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31 de out. de 2009

EXITE UMA VIDA ALÉM DA MORTE?

Desde o início da humanidade nos perguntamos: Existe uma vida depois desta? É natural que se questione acerca do desconhecido. A vida eterna era totalmente desconhecida antes de Jesus e ficou parcialmente conhecida depois Dele. Tudo o que sabemos é o que Ele nos revelou através de sua pregação e da sua intimidade com o Pai que tantas vezes se referiu.
No diálogo que Ele tem com Nicodemos revela-se a fragilidade do conhecimento humano acerca da realidade Celeste. Nicodemos não consegue entender como pode o homem já maduro nascer de novo. O que Jesus deixa bem claro é que esta vida é transitória e passageira, deve ser vivida com intensidade, mas com a certeza de que temos uma pátria definitiva de onde viemos e para onde voltaremos.
Para entendermos a Deus precisamos recorrer às realidades humanas, com as suas experiências mais profundas de si mesmo e de sua relação com os outros e com o meio em que vive. Conta uma história que uma mãe estava grávida de gêmeos. A mesma história conta que os meninos tinham a possibilidade de conversar no útero materno. Diante de muitos questionamentos feitos do mundo em que eles viviam, certo dia apareceu um questionamento crucial: “Será que existe uma vida depois do parto?”. Após muitas considerações de provas a favor e contra uma vida depois do parto a conclusão foi certeira: “Não sabemos, pois até agora ninguém voltou para contar”.
Sabemos que o ser humano, desde a sua concepção, começa um processo de crescimento e amadurecimento no seio materno, chegando à sua plenitude no nono mês. Este é o momento de nascer. Nascer para onde? Que mundo espera a nova criatura? Nascer é necessário mesmo que isso cause sofrimento à mãe e à criança que está vindo ao mundo.
A criança, agora já madura, não faz nenhuma questão de deixar aquele ambiente aconchegante e que oferece todas as possibilidades para que suas necessidades sejam supridas. Do mundo novo não se sabe nada, é um necessário passo no escuro. Assim que nasce, começa outro processo de crescimento e amadurecimento no “útero” da terra.
São os nove meses da nossa vida que vivemos em busca do aperfeiçoamento humano e, quando estamos prontos, é hora de nascer para outra vida. O mesmo questionamento da história, nós os fazemos: Será que existe uma vida depois da morte? E com toda a certeza podemos afirmar que ninguém voltou para contar.
Jesus foi o único que fez essa passagem, e por isso, tudo o que sabemos dessa nova vida foi Ele quem nos revelou.
Na Montanha Sagrada, no momento da Transfiguração, Jesus abre uma janela e mostra para os discípulos o que é o Céu. Uma experiência de Deus feita com tamanha profundeza que as testemunhas adormecem, não entendem o que aconteceu. O privilégio dos santos apóstolos de ver o Céu sem passar pela morte os levou a ter o desejo de ficar por lá mesmo. Assim como o útero da terra é bem maior que o útero materno, podemos então imaginar a grandeza do “útero eterno”.
Em vários outros momentos Jesus falou sobre o Céu e a importância de todos estarem fazendo todo o esforço necessário para merecê-lo. De muitas maneiras, a beleza do mundo futuro é cantada, rezada e explicada. As Sagradas Escrituras estão plenas dessa realidade. Verdadeiras liturgias celestiais aparecem como forma de animar o povo na sua caminhada terrena, principalmente nos momentos de dificuldades que estes enfrentam para viver a fé.
O ser humano é pequeno demais para poder entender a grandeza de Deus e do mundo futuro. Isso tudo é tão grande que não cabe dentro do homem. Nós, cristãos, não devemos nos preocupar com aquilo que muitos dizem por aí acerca da morte e da vida futura. Quanto menor a pessoa, menor é a sua capacidade de imaginação. Por isso, muitos não conseguem entender a vida depois do parto, digo depois da morte.
As coisas de Deus só podemos entender com o coração. Este é o motivo pelo qual aqueles que querem entender através da ciência e da capacidade do homem acabam falando e pregando meias verdades e até mentiras. A revelação de Jesus mostra que o ser humano veio de Deus e para Ele voltará, eis o destino da pessoa. Acreditar nisso é viver a vida na sua plenitude para amadurecer e alcançar A Plenitude que é o próprio Deus.
Celebremos, é claro que com saudades, mas também com uma grande esperança que a promessa de Jesus se cumprirá: “Onde eu estou, quero que estejam também aqueles que amo”.

http://candelaria.org.br

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