento para a cólera e cheio de amor (...) Não nos trata como exigem nossas faltas, nem nos pune em proporção às nossas culpas. Quanto os céus por sobre a terra se elevam, tanto é grande o seu amor aos que o temem;quanto dista o nascente do poente, tanto afasta para longe nossos crimes. Como um pai se compadece de seus filhos, o Senhor tem compaixão dos que o temem” (Sl 102, 8-14).
O filho que volta pedia somente o último dos lugares na casa do pai. Mas o pai não sabia o que fazer quando o viu de volta. Não deixou que o rapaz pronunciasse o discurso que havia preparado. Festa, anel, roupa branca, musica alegria... O rapaz que tinha ficado em casa é a encarnação do legalismo. Representa fariseus e escribas que recusaram a misericórdia. Ao contar esta história Jesus pensava em si mesmo, ele que estava sendo rejeitado ao ser o veículo da misericórdia do Pai.

EVANGELHO DO DIA: Lucas 15,1-3.11-32

Todos os cobradores de impostos e pecadores se aproximavam de Jesus para o escutar. Mas os fariseus e os doutores da Lei criticavam a Jesus, dizendo: «Esse homem acolhe pecadores, e come com eles!» Então Jesus contou-lhes esta parábola: «Um homem tinha dois filhos. O filho mais novo disse ao pai: ‘Pai, me dá a parte da herança que me cabe’. E o pai dividiu os bens entre eles. Poucos dias depois, o filho mais novo juntou o que era seu, e partiu para um lugar distante. E aí esbanjou tudo numa vida desenfreada. Quando tinha gasto tudo o que possuía, houve uma grande fome nessa região, e ele começou a passar necessidade. Então foi pedir trabalho a um homem do lugar, que o mandou para a roça, cuidar dos porcos. O rapaz queria matar a fome com a lavagem que os porcos comiam, mas nem isso lhe davam. Então, caindo em si, disse: ‘Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome... Vou me levantar, e vou encontrar meu pai, e dizer a ele: - Pai, pequei contra Deus e contra ti; já não mereço que me chamem teu filho. Trata-me como um dos teus empregados’. Então se levantou, e foi ao encontro do pai.
Quando ainda estava longe, o pai o avistou, e teve compaixão. Saiu correndo, o abraçou, e o cobriu de beijos. Então o filho disse: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti; já não mereço que me chamem teu filho’. Mas o pai disse aos empregados: ‘Depressa, tragam a melhor túnica para vestir meu filho. E coloquem um anel no seu dedo e sandálias nos pés. Peguem o novilho gordo e o matem. Vamos fazer um banquete. Porque este meu filho estava morto, e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado’. E começaram a festa.

25 O filho mais velho estava na roça. Ao voltar, já perto de casa, ouviu música e barulho de dança. 26 Então chamou um dos criados, e perguntou o que estava acontecendo. 27 O criado respondeu: ‘É seu irmão que voltou. E seu pai, porque o recuperou são e salvo, matou o novilho gordo’. 28 Então, o irmão ficou com raiva, e não queria entrar. O pai, saindo, insistia com ele. 29 Mas ele respondeu ao pai: ‘Eu trabalho para ti há tantos anos, jamais desobedeci a qualquer ordem tua; e nunca me deste um cabrito para eu festejar com meus amigos. 30 Quando chegou esse teu filho, que devorou teus bens com prostitutas, matas para ele o novilho gordo!’ 31 Então o pai lhe disse: ‘Filho, você está sempre comigo, e tudo o que é meu é seu. 32 Mas, era preciso festejar e nos alegrar, porque esse seu irmão estava morto, e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado’.»

* 15,1-2: O capítulo 15 de Lucas é o coração de todo o Evangelho (= Boa Notícia). Aí vemos que o amor do Pai é o fundamento da atitude de Jesus diante dos homens. Respondendo à crítica daqueles que se consideram justos, cheios de méritos, e se escandalizam da solidariedade para com os pecadores, Jesus narra três parábolas. A primeira e a segunda mostram a atitude de Deus em Jesus, questionando a hipocrisia dos homens. A terceira tem dois aspectos: o processo de conversão do pecador e o problema do «justo» que resiste ao amor do Pai.

* 11-32: O processo de conversão começa com a tomada de consciência: o filho mais novo sente-se perdido econômica e moralmente. A acolhida do pai e as medidas tomadas mostram não só o perdão, mas também o restabelecimento da dignidade de filho. O filho mais velho é justo e perseverante, mas é incapaz de aceitar a volta do irmão e o amor do pai que o acolheu. Recusa-se a participar da alegria. Com esta parábola, Jesus faz apelo supremo para que os doutores da Lei e os fariseus aceitem partilhar da alegria de Deus pela volta dos pecadores à dignidade da vida.