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3 de mar. de 2010

O SERVO HUMILDE QUE MORRERÁ SERÁ EXEMPLO DE SERVIÇO HUMILDE

REFLEXÃO DO EVANGELHO

Jesus sobe a Jerusalém. Lá vai sofrer e morrer. E as pessoas que o cercam andam preocupadas demais com honrarias. A mãe dos filhos de Zebedeu quer que João e Tiago, no reino definitivo, se assentem à esquerda e à direita de Jesus. Jesus não da uma resposta conclusiva. Lembra simplesmente que o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida como resgate em favor de muitos.
São Basílio de Selêucia, bispo, faz uma leitura diferente deste texto: vê fé no pedido da senhora de Zebedeu.
A mãe dos filhos de Zebedeu aproximou-se de Jesus e prostrou-se para lhe fazer um pedido: Queres ver a fé desta mulher? Considera o momento em que faz o seu pedido. Quando apresenta a sua súplica, quais são as circunstâncias de sua petição? A cruz estava preparada, a paixão se aproximava, a milícia dos judeus já organizara suas fileiras. O Senhor fala de sua morte, e os discípulos se agitam em vista da paixão, tremem ao seu anúncio, perturbam-se com o que ouvem, sua coragem vacila. É então que aquela mãe aparece e penetra no meio dos apóstolos. Tenta captar o favor real, implorando um trono para seus filhos.
Que dizes mulher? Ouves falar de cruz e pedes um trono? Fala-se de paixão e tu cobiças a realeza? Que os discípulos se entreguem ao medo, que compartilhem suas preocupações ante o perigo. De onde te vem a procura de uma tão grande dignidade? Em tudo o que se disse e se fez, o que te levou a ambicionar a realeza?
A evocação da paixão, a espera da cruz te levam a pretender tais bens? Vejo, disse ela a paixão, mas em espírito percebo a ressurreição. Vejo erguer-se a cruz, mas vejo também abrir-se o céu. Vejo os cravos e contemplo o trono.
Há algum tempo vi uma virgem-mãe grávida de um fruto, não da natureza mas da graça, e um nascimento que provinha de misterioso desígnio, não de uma união natural. Vi uma estrela que movimentou o Oriente na direção desse nascimento. Ouvi a exclamação de João: Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo (Jo 1,29) Vi os milagres caírem do céu, tão numerosos como flocos de neve . Vi com que autoridade o Senhor dava ordens, escutei quando ele disse: Também vós havereis de sentar-vos em doze tronos (Mt 19,28).
Vejo o futuro com os olhos da fé. A mulher antecipa as palavras do ladrão. Na cruz, este dizia: Lembra-te de mim quando entrares em teu Reino (Lc 23,42). Ela, antes da cruz, suplica em vista do Reino: Manda que estes meus dois filhos se sentem, no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda (Mt 20,21).
O desejo que supera o sofrimento! O desejo inclinado unicamente para a consideração de algo que ainda vem! Aquilo que as delongas do tempo, não permitiam conhecer a fé já o contemplava.

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