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5 de jan. de 2010

REFLEXÃO DO DIA - Terça-Feira 05/01

Quando saiu da barca, Jesus viu uma grande multidão e teve compaixão, porque eles estavam como ovelhas sem pastor. Então começou a ensinar muitas coisas para eles. Quando estava ficando tarde, os discípulos chegaram perto de Jesus e disseram: «Este lugar é deserto e já é tarde. Despede o povo, para que possa ir aos campos e povoados vizinhos comprar alguma coisa para comer.» Mas Jesus respondeu: «Vocês é que têm de lhes dar de comer.» Os discípulos perguntaram: «Devemos gastar meio ano de salário e comprar pão para dar-lhes de comer?» Jesus perguntou: «Quantos pães vocês têm? Vão ver.» Eles foram e responderam: «Cinco pães e dois peixes.» Então Jesus mandou que todos se sentassem na grama verde, formando grupos. E todos se sentaram, formando grupos de cem e de cinqüenta pessoas. Depois Jesus pegou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu, pronunciou a bênção, partiu os pães e ia dando aos discípulos, para que os distribuíssem. Dividiu entre todos também os dois peixes. Todos comeram, ficaram satisfeitos, e recolheram doze cestos cheios de pedaços de pão e também dos peixes. O número dos que comeram os pães era de cinco mil homens. (Mc 6,34-44)
Jesus tem pena da multidão. Ele se vê cercado de tantos estropiados: cegos, famintos, coxos, surdos, uma multidão de pobres. E muitos desses andavam atrás dele, mesmo no deserto, mesmo nas regiões mais inóspitas. Procuravam a cura. O Mestre levanta os olhos e o evangelista faz a seguinte observação: “Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas”.
Ovelhas sem pastor, pessoas sem ninguém para orientá-las de verdade na busca da água, do alimento, pessoas desprotegidas, entregues à própria sorte, cambaleantes, sem nada. Jesus tem compaixão dessa gente toda. E começa a ensinar. Ensina como quem tem sabedoria e não como os mestres que gostam de ouvir o que estão dizendo. Ensina tentando atingir o nó mais íntimo das pessoas.
Aí estão esses todos em nossos tempos: meninos que crescem em famílias esfaceladas, que nunca ouvirem de verdade falar da esperança que se chama Jesus. Aí estão estes todos preocupados com o consumo, com o dinheiro, com o aproveitar a vida, com seus audiofones, mascando chicletes, sem terem um pastor. Ovelhas sem pastor. Essas meninas e esses meninos das periferias candidatos à prostituição, ao comércio dos corpos e ao tráfico. Esses todos são ovelhas sem pastor.
Esses casados que empurram a vida para frente sem entusiasmo, sem compreenderem o sentido do matrimônio, sem se amarem como Cristo amou a Igreja. Ovelhas sem pastor. Esses tantos que se preparam para o batismo num cursinho de um dia... sem convicção, sem pertencerem a Cristo e a uma comunidade de fé. Todos esses ovelhas sem pastor. Quem vai cuidar deles?
Os que estavam no deserto atrás de Jesus precisavam comer. Conhecemos a lição do evangelho. Com o pouco que se tem se pode fazer o muito. Cinco pães e dois peixes não são suficientes para nada. O pouco que se tinha foi colocado junto e o olhar do Mestre atinge os céus e o pão e o peixe são largamente suficientes para todos. E ainda sobraram doze cestos de pães e de peixes. Pais e mães de família precisam partilhar a vida, ensinar, estar perto dos filhos, fazer-lhes o dom do tempo. Não se pode reclamar dos casamentos quando os bons não se dedicam a uma nova pastoral. Quando não há partilha do pouco que se tem. É evidente que a lição da conhecida multiplicação dos pães,“Jesus continua a ser “pão vivo” para a vida do mundo; a nós compete empenharmo-nos para que seja dado a todos, no dom material (alimento para o corpo) e no espiritual (Eucaristia). Em muitos casos o caminho do evangelizador parte da humanização e da libertação do pobres” (Missal Cotidiano da Paulus, p. 149).

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