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24 de abr. de 2010

AFINAL, A QUEM IREMOS?

A questão é esta: crer ou não crer.


Estamos terminando a leitura e meditação do Discurso do Pão da Vida. Quando Jesus afirma que ele é alimento, que precisa ser “comido” as coisas se complicam. “Aquele que come este pão viverá para sempre”.

Os autores do Missal Dominical da Paulus (p. 998-999) fazem considerações pertinentes em torno do tema:

Há palavras duras no discurso do Mestre: “Jesus agora se manifestou plenamente; está claro aos discípulos o que significa aceitá-lo. Muitos não têm força para aceitá-lo e vão se embora. O que Jesus pediu é demais. Alguns exclamaram: “Esta linguagem é dura, quem pode entendê-la?” É o embaraço diante de uma escolha que não admite possibilidade de álibi ou de evasão. Jesus nada faz para atenuar o seu discurso. Suas palavras se destinam a provocar “ruptura”. Ele se torna um sinal de contradição. A palavra de Jesus convida, ou melhor, obriga a sair de mesmo para seguir a Deus, a “superar” a carne para viver no Espírito; a não se fechar no temporal, no contingente, mas se fixar no eterno.

Os homens, ao contrário, preferiram instintivamente um Deus que os siga em seus caminhos; uma vida carnal concreta, mais do que uma vida espiritual; uma segurança temporal imediata, mais que do uma incerta perspectiva futura”.

Será preciso uma adesão incondicional. “A opção que salva é a adesão a Cristo: Tu tens palavras de vida eterna; nós acreditamos e conhecemos que és o Santo de Deus. Esta opção é dom de Deus, mas é também livre escolha do homem; pressupõe, pois, tanto o reconhecimento de nossos próprios limites e a absoluta necessidade de salvação, como renúncia, ou melhor, a recusa de todo messianismo terreno, toda perspectiva de auto-salvação da parte do homem. O discurso de Jesus, discurso duro, nos lembra que a conversão (tanto individual como das estruturas) nunca é uma operação sem dor. A palavra de Jesus é cortante como espada. Se a palavra do anunciador não causa impacto, não “escandaliza” e não faz brechas nos que ouvem, não constituí um discurso cristão, porque não obriga a opções fundamentais que são as raçizes de nossa fé”.

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