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9 de fev. de 2010

BUSCANDO A TRANSPARÊNCIA

REFLEXÃO DO EVANGELHO

Existe dentro do coração das pessoas retas uma premente necessidade de buscar a coerência e a transparência. Extremamente agradável conviver com pessoas que são o que são, que mostram exteriormente o que vivem interiormente.
Discípulo de Jesus reto é bênção para a Igreja e para o mundo. É evangelho vivo. Pode acontecer que com o desgaste da rotina de preceitos e rezas, a falta de aprofundamento da fé, e a repetição de pecados as pessoas se tornem “religiosas” de fachada e esqueçam ou não saibam ou não queiram buscar esta coerência entre o coração e a prática.
Jesus, segundo os evangelistas, teve muita dificuldade em conviver com pessoas que se diziam religiosas, jejuavam, observavam as minúcias das prescrições da lei, mas se haviam esclerosado e esqueceram o essencial: amar de todo o coração.
Os interlocutores do Mestre estão muito preocupados com a questão da lavação das mãos na volta do mercado, com o modo correto de lavar os copos... e estas coisas todas. A impressão que dão é que o bem vem do exterior, da matéria.
Jesus se revolta com esta religião das exterioridades. É no fundo coração, dirá ele, que está a fonte do bem e do mal. Um dos sinais de maturidade cristã é o casamento que precisa ser selado entre fé e vida.
Os cristãos que agem na política, que se assentam nas assembleias e frequentam missas não podem ser corruptos. Não adianta apenas rezar e pagar promessas a Santo Antônio. Os agentes de pastoral familiar que participam de encontros de casados e noivos precisarão, em casa, serem justos, amigos, devotados aos filhos e aos outros familiares.
Ninguém tem o direito de se mostrar como exemplo de vida de fé quando, na realidade, vive incoerências gritantes. E muitos desses, no tempo de Jesus, vieram a criticar uma maneira mais livre de Jesus de viver a lei.
No texto de hoje Jesus lembra ainda a questão da oração, evocando o profeta Isaías. Este censurava aqueles que honravam o Senhor com os lábios, mas cujo coração estava bem distante. Daí a importância de sempre questionarmos o modo como rezamos. Pedimos isto e não fazemos por onde. Louvamos a Deus e o nosso coração queima incenso aos ídolos. Satisfazemo-nos com uma oração dos lábios e esquecemos de visitar o interior e fazer com que nossos gritos partam da profunda indigência de nosso ser.
Não podemos nos instalar numa religião de práticas pequenas e estéreis. A grandeza da fé cristã consiste em ouvir e praticar a vontade de Deus que ecoa no santuário da consciência de cada. São profundamente encantadoras as pessoas coerentes e transparentes.

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