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6 de jul. de 2010

O sentido da oração de bênção

O mundo secularizado acha que não precisa mais de bênção divina, para que suas tarefas tenham eficácia. A crise financeira dos países europeus (Grécia, Portugal) não vem confirmar exatamente isso... Contrariamente ao que dizem “as almas secas” a sagrada escritura manda: “abençoem, pois para isso vocês foram chamados” (1 Pd 3, 9). Em virtude dessa ordem, os pais devem abençoar os seus filhos, e a Igreja – através dos seus Sacerdotes, ou dos seus Leigos encarregados – profere bênçãos na inauguração de uma escola, de uma loja comercial, de uma nova moradia, de um veículo. Abençoa sobretudo as pessoas. Mas é preciso tomar cautela para não empobrecer o sentido dessa invocação. Se a Igreja abençoa uma loja, essa oração é um pedido a Deus, para que os esforços, a inteligência, o tino administrativo, sejam recompensados. Não é um esconjuro para matar a concorrência, ou recompensar a preguiça e a falta de empenho. Não há bênção capaz de fazer prosperar uma empresa, cujo dono não trabalha, e não sabe aproveitar as boas oportunidades para crescer.
Vamos olhar agora para o esporte bretão. Nos últimos anos não passa jogo de futebol, sem que tenhamos os gestos religiosos dos “atletas de Cristo” (os outros não são de Cristo?). Podem eles até não querer dizer exatamente isso. Mas eles passam a idéia de ter o poder de manipular Deus a seu favor, e de levar os adversários ao prejuízo. Então, basta ser daquela nova religião, que a vitória é certa. A publicidade é gratuita. E cada gol vem confirmar o favoritismo. Ora, isso é contra a paternidade divina. O Criador gosta de todos os seus filhos, também das pessoas do time adversário. Portanto, a oração de bênção que se pede ao nosso Pai e amigo, é que os esforços, o treinamento, o bom planejamento, a esperteza dos jogadores, sejam recompensados. Não podemos, de forma alguma, passar a idéia de que o Eterno é parcial, e que Ele só gosta daqueles que apontam os indicadores para o espaço sideral após cada gol. Eles precisam, urgentemente, desfazer essa impressão de proselitismo que passam. Agora, o jogador fazer o sinal da cruz, nunca foi considerado um gesto agressivo, ou proselitista, mas sim, ato humilde e agradecido, e até piedoso.

Dom Aloísio Roque Oppermann (site CNBB)

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