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9 de mar. de 2010

PERDOAR DE CORAÇÃO

REFLEXÃO DO EVANGELHO

Todos conhecemos a parábola do impiedoso empregado que foi cruel com os que lhe deviam, depois de ter sido ele próprio perdoado pelo patrão. “Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste. Não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?”
Existe um Pai no céu e todos somos irmãos. Afirmação simples e, no entanto, fundamental. O mundo novo de Jesus, seu Reino, é constituído de pessoas que se estimam, que zelam umas pelas outras, que, apesar de todas as fragilidades, são capazes de perdoar, de estender a teia da reconciliação, de acolher o diferente. Num mundo de violência, estupros, guerra, lutas pela partilha de bens, ódio no momento de uma separação conjugal somos convidados a ser instrumentos de paz e de reconciliação.
Quando fazemos uma retrospectiva de nossa vida e de nossa experiência religiosa damo-nos conta de que somos devedores perdoados, agraciados. No alto da cruz, Jesus rasgou um documento condenatório que existia contra nós. Fazemos, sim, a dolorida experiência do pecado: elevamos altares para nossos ídolos, por inveja colocamos obstáculos nos passos de outros, respiramos inveja e exalamos vaidade. Por vezes chegamos mesmo ao fundo do poço. Mergulhamos, então, no mar da misericórdia do Senhor. E ele transforma nossa velhice em eterna juventude.
O pecado de vermelho como o carmesim se torna branco como a lã. E precisamente nesses instantes que perdemos o pé, em que tudo parece marcado pela morte e que suplicamos... ”Eu te pagarei toda a dívida...dá-me um prazo”. E o Senhor nos ouve.
Somos mais uma vez advertidos. O Senhor nos concede o perdão quando perdoamos nossos devedores. Assim, os que começam a fazer parte do Reino de Deus são instrumentos de reconciliação e semeiam harmonia por onde passam. “A iniciativa da reconciliação vem de Deus, e a Igreja e os cristãos devem ser os construtores da paz no mundo: devem criar um clima de reconciliação, perdão, encontro, fraternidade em todos os setores e todos os níveis, desde o internacional até as pequenas relações de vizinhança e trabalho, entre esposos, entre os filhos, nas relações com operários e patrões, entre pobres e ricos. Não há uma relação humana por menor que seja que não possa melhorar pela reconciliação e o perdão. A curva ascendente da violência é um apelo ao amor cristão, do qual o perdão é um momento importante. Só com o amor é possível formar uma comunidade, também a nacional” (Missal Dominical da Paulus, p. 800).

“Bem-aventurado o homem que suporta o seu próximo com suas fraquezas tanto quanto quisera ser suportado por ele se estivesse na mesma situação” (Admoestação de São Francisco de Assis).

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