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7 de fev. de 2010

Pescar com Jesus: Igreja em missão

REFLEXÃO DA LITURGIA DOMINICAL

O evangelho narra a vocação de Pedro, que ainda se chama Simão, para colaborar com Jesus. Passou a noite no lago sem apanhar nada. Na manhã seguinte, Jesus passa por aí. É o pior momento para pescar. Ainda assim, Jesus manda que lance novamente as redes. E, por incrívelque pareça, Simão apanha tanto peixe que as redes começam a ceder e abarca agüenta o peso! Sente quealgo extraordinárío está acontecendo em sua vida. Como o profeta Isaías na presença do Senhor (1ª leitura), também Simão se sente pequeno e pecador. Joga aos pés de Jesus, que lhe faz compreender a lição do acontecimento: em vez de se esforçar inutilmente e por conta própria, Simão vai ter de pescar com Jesus! E em vez de peixes, vai apanhar gente para o Reino de Deus. Será pescador de homens, apóstolo.
Que é ser apóstolo? Essa palavra de origem grega significa missionário. O espírito do apóstolo-missionário é a disposição para pescar com Jesus. "Eis-me aqui", disse o profeta Isaías. O evangelho mostra que essa disponibilidade se prepara na vida real. Até pescar pode ser uma boa preparação.
E qual é o conteúdo dessa missão, mostra-o a 2ª leitura: o anúncio de Cristo morto e ressuscitado. Olhem só como Paulo, apóstolo de "segunda safra", assume essa missão com a força! Para pescar na empresa de Jesus precisamos de transmitir o que recebemos a seu respeito, a mensagem de sua vida, morte e ressurreição. Esta é o núcleo central do apostolado missão, da pastoral. Mas, para sermos escutados, talvez devamos abordar o assunto por um outro lado, mais próprio da situação das pessoas. Pescaria, por exemplo. Ou futebol. Ou os problemas que afligem as pessoas. (Por isso, importa sermos sensíveis a esses problemas.)
De toda maneira, devemos chegar a comunicar que Jesus por sua vida e morte nos mostrou quem é Deus e qual é o sentido de nossa vida e de nossa história: amor até o fim, dom da vida. Transmitir isso é o que se chama a "tradição" cristã, a memória de Cristo que devemos manter viva (o sentido verdadeiro da palavra "tradição" é "transmissão", não imobilidade; "vida", não esclerose).
Essa história de Jesus, valerá a pena reunir pessoas para escutá-la? Não a considerarão uma fábula? Pois bem, exatamente porque muitos estão sendo levados pelo materialismo e pelo pragmatismo, é preciso dizer-lhes que vale a pena viver para os outros e morrer por amor e fidelidade. Jesus é a prova disso: ele é a ressurreição, a vida através da morte por amor, a vitória sobre o pecado e a injustiça.

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