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8 de mar. de 2010

OS VERDADEIROS PROFETAS QUE SÃO SEMPRE REJEITADOS

REFLEXÃO DA LITURGIA

Profeta é aquele que fala em nome de Deus. Ao longo de toda a história do mundo, o Deus Altíssimo escolheu pessoas que pudessem falar em seu nome, anunciando aquilo que pode encher de plenitude o coração do homem e denunciando o que deteriora e destrói.
O profeta é a consciência crítica do povo, não somente em nome da razão, quanto em nome da Palavra de Deus. Pessoas se sentiram atraídas pelo Senhor e foram se deixando possuir por ele se dão conta de que Deus tem um projeto para elas. Jeremias fala que o Senhor o seduzira e ele se deixara seduzir. Com toda precisão lemos no Missal Dominical da Paulus: o profeta... “desmascara as astuciosas cumplicidades com o mal, onde quer que se encontrem; denuncia com firmeza os vícios do povo, a falsidade do culto, os abusos do poder, qualquer forma de idolatria e de injustiça, qualquer tentativa de aprisionar a Deus” (P. 1102).
O profeta age a partir de um grande zelo, de um amor vívido por Deus e por sua causa. O zelo pela causa de Deus literalmente o devora. Não pode calar. Através de suas palavras e de seus posicionamentos, diante de erros, de vaidades, de mentiras, o profeta incomoda e os que são atingidos têm vontade de eliminá-lo. Jesus sentiu esse tipo de oposição na própria pele. Seus ouvintes ficaram furiosos. “Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no até o alto do monte sobre o qual a cidade estava construída com a intenção de lançá-lo no precipício”.
Sabemos perfeitamente que a Igreja é um povo de profetas. Seus membros estão espalhados pelos quatro cantos da terra. A Igreja é constituída de um povo que é a consciência crítica da humanidade. Os cristãos profetas estão em todos os lugares. Há bispos que não dormem de tanto pensar em serem pastores conforme o coração de Cristo. Há esses responsáveis pelo culto que bradam contra toda instrumentalização das celebrações e denunciam o culto que não vem acompanhado com a delicadeza do coração. Há casados que com um estilo de vida cristão são profetas da fecundidade, fidelidade e aliança conjugal. A Igreja denuncia uma sociedade que é construída sobre o egoísmo, ídolos, aparências, mentiras, arrivismo, negação prática de Deus. Os profetas denunciam uma pastoral que não abre caminhos, que apenas se preocupa com a conservação de um status quo, sem se preocupar em abrir os caminhos sugeridos pelo Espírito.
J. Konings afirma com justeza: “Para anunciar a Boa Nova a todos, a Igreja, “toda profética” não deve ser escrava de privilégios e influências alheias. Deve falar com a desinibição que caracteriza os profetas. Os que nela possuem o carisma profético devem destacar-se por sua autenticidade, sua coragem de mártir, sua simplicidade que deixa transparecer o Reino de Deus em sua vida” (Liturgia Dominical, Vozes, p. 406).

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