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23 de abr. de 2010

A CARNE E O SANGUE DO SENHOR

Aí estão essas mesas das toalhas brancas de nossas igrejas e capelas. Sobre nossos altares celebra-se a Eucaristia, a ceia do Senhor, o sacramento do Corpo e do Sangue de Cristo Jesus. “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele”. O pão branco e o vinho rubro constituem o verdadeiro maná que o Pai dá aos homens. Na solene celebração do grande santuário, na capela dos doentes no mosteiro beneditino, no altar da comunidade de consagrados, o pão da vida e o cálice da bênção.
“Na Eucaristia, Jesus não dá alguma coisa, mas dá-se a si mesmo; entrega o seu corpo e derrama o seu sangue. Desse modo dá a totalidade de sua própria vida, manifestando a fonte originária desse amor: ele é o Filho eterno que o Pai entregou por nós. Noutra passagem do evangelho, depois de Jesus ter saciado a multidão pela multiplicação dos pães e dos peixes, ouvimo-lo dizer aos interlocutores que vieram atrás dele na sinagoga de Cafarnaum: “Meu Pai é que vos dá o verdadeiro pão que vem do céu. O pão de Deus é o que desce do céu para dar a vida ao mundo” (Jo 6,32-33), acabando por identificar-se ele mesmo - a sua própria carne e o seu próprio sangue – com aquele pão: “Eu sou o Pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu hei de dar é minha carne para a vida do mundo” (Jo 6, 51). Assim, Jesus manifesta-se como o pão da vida que o Pai eterno dá aos homens” (Bento XVI, Sacramentum Caritatis, n. 7).
Vale, neste contexto, evocar o depoimento de João Paulo II: “Quando penso na Eucaristia e olho para minha vida de sacerdote, de bispo, de sucessor de Pedro, espontaneamente ponho-me a recordar tantos momentos e lugares onde tive a dita de celebrá-la. Recordo a igreja paroquial de Niegowi, onde desempenhei meu primeiro encargo pastoral, a colegiada de São Floriano em Cracóvia, a cátedra de Wawel, a basílica de São Pedro e tantas basílicas e igrejas de Roma e do mundo inteiro. Pude celebrar a santa missa em capelas situadas em caminhos de montanha, nas margens dos lagos, à beira do mar; celebrei-a em altares construídos nos estádios, nas praças das cidades... Este cenário tão variado nas minhas celebrações eucarísticas, faz-me experimentar o seu caráter universal e, por assim dizer, cósmico. Sim, cósmico! Porque mesmo quando tem lugar no pequeno altar de uma igreja de aldeia, a Eucaristia é sempre celebrada, de certo modo, sobre o altar do mundo” (Ecclesia de Eucharistia, n.8).
Encarnação, redenção e eucaristia estão íntima e inseparavelmente ligadas. O Pão que desce dos céus, dá sua vida e se apresenta vivo no pão e no vinho....

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