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28 de mai. de 2010

NA CASA DE ORAÇÃO

Jesus reclama de pessoas que tinham feito do templo um lugar de negócios. A impressão que se tem é que haviam perdido o sentido profundo e religioso daquele espaço que era casa de oração. Marcos usa expressão forte: Vós fizestes dela uma toca de ladrões. Jesus, vendo o desrespeito pelo templo, pela casa do Pai, age com certa violência. Derruba as mesas dos cambistas e as cadeiras dos vendedores de pombas e impedia que carregassem o que quer que fosse pelo templo.

Não podemos absolutizar o templo. O Deus grande e belo, criador e sustentador está presente em toda parte. As coisas permanecem na força criadora do Senhor. Todo lugar é lugar de encontro com Deus. Depois da encarnação do Verbo, o ser humano passou, de modo especial, a ser templo de Deus. Já tomamos as distâncias devidas e necessárias à religião do templo, da sacristia, de um modo de cultuar a Deus num único espaço pedindo que ele ali permaneça e deixe o campo livre para as ações ditas profanas. Não fazemos mais essa distinção.

Dito isto não podemos deixar de dizer que temos um carinho e uma afeição para com os templos. Desde as mais modestas capelinhas das encruzilhadas até às basílicas sabemos que elas são casa de oração.

Rumo ao templo dirigem-se aqueles que, unidos a outros fiéis, querem adorar o Senhor, ouvir sua Palavra, encontrar o Sacrário com a presença adorável daquele que depois da celebração eucarística permanece na presença do Pai. A lamparina vermelha nos avisa para esta presença.

Todas as vezes que colocamos nossos pés no templo carregamos nossa história que desejamos colocar diante do Senhor. Os que entram no templo precisam experimentar vontade de pedir perdão, ter o coração contrito. Jesus contou a parábola de um publicano que, prostrado por terra, não levantava altaneiro o olhar, mas simplesmente pedia a misericórdia de Deus. Não podemos profanar o templo com intenções menos nobres e corações acostumados ao pecado.

No templo, vamos pessoalmente para oração e para buscar a paz. Nas celebrações oficiais cantamos, escutamos a Palavra, celebramos a Eucaristia, buscamos o perdão dos pecados, celebramos casamentos, fazemos profissões religiosas. Por isso compreendemos o zelo de Jesus. Ele não admitia que fizessem da casa do Pai, da casa de oração, um antro de ladrões e de coisas menos nobres.

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