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30 de dez. de 2009

REFLEXÃO DO DIA - Quarta-Feira (30/12)

Havia também uma profetisa chamada Ana, de idade muito avançada. Ela era filha de Fanuel, da tribo de Aser. Tinha-se casado bem jovem, e vivera sete anos com o marido. Depois ficou viúva, e viveu assim até os oitenta e quatro anos. Nunca deixava o Templo, servindo a Deus noite e dia, com jejuns e orações. Ela chegou nesse instante, louvava a Deus, e falava do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. Quando acabaram de cumprir todas as coisas, conforme a Lei do Senhor, voltaram para Nazaré, sua cidade, que ficava na Galiléia. O menino crescia e ficava forte, cheio de sabedoria. E a graça de Deus estava com ele. (Lc 2, 36-40)
Respiramos ainda o clima do Natal. Por ocasião da visita que Maria e José fizeram ao Templo encontraram lá Simeão, o ancião dos olhos do infinito e também Ana, profetisa, filha de Fanuel, viúva já idosa e que ali vivia. E ela falava do Menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém, segundo as informações de Lucas. Nesse clima ainda natalino transcrevemos uma página admirável de um diálogo de Maria com seu filho de autoria de Marie Noel, poetisa francesa do século passado:

Meu Deus que agora dormes, tão frágil em meus braços,
meu menino tão quentinho junto de meu coração que bate.
Adoro-te em minhas mãos, e admirada embalo
a maravilha, ó Deus, que fizeste em mim.
Não poderia eu, ó meu Deus, ter um filho,
virgem que sou em tão humilde estado.
Que florida alegria poderia em mim nascer?
Tu, Deus onipotente, este júbilo me deste....
Que poderia eu retribuir a ti,
já que sobre mim descera tua graça?
Sorrio baixinho, meu Deus
porque eu também, pequenina e limitada,
tinha uma graça e essa graça te dei.
Ó meu Deus, tu não tinhas boca
para poder falar às pessoas de nossa terra.
Tua boca molhada de leite, voltada para o meu seio,
meu filho, esta boca fui eu que te dei!
Mãos, ó meu Deus, não terias
para com teus dedos tocar os doentes,
curar os pobres e cansados corpos de tantos...
Tua mão, botão ainda fechado, róseo e ainda tímido,
Ó meu filho, fui eu quem te dei...
Ó meu Deus, não conhecias a morte para poder salvar o mundo.
Aquela dor, naquele dia, na hora de tua morte de homem,
naquela tarde escura, tu na cruz abandonado e morrendo,
fui eu que te dei a possibilidade de morrer!

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