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20 de mai. de 2010

VEM AÍ A FESTA DO ESPÍRITO

Na Liturgia da Missa de hoje, a Igreja continua a ler a Oração Sacerdotal de Jesus, enquanto se prepara para a solenidade de Pentecostes.

Pai santo, eu não te rogo somente por eles, mas também por aqueles que vão crer em mim pela tua palavra; para que todos sejam um como tu, Pai, estás em mim e eu em ti e para que estejam em nós, afim de que o mundo creia que tu me enviaste.
O Espírito que vem é artífice da unidade. Resta-nos deixar que o Espírito trabalhe em nós:

• Ser livre no Espírito Santo é descobrir-se amado por Deus, amado com um amor louco, e assim poder se desarmar, se espoliar, se libertar do ressentimento e do medo e ser capaz de acolher como Deus nos acolhe, de discernir e de servir em todo homem e em toda situação histórica as oportunidades de vida. Importa saber que a liberdade última, aquela que não deixa a história fechar-se sobre si mesma e introduz em seu tecido um rasgão de eternidade é o martírio (testemunho). Este se apresenta sob muitas modalidades, algumas pouco espetaculares, mas totalmente essenciais. Quem aceita morrer para testemunhar que Cristo é o Senhor e não César, ou seja o homem individual ou coletivo, aquele que aceita livremente esta última espoliação para se assemelhar à cruz luminosa, esse é livre no Espírito Santo e prepara a explosão do Espírito e da liberdade, que será o retorno de Cristo na glória, nosso Libertador (Olivier Clément).

• Nunca será possível haver evangelização sem ação do Espírito Santo. Sobre Jesus de Nazaré, esse Espírito desceu no momento do batismo, ao mesmo tempo que a voz do Pai – Este é o meu Filho no qual eu ponho as minhas complacências - manifestava de maneira sensível a eleição e a missão do mesmo Jesus (...). Nós vivemos na Igreja um momento privilegiado do Espírito. Procura-se por toda parte conhecê-lo melhor, tal como a Escritura o revela. De bom grado as pessoas se colocam sob sua moção. Fazem-se assembléias em torno dele. Aspira-se, enfim, a deixar-se conduzir por ele. É um fato que o Espírito de Deus tem um lugar eminente em toda a vida da Igreja: mas é na missão evangelizadora da Igreja que ele mais age. Não foi por puro acaso que o grande impulso em vista da evangelização aconteceu na manhã de Pentecostes, sob a inspiração do Espírito. Pode-se dizer que o Espírito Santo é o agente principal da evangelização: é ele que no mais íntimo das consciências leva a aceitar a Palavra da salvação (Paulo VI, Evangelii nuntiandi, n. 75).


Quem se encontra nas trevas, ao nascer do sol, recebe nos olhos a sua luz começando a enxergar as coisas que até então não via. Assim também, aquele que se tornou digno do Espírito Santo recebe na alma a sua luz e, elevado acima da inteligência humana, começa a ver o que antes ignorava (São Cirilo de Jerusalém).

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