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9 de jul. de 2010

MISSIONÁRIOS; SINAIS DE CONTRADIÇÃO

“Eis que eu vos envio como ovelhas no meio de lobos...”. Desde a nossa adolescência e juventude nos impressionaram alguns relatos evangélicos que falavam da oposição de muitos às palavras de Jesus e dos apóstolos. Os enviados passam a impressão de serem sinais de contradição. Tivemos em mãos livros sobre os mártires, pessoas que morreram por causa do anuncio do evangelho. Francisco de Assis e Antonio de Pádua quiseram ir ter junto aos povos pagãos para darem o testemunho de suas vidas na transmissão do legado evangélico. Os missionários, os verdadeiros evangelizadores, sabem que seu modo de ser, sua postura de vida e a fala simples de seus lábios provoca distância. Não se trata de querer sempre provocar os outros. Os missionários não podem, evidentemente, ter a primeira pretensão de provocar a irritação de seus ouvintes. Mas o simples fato de viver é o bastante para que muitos de nossos ouvintes tomem certa distância. Acontece que missionário verdadeiro se sente sozinho, deixado de lado.
Jesus já havia advertido: somos enviados como ovelhas no meio de lobos. Não dá para dourar a pílula e anunciar um evangelho acomodatício.
Os missionários serão espertos como as serpentes e simples como as pombas, ou seja, traçarão planos, pensarão em estratégias, não são ingênuos... e ao mesmo tempo serão daqueles que se jogam no braços do Pai e de seu Cristo que os envia em missão na família, na comunidade, no mundo do trabalho e do lazer.
Os missionários podem ser levados aos tribunais. Não deverão temer. Responderão às perguntas feitas, sabendo que naquele momento quem falará por eles e neles é o Espírito Santo.
Bem oportunas e sábias as considerações do Missal Cotidiano da Paulus: “A fragilidade da Igreja contrasta com a força do mundo. É o mesmo contraste manifestado por Cristo em sua pessoa. Os judeus esperavam um rei poderoso e triunfador e ele se apresenta inerme e tranqüilo; é tão pobre que não tem onde reclinar a cabeça, mas dá prodigiosamente pão a milhares de pessoas. Diante de Pilatos proclama-se rei: no entanto se deixa prender, flagelar, conduzir à morte como malfeitor. Programa nada fácil para a Igreja, continuamente tentada a assumir as mesmas posições do mundo, aparentemente mais eficazes. Todas as vezes que ela se revestiu de poderio, afastou-se do espírito de seu Fundador e secaram as fontes de sua ação. O discípulo de Cristo, como o Mestre, é testemunho de pobreza, simplicidade, humildade, assim como se coragem e clareza de posições em todas as circunstâncias, pronto a suportar com paciência toda injúria, pronto a denunciar toda injustiça. Prudentes como as serpentes, simples como as pombas” (p. 1011).

Fonte: www.franciscanos.org.br

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