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11 de jul. de 2010

AQUELE QUE SE MOVEU DE COMPAIXÃO

Coisa simples e fundamental lembra Jesus ao mestre da lei que lhe indagava a respeito do modo de poder receber a herança da vida eterna: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e com toda a tua alma, com toda a tua força e com toda a tua inteligência; e ao teu próximo como a ti mesmo”. Para ilustrar sua afirmação Jesus conta uma parábola que é a história de sua vida e o resumo de sua missão.
Um homem havia caído nas mãos dos ladrões e jazia quase morto à beira do caminho. O estado lastimável daquele havia sido assaltado clamava por ajuda imediata, sem protelação, sem desculpas. Aquele ser humano simplesmente precisava ser ajudado, fosse amigo ou inimigo, simpático ou não. Ali estava perdendo sangue e com sério perigo de morrer. Sacerdote e levita, quem sabe imaginavam que ele já estivesse morto. Não se importam com ele. Tinham medo de se contaminar com um cadáver. Passaram adiante. Não “perderam” seu tempo. Um comentarista afirma: “Por que o sacerdote e o levita passaram ao largo não se diz. Talvez por julgarem o semimorto morto de verdade. E eles não o queriam tocar, pois o cadáver haveria de torná-los impuro para o culto. Ou talvez porque temessem eles mesmos cair nas mãos dos salteadores? Por que não queriam se atrasar? Em todo caso o pensamento no bem estar pessoal foi mais forte que o sentimento de misericórdia para com o desgraçado, se é que de algum modo se incomodaram. Como sacerdotes e levitas serviam ao Senhor e representavam os homens que deviam ser modelos no cumprimento do amor a Deus. Mas o amor ao próximo? Culto e misericórdia estavam separados entre si” Foram executar suas tarefas no culto. Tarefas marcadas, prescritas, mas talvez sem alma.
Passa, então, um samaritano. Por acaso. Um homem, quem sabe, no auge de suas forças, pelos quarenta anos, rico de experiências interiores, reto, mesmo sendo inimigo do que estava prostrado. Não faz considerações subjetivas. Toma consciência de que uma pessoa pode morrer se não forem tomadas urgentes providências. “Um samaritano, que estava viajando, chegou perto dele, viu e sentiu compaixão”. Importante esta observação: o samaritano sentiu compaixão. Cuida dele, leva-o em sua montaria, coloca-o na hospedaria, paga os gastos e promete pagar outros que por ventura acontecerem. Um homem bom, que ama efetivamente. Este é fortíssimo candidato a entrar na glória da herança eterna. O amor verdadeiro é o passaporte a ser apresentado nos umbrais da eternidade.
Ele, o filho de Maria e o Verbo feito carne, veio entre nós. Circulou no meio de leprosos e seres abandonados, olhou nos olhos mortos de cegos e teve pena da pobre viúva que não controlava sua tristeza ao enterrar se filho único. Percorreu a terra com um samaritano bom, recolhendo os estropiados na hospedaria de seu interior. Passou por perto de cada um e deitou nas feridas o azeite de sua atenção afetiva e efetiva. Quando já estava morto permitiu que um soldado lhe abrisse o peito e inaugurou uma nova e definitiva hospedaria para o jogados à beira do caminho, ou seja, os espaços de seu coração.
A comunidade dos cristão circula pelo mundo prestando atenção a todos os que estão morrendo para serem levados até o Coração do Verdadeiro e Bom Samaritano.

Fonte: www.franciscanos.org.br

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