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16 de abr. de 2010

UM MENINO QUE TINHA CINCO PÃES

REFLEXÃO DO EVANGELHO

Belo e tocante é o discurso do pão da vida do evangelho de João (cap.6). Jesus e os seus discípulos mais chegados, num determinado momento, se acharam diante de uma necessidade bem concreta: conseguir alimento para uma multidão que andava atrás de Jesus. As pessoas, principalmente os doentes, vendo os sinais que Jesus colocava, andavam atrás dele à cata de milagres. Jesus faz questão de dizer, aqui e ali nos evangelhos, que não se faz ilusão. Muitos andam atrás dele não com uma intenção das mais puras. Mas Jesus não foge do concreto. “Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?” Segundo o evangelista, Jesus, mesmo fazendo a pergunta, já tem a intenção de colocar o sinal da multiplicação.
Há um pormenor curioso. André diz a Jesus: “Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas o que isso para tanta gente?” E Jesus vai tomar os pães do garoto. Não se diz nada a respeito dos peixes... Talvez os tenha levado para casa....E o menino desaparece, não é mais mencionado.
As pessoas vivem, ao longo de sua existência, situações delicadas: doença de familiares, fome, desemprego, aflições. Todas essas “emergências” existenciais causam sofrimento,provocam aflição. Os que a padecem sentem-se impotentes e por vezes se entregam ao desânimo. De repente, uma ajuda aqui, um sinal de solidariedade ali e as situações perdem sua dramaticidade.
Jesus tem a intenção de colocar o sinal da multiplicação, mas quer que alguma coisa venha de seus circunstantes... Por sorte havia ali aquele menino... Cinco pães e dois peixes não era muita coisa. Talvez tivesse ele adquirido aquele alimento a pedido da mãe e o levava para matar a fome dos seus. O texto não diz se o menino regateou, nem se o forçaram a dar o que tinha a André. Fato é que esse pouco se tornou muito. Mesmo tendo dado o que tinha pôde depois levar muito mais para sua casa porque, com o que sobrou, se encheram doze cestos!
A colaboração e importante. Os céus não resolvem nossos problemas quando ficamos de braços cruzados. É preciso fazer a nossa parte. O milagre de um casamento que se restaura depende do empenho, do esforço dos gestos pequenos feitos pelas partes. Deus pode operar milagre por sobre o que já foi tentado. A solução para a eliminação da doenças no país vem de políticas justas, mas também da dedicação convicta das pessoas que aprenderam a se colocar a serviço dos outros. Cada um tem que fazer a sua parte.
Diante do milagre da multipliação as pessoas queriam fazer de Jesus rei e tudo o mais. E ele fugiu sozinho para o monte...
E o menino, que fim levou? Como era seu nome? Qual foi a reação de seus parentes quando chegou à casa cheio de pães e de festa no coração?

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