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10 de jun. de 2010

DELICADEZAS DO CORAÇÃO

Estamos refletindo sobre as exigências libertadoras do Sermão da Montanha. Não basta o cumprimento legalista da fé. Não é suficiente a missa dominical, o jejum uma vez na vida e outra na morte e meia dúzias de preces ao longo da vida. Será preciso viver uma busca da santidade a partir do coração, do interior. Não somos gente do exterior, mas daqueles que empreendemos a viagem até o fundo da verdade de nós mesmos. E, de modo muito especial, será fundamental perdoar.

O coração do homem é violento. Não admite sombras, é impulsionado pela inveja, não quer rivais e competidores. Pode acontecer mesmo que a maldade do coração do ser humano o leve a matar o semelhante. Ora, os cristãos não somente não matam, mas não se encolerizam, não segregam, não usam um vocabulário pouco delicado para com os irmãos. Mesmo tendo sido ofendido pelo outro, o seguidor de Cristo não pode deixar de fazer o empenho do perdão.

No coração do texto lido na liturgia de hoje há esses pensamos que nos deixam sempre insatisfeitos com a qualidade de nossa vida cristã: “Quando tu estiveres levando a tua oferta para o altar e ali te lembrares que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa a tua oferta ali diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão.

Só então vai apresentar a tua oferta”. Nós que, diária ou semanalmente, celebramos a eucaristia somos convidados a examinar a qualidade de nossa vida fraterna. Estamos ali, na mesa do pão e do vinho, diante do Cristo que perdoa os seus, morre pelos amigos e inimigos, dá a vida sem ver a quem. Não podemos participar da renovação da entrega de Jesus se não vivermos comunhão com todos. Antes de levar a oferenda para o altar, a oferenda da vida, a vontade de se fazer uma só oferenda com Cristo Jesus, antes de chegar perto do altar das misericórdias, será preciso amar de verdade. Como é difícil celebrar de verdade a eucaristia. Ela precisa ser precedida por estas delicadezas do coraçãO.

Que a procissão das oferendas! Homens e mulheres, idosos e jovens, adolescentes e crianças, doentes e sadios levam algumas oferendas materiais, mas sobretudo apresentam ao Senhor seu interior delicado e bonito de pessoas que estão sempre tecendo o tecido do bem querer, atentos a que nunca se separem de seus irmãos.

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