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5 de mai. de 2010

NA INTIMIDADE COM CRISTO JESUS

Eu sou a videira e vós sois os ramos. Aquele que permanece em mim, e eu nele, esse produz muito fruto, porque sem mim nada podeis fazer.
Vivemos à luz da Páscoa. O Ressuscitado está na glória, mas também atua em nosso meio. Ele é, por exemplo, o Pão da vida. O Evangelho de João gosta de mostrar Jesus como alimento da vida dos seus discípulos usando a simbologia da vinha que vai na linha da Eucaristia. Um comentarista assim se exprime: “Cristo serve-se dessa imagem (videira) para sublinhar a comunicação e circulação de vida divina que existe entre ele e aqueles que nele crêem. Tem-se aqui a imagem do Cristo “videira da vida”, paralela à de Cristo “pão da vida” (Jo 6). A imagem assume, então, um sabor eucarístico, porque a união íntima com Cristo, verdadeira videira, inicia-se com a fé, mas consuma-se e termina com a eucaristia”.
Não padece dúvida: os verdadeiros discípulos de Cristo, os que efetivamente não apenas ostentam o rótulo de religiosos, buscam viver uma profunda intimidade com o Senhor. Hoje, mais do que nunca, estamos convencidos de que precisamos redescobrir a força da Palavra. Os livros de espiritualidade valorizam a lectio divina. Os estudos sobre a missa colocam em destaque e realce a liturgia da Palavra. Esse Cristo que nos tocou, continua ainda tentando atingir as fibras dos corações dos discípulos e das comunidades através da Palavra. Nossa fé é, assim, constantemente iluminada, fortalecida, dilatada. A Palavra gera vida em nós. Ficamos “grávidos” da Palavra. O Deus que nos fala não usa apenas fonemas, mas a força de um desejo de vir habitar em nós, de gerar vida em nós.
Há essa leitura pública e oficial da Palavra, há a leitura-escuta num canto silencioso e, sem que nos demos conta, de tanto ouvir o Senhor e responder com nosso sim, somos seres viçosos na fé. A fé nasce e se robustece na audição da Palavra. O Senhor vai se tornando aquele que é nosso íntimo.
A Eucaristia é outro momento de vivencia da intimidade com Cristo. Não nos referimos apenas aos momentos “íntimos” de adoração eucarística. Pensamos em primeiro lugar no movimento da Eucaristia. Ele havia dado tudo e no alto da cruz se entregara. Mas antes havia dado, nos sinais do pão e do vinho, seu corpo e sua vida. A Eucaristia atualiza o ato dos atos, o ato de amor de Jesus que vai desembocar na ressurreição. Os que são de Cristo permanecem vinculados, unidos a Cristo videira (sangue). Os que celebram a Eucaristia se fazem uma oferenda com Cristo. A união é tão grande que os que comungam se fazem um com ele. Na recepção do corpo e sangue do Senhor vivem nele e podem dizer com Paulo que não vivem sua vida, mas vivem a vida de Cristo. Não se trata apenas de satisfazer o preceito dominical, uma ordem. Não é apenas chegar na última hora da missa e comungar e sair correndo... A alegoria da videira e dos ramos fala de uma circulação de vida e de uma intimidade tal entre Cristo e os seus que somente assim estes últimos podem dar fruto.
Não se trata apenas de começar um processo de aproximação de Cristo, mas de permanecer com ele em todas as circunstâncias da vida. João, assim, tem frases que nos tocam profundamente e descrevem esta união ou permanência em Cristo: “Eu sou a videira e vós sois os ramos!

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