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19 de mai. de 2010

OS CRISTÃOS NÃO SÃO DO MUNDO

Continuamos a meditar na Oração Sacerdotal de Jesus. Ele apresenta ao Pai seus derradeiros pedidos antes de entrar na Paixão.

Que eles sejam um. Um dos sinais distintivos do cristão é ser aquele que busca a unidade. Há essa unidade entre os católicos, com os outros cristãos, com aqueles que buscam a Deus por outras estradas e com os homens de boa vontade. O tema da unidade está vinculado à vinda do Espírito. Com a sua chegada houve o milagre das línguas. Assim como o Pai e o Filho são um, assim também haverá a unidade entre os que são de Cristo. Esta é uma semana em que costumamos rezar pela unidade dos cristãos.

Eu lhes dei a tua palavra, mas o mundo os rejeitou, porque não são do mundo como eu não sou do mundo. Jesus lembra ao Pai que santificara os que ele lhe tinha dado. “Esta santificação implica que, estando no mundo, não (mais) pertencemos ao mundo. É um dos paradoxos da existência cristã. Quanto mais cristã, tanto mais atuante no mundo e, porém, menos dependente dele: os dois pés no chão, os olhos erguidos para o céu. O mundo para João é o mundo com tendência de se fechar a Deus; portanto odeia os filhos de Deus. Por outro lado, é o mundo, onde vivem os que são chamados a se tornarem filhos de Deus. Por isso, os fiéis devem estar presentes no mundo. Jesus não pede que sejam tirados daí, mas que sejam testemunhas de um amor que não é deste mundo. Por isso, serão diferentes.

Tudo isso, Jesus lhes disse para que, na sua ausência, não sejam abalados em sua alegria, mas antes a possuam em plenitude” (J. Konings, Liturgia Dominical, Vozes, p. 255).

Que luta! Os discípulos de Jesus não podem descansar. Há esses inícios deslumbrantes, comoventes, sensíveis. Muitos de nós, em nossos dias de jovens, descobrimos a fascinante figura de Cristo caminhando ao nosso lado. E lhe demos tudo. Mais não era possível. Sentíamos e sentimos que éramos e somos dele. Mas a caminhada da vida é longa, desgastante. O espírito do mundo também nos seduz: os primeiros lugares, o gozo, a fama, os aplausos, o dinheiro, o descanso em nosso canto, o lucro, o esquecimento dos que estão jogados à beira do caminho... O mundo mal nos cerca.

Não te peço que os tires do mundo, mas que os guardes do maligno. Sim, os cristãos estão no mundo. Eles se casam, têm filhos, têm contas bancárias. Comem, dormem, sofrem. Tomam conduções, percorrem estradas, trabalham em hospitais, fazem pesquisas. Vivem no mundo, mas são diferentes. Têm os pés na realidade, mas os olhos voltados para o alto. Sabem que são enviados ao mundo para que este possa ser de Cristo.

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