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28 de jan. de 2010

CARINHOSAS ADVERTÊNCIAS

REFLEXÃO DO EVANGELHO - Marcos 4,21-25

O êxito da vida cristã depende de muitos fatores. Sabemos que é o Senhor que dá o crescimento. De outro lado, nossa liberdade estará sempre sendo convidada a fazer escolhas diante do Senhor que vem caminhar conosco e levar à plenitude a obra que iniciou em cada um dos seus.
O cristão é feito para irradiar. Ressoa sempre em nossos ouvidos a advertência do sermão da montanha: somos luz do mundo e na medida em que iluminamos estradas, pessoas podem também chegar ao sol. Marcos adverte: “Quem é que traz uma lâmpada para colocá-la debaixo de um caixote ou debaixo da cama”. A evangelização se opera de dois modos: pelo testemunho humilde que ilumina e pelas palavras que clareiam. Por vezes, nós cristãos, somos questionados a respeito da força de nossa fé. Será que não constituímos apenas um grupo de piedosos, sem muita luminosidade, com pouca expressão? Será que o organizacional não tomou o lugar da lâmpada que precisa iluminar? Precisamos de leigos casados que iluminem o mundo com uma vida familiar aberta e sólida, cristã e missionária. Precisamos de religiosos e religiosas que mergulhem sempre na contemplação e empreguem seus membros e sua voz para amar os mais deserdados. De que adianta pertencer a este ou aquele grupo quando a lâmpada de nossa vida está debaixo da cama ou sua chama se tornou bruxuleante?
A vida cristã clama por coerência. Somos cristãos através de gestos exteriores. O que vivemos na verdade interior, se manifesta na verdade dos gestos. “Tudo o que está escondido deverá tornar-se manifesto, e tudo o que está em segredo deverá ser descoberto”.
Há vidas duplas, casados que não são fiéis, cristãos que incensam o dinheiro, o poder e assim mesmo entram no cortejo dos que se dizem seguidores de Cristo. O cristão sem coerência vive, na realidade, drama terrível. Dizem que são, mas não são.
Conviver é sempre difícil. Somos levados a ter posturas severas com alguns comportamentos de irmãos que não merecem aplausos. Medimos os outros sem o tempero da misericórdia. A arte da convivência fraterna supõe pessoas que escolhem instrumento de medida a misericórdia. “Com a mesma medida com que medirdes, sereis medidos”.
A partir do momento em que Cristo vivo e ressuscitado nos fascinou entramos, ou deveríamos ter entrado, num generoso esquema de vida: estar mais com ele, ser mais dos outros, nunca medir pelo mínimo. Aqueles que recebem e são generosos mais ainda receberão. “Ao que tem alguma coisa será dado ainda mais; do que não tem, será tirado mesmo o que ele tem”.
Os cristãos de verdade têm consciência de que precisam irradiar, compreender e viverem a generosidade. Não se pode deixar de iluminar, de viver a coerência. Trata-se de uma decisão fundamental para que possamos experimentar a alegria do seguimento. Do contrário, viveremos a fé como um peso a ser arrastado com dificuldade.

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